O casal tinha dois filhos. Ele e a irmã, que era mais velha, mas não adiantava nada. “Ela tem a cabeça de uma criança de 9 anos”, explicou o garoto, que nesse momento, me pareceu ter uns 30.
A moça do caixa deu um sorriso amigável e apontou para a dona da padaria, que assistia à cena de longe. Ela havia autorizado um desconto especial. Agradeci com o olhar e saí.
Contou que, sim, estava na escola. Eu quis saber em qual ano para checar se ele falava a verdade. Ele estava no 7º ano e estudava de manhã. “A aula vai de 7h45 às 11h45, mas agora estou de férias”, observou.
“Conheço todo mundo aqui no meu trabalho”, disse ele, com orgulho de ter um emprego, de ajudar a sustentar a casa. “Daqui a pouco vou vazar. Hoje o dia está muito fraco”, comentou.