Ainda não tem um tempo definido para a aplicação, mas várias empresas futuristas estão investindo a sua competência e o seu dinheiro em um processo de inovação denominado ambiente metaverso. É uma criação de um novo conceito de comunicação e modo de vida das pessoas e das organizações.
Esse processo de inovação denominado ambiente metaverso, totalmente novo para grande parte das pessoas, pode ser considerado como uma continuidade da internet, um aperfeiçoamento dela, uma evolução. É um processo em que diversas plataformas passam a atuar de forma integrada, ampliando as suas capacidades de geração de resultados.
O metaverso, pelos estudos que estão sendo efetuados, pressupõe o desenvolvimento integrado de realidade virtual e realidade aumentada.
Empresas como o Facebook, agora denominado Meta, Microsoft e outras gigantes do mercado da inovação, são as precursoras nesses estudos. É bom entender que o metaverso é um lugar, um espaço, um ambiente de caráter virtual, que permite a interação entre pessoas.
Os estudos atuais ainda fazem uso de um tipo de óculos de realidade virtual, que é associado a uma internet de altíssima velocidade. A ideia é um pouco assustadora para muitos, pois a proposta é criar tipos de convivências em um mundo paralelo, para que as pessoas possam reduzir a suas necessidades de circulação e fazer contatos muito próximos da realidade presencial.
O marketing não poderia estar fora desse processo de inovação, que ainda não é uma realidade, mas certamente estará presente num futuro próximo.
Já há empresas de varejo interessadas neste processo e, mais do que isso, investindo nele. A rede Carrefour, a Walmart e a Renner já pesquisam e se preparam para a prática futura do metaverso.
A visão de marketing de longo prazo tem sido marcante, também, para outras empresas, o que as faz investir nesses processos de inovação. A Nike, Ralph Lauren, o Itaú Vans, Fortnite, Burberry, Gucci, Balenciaga, Stella Artois e diversas outras lançaram produtos em tecnologia com interação ao metaverso.
Eu sou um entusiasta da prática futura do ambiente metaverso no marketing. Vejo que novas oportunidades de vendas de produtos e serviços se apresentarão. Os clientes terão muito mais acesso aos produtos que desejam, com menos dificuldades de decisão de compra.
À medida que os clientes passarem a ter maior aproximação do que desejam, com menor esforço e acesso fácil, terão naturalmente maior poder de escolha e decisão de compra. Eles poderão circular, além de presencialmente, também de forma virtual, com acesso direto aos produtos, como se estivessem lá realmente.
Uma loja em ambiente metaverso pode dar acesso a clientes virtuais, que tocam nos produtos, veêm suas cores, tamanho, modelos e todos os detalhes, e podem comprá-los. O pagamento nesse futuro ambiente poderá ser efetuado com as chamadas criptomoedas.
A origem de tudo isso é um romance! Isso mesmo! O conceito foi desenvolvido no romance de ficção científica chamado Snow Crash, do autor Neal Stephenson, considerado um dos 100 melhores romances em língua inglesa pela revista Time.
Apesar de parecer uma coisa ainda fora da nossa realidade, na minha opinião, nós estaremos convivendo com ela em menos tempo do que se imagina.
O metaverso não virá de uma vez só, mas aos poucos, com inovações pequenas e contínuas, com mais empresas interessadas e com grande interesse das diversas gerações de clientes, especialmente as gerações Y e a geração Alpha.
As empresas varejistas precisarão investir nesses novos modelos de atuação e assim, aos poucos, estaremos convivendo com essa nubente realidade.
O marketing certamente estará à frente neste processo de mudança. Muitas empresas já estão se conscientizando, outras ainda nem têm essas informações. É um oceano azul que vai surgindo no horizonte e que exige, agora, a definição de estratégias de longo prazo.
O marketing das empresas poderá contar com novas ferramentas e metodologias para ampliar os recursos de atendimento aos seus clientes. Formas nunca pensadas já estão surgindo para facilitar o processo de criação e manutenção de clientes. São novas oportunidades que devem ser pensadas desde já, e transformadas em inovações no processo de relacionamento com os clientes.