Jornal Estado de Minas

MARKETING E NEGÓCIOS

As empresas precisam utilizar o naming para ter nomes e marcas poderosas

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Uma das dificuldades que os empreendedores têm é a de tomar a decisão sobre que nome dar ao seu novo empreendimento. O mesmo ocorre com muitas empresas quando precisam nomear uma nova linha de produtos, serviços, ou até mesmo criarem campanhas de comunicação.


Em marketing existe o chamado naming que é o processo de criação de nomes para marcas. Um dos passos elementares para a empresa é a definição correta do seu nome, pois, isto é um passo chave para o seu sucesso, e pode ser um dos seus mais importantes ativos.

Quando se usa um nome adequado há maior rapidez de percepção e aceitação por parte dos clientes, e dos consumidores em geral. Ao usar a técnica do naming as organizações têm como objetivo a criação de diferenciação do nome da empresa, do produto, serviços e eventos. Ela tende a superar os seus concorrentes, pois, cria um retrato mental no seu público-alvo, levando-os há um rápido reconhecimento e fácil aceitação no processo de decisão de compras.

Com o naming é possível criar identificação rápida com uma marca, tornÁ-la mais facilmente perceptível, criar diferenciaIs e até mesmo definir uma imagem de marca única, na mente dos consumidores.


Quando se pratica a metodologia do naming normalmente busca-se criar uma marca superior.

É preciso então, conhecer os clientes potenciais, definir claramente o objetivo principal e secundário da empresa, definir a sua visão, qual a sua missão, valores e princípios.  

Não é fácil conhecer os detalhes do público-alvo, pois, é preciso identificar as suas preferências, as suas formas de linguagens, quais são os seus costumes, os seus principais problemas, e como eles querem resolvê-los. 

Uma técnica que está sendo muito utilizada é a da criação do Buyer persona que é a materialização do cliente ideal que a empresa vai precisar atrair. É a definição antecipada de qual seria o cliente ideal. Pode ser visto, ainda, como um personagem fictício, que ajuda a humanizar as pesquisas de marketing, facilitando a busca de um cliente ideal. Os especialistas em marketing buscam identificar qual a faixa etária, a atividade profissional, os interesses, as necessidades, as linguagens, os recursos financeiros, e tudo o mais que permita a empresa adaptar os seus produtos e serviços a este perfil existente no mercado. Em alguns casos, é chamado também de avatar. É, por fim, a representação do cliente ideal. Baseado nisso a empresa o humaniza e define melhor o seu público-alvo , ou até mesmo o nicho de mercado a ser trabalhado.

O nome a ser dado a uma empresa, aos seus produtos, linha de produtos, modelos, e mais, precisa ser original, curto, fácil de escrever, fácil de pronunciar, de boa sonoridade, agradável de falar e de ouvir.

Sempre recomendo que as empresas criem nomes que estejam ligados ao estilo de vida dos seus clientes potenciais. O nome deve ter algo a ver com o comportamento e modo de vida do público.


Quando se pratica a metodologia do naming é normal tomar muito cuidado com as palavras ou termos de duplo sentido, pois, pode ocorrer sentido literal, ou sonoridade pejorativa. Um nome que parece criativo ou chamativo em uma região ou país, pode ser extremamente negativo em outro. 

Para se praticar o naming é preciso começar com um processo de geração de ideais. É importante reunir pessoas envolvidas na empresa, com capacidade de contribuir com sugestões e também de tomar decisões. Pode-se começar com um brainstorming, com todos os participantes sugerindo nomes e posteriormente o mesmo grupo fazendo uma filtragem de tudo o que foi levantado. Separam-se os melhores, em torno de 10 a 20 nomes, e continua o processo de filtragem até chegar nos 5 mais bem aceitos. Verifica-se no INPI se estão livres e daí segue o processo de discussão até chegar no nome final. 
É fundamental ter ótima sonoridade, ser diferente da concorrência, coerente com o público-alvo definido, ter simplicidade, ser o mais curto possível, não conter nada que possa ser associado às ideologias. Estas características do nome tendem a atrair os clientes e criar neles a melhor aceitação do produto ou empresa.


Nem sempre as empresas podem contar somente com as técnicas. Fatores externos podem ajudar ou prejudicar as suas marcas. Veja o caso da marca de doces dietéticos americana que tinha um nome comum no início dos anos 80, denominada Ayds. Ela teve graves problemas quando este nome começou a ser naturalmente associado à grave epidemia da AIDS que entrou no auge nos anos 80 e 90. 

Na índia uma marca de roupas era denominada Hitler, homenagem de seu proprietário ao avô, cujo apelido era Hitler. Houve protestos e foi necessário a mudança do nome.

A Starbucks teve grandes dificuldades quando lançou uma campanha de comunicação em que apareciam duas xícaras juntas, saindo fumaça e com uma libélula voando, o que fazia lembrar o ataque às torres gêmeas. A propaganda teve que ser retirada do ar.

Este tema relativo a marcas deve receber total atenção por parte das empresas, desde as pequenas, ao serem lançadas no mercado, até as gigantes, que têm alta penetração em todas as mídias. Estudo detalhados precisam ser efetuados para que os nomes tenham o impacto positivo e fortaleça os resultados de marketing das empresas.