Sob o signo de Leão com ascendente escorpião, fiz 45. A data do meu nascimento também marcou uma revolução, 26 de Julho. Sou nascida no dia de uma revolução, sob o signo de leão com ascendente escorpião. Que coisa!
Revolução criada por um grupo formado por estudantes, camponeses e trabalhadores indignados e inconformados com os crimes cometidos pelo Estado Cubano e com a falta de soberania do seu país, neste dia decidiram por não aceitarem mais passivamente a opressão imposta ao povo da ilha.
Pois bem, aqui estou eu, olhando para trás, como sempre faço quando encerro um ciclo, um exercício de autoconhecimento que pratico há alguns anos e que me encoraja e me faz acertar as velas, mudar direções e tomar decisões importantes para minha evolução como ser humano. Não sou uma pessoa religiosa apesar de ter sido criada sobre os dogmas do catolicismo. Vivi um tempo com aquela culpa que se tem, quando por cima tem um Deus julgador. Eu questionei a igreja católica, entendi as doutrinas de outras religiões, mas fiz catecismo, minha mãe não me perdoaria se não fizesse.
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Ser mãe não se terceirizaSobre não ter medo de mudarPor que empreender no Brasil é importanteTalvez ainda não tenha recebido de volta todo esse bem que o sentido quântico da força do universo do mantra: “Quanto mais você faz o bem, mais ele voltará para você!”, promete.
Aos 45, continuo matando um leão por dia. Me vejo ainda à deriva com decisões desacertadas de pessoas que estão no meu ambiente externo, o qual não controlamos. Sigo driblando a energia de alguns que Sofri com uns marmanjos brancos, poderosos, egoístas, machistas e inconformados, que mesmo depois de terem me feito passar por um tanto de assédio moral, e que sempre só obtiveram vantagem com meu trabalho, ainda insistem em atrapalhar a paz que eu encontrei, só resta seguir e deixar distante essas reminiscências de um passado onde cometi alguns erros de julgamento e ainda pago por eles. Era cega.
Essas experiências ruins trouxeram positivamente essa revolução interna que vivi a partir da construção do meu negócio que apoia mulheres, a She´s the Boss. Meu autoconhecimento me fez entender com clareza, os valores que com o tempo, se tornaram inegociáveis, como a honestidade e a sinceridade nas relações. Amadureci.
A vida que encontre uma forma de ensinar o certo para as pessoas erradas, eu não julgo, eu apenas observo, questiono, mudo o que consigo e está ao meu alcance e o que não consigo, deixo por conta do universo. É preciso muita maturidade para se quebrar em mil partes e se recompor. Evoluí.
É preciso uma coragem leonina para enxergar aquilo que preferimos esconder por causa de todas as nossas crenças limitantes e todas as bobagens que a igreja, o patriarcado, sua família ou um grupo de empresários ricos e machistas colocaram na sua cabeça, na tentativa de te explorar e te manipular. Me empoderei.
Olhei um tantão para trás esse ano, os 45 não chegaram levemente, tenho a sensação que vivi 40 vidas em uma só.
Apesar de tudo sigo leve, vivendo a maternidade real, criando filhos conscientes, praticando a economia do cuidar, exercendo meu propósito e entendendo como que a jornada valeu a pena. Cresci.
A boa notícia é que, ao olhar para trás, contemplo uma vida cheia de experiências incríveis, péssimas escolhas, outras muito acertadas e definitivas, ainda entendo as situações que posso mudar e outras que definitivamente, não quero. E vejo muito a construir, porque não sou de ficar quieta e conformada e vou realizar muito. Executar.
Finalizo essa coluna de forma positiva e convidando você, a fazer o bem e a valorizar sua vida e sua jornada. Revolucionando o que te incomoda sem se preocupar com quem te julga. Foca no bem que você pode fazer aí no seu ecossistema e internamente, e vamos vibrar juntos nesta frase do Arlindo Cruz: Enquanto o bem existir, o mal tem cura.