O futuro sempre será definido pelo cliente! Tudo o que as empresas são e o que elas virão a ser é deliberado pelos desejos e vontades do mercado consumidor. Alta tecnologia, inovações e investimentos somente terão qualquer sentido se forem desenvolvidos com base nos comportamentos e expectativas do mercado.
Os clientes estão conectados, tendem a utilizar sistemas Omnichannel para fazerem suas compras, estão a adquirir marcas recomendadas e em grande parte já utilizam aplicativos estando em lojas físicas, mostrando novos modos e comportamentos de compra. Eles querem marcas inclusivas e não somente marcas exclusivas.
Estamos no marketing 4.0, uma era de cocriação, em que os clientes cada vez mais passam a ajudar na definição dos produtos e serviços. A grande tarefa do marketing continua sendo, cada vez mais, servir às necessidades dos clientes e o indicar para as empresas como elas podem atuar para atender as pessoas de maneira mais simples e eficaz. O sucesso agora está em ganhar mercado e não somente vender um produto ou serviço, hoje. Esse cenário leva ao processo de desenvolvimento cada vez mais íntimo nas relações com os clientes e fazer mais do que apenas vender coisas e receber dinheiro.
No marketing deve predominar a capacidade de criar variedades, associá-las a serviço e a partir daí obter a customização, ou seja, o direcionamento dos esforços para segmentos e nichos específicos do mercado.
As empresas precisarão lembrar que os clientes possuem em muitos casos perfis diferenciados de comportamento. Às vezes eles se comportam como parte de um grupo específico, tendo preferências e atitudes comuns a um determinado grupo, em outros momentos agem independentemente do grupo que pertencem e adotam atitudes totalmente diferentes do esperado, e sempre procuram por empresas que possam satisfazer os seus desejos.
Sabe-se que muitos clientes criam padrões de consumo, mas, esses mesmos, pela sua própria natureza, destroem esses padrões. O futuro está em reconhecer a necessidade da mudança, conviver de forma apaziguada com ela, adiantar-se a ela e reconhecer que mercados diferentes possuem níveis de energia de consumo distintos e estágios de desenvolvimento diferentes, devendo-se, então, dar atenção direcionada a cada um deles.
O amanhã está na capacidade de convivência com a mudança. Na competência de reconhecer que um produto tende naturalmente a surgir, ser absorvido, dissipar e depois sair do mercado. Isso exige que as empresas parem de lutar contra as forças da mudança e passem a usá-las de forma favorável, enxergando-a inclusive como fonte de inspiração.
As novas exigências dos clientes precisam ser vistas como uma dádiva. Devem servir de referência e de inspiração a todos da organização: Para a direção da empresa devem ser percebidas como possibilidades de investimentos e melhores fontes para negócios de grande retorno. Ao pessoal do marketing deve servir de referência para gerarem mudanças na definição e atualização dos produtos, modernização na comunicação e definição de novas estratégias de pontos de vendas, e, além disso, precisam ser usadas para criar táticas diferenciadas de atendimento e de comunicação com o mercado.
O futuro pertence aos clientes. E pertence também às empresas que souberem lidar com as mudanças naturais que eles criam. O bom é começar já, afinal é como diz Mark Strand: "O futuro sempre está começando agora”.