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Estado de Minas Psicologia positiva

Menos esforço, mais resultado

Combine as atividades mais essenciais com as mais agradáveis. Aceite que trabalho e diversão podem coexistir"


17/10/2021 04:00 - atualizado 17/10/2021 09:20

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Já ouviu falar naquela frase “menos faz mais”? Precisamos muito colocar em prática diminuir o esforço. Mas como, se o mundo hoje, de mídia social, internet, todos ligados 24 horas em telas e redes mundiais? Como não deixar que as demandas te peguem no banheiro, no almoço, no jantar ou ao se deitar?

Pois é! Infelizmente, mais olhamos para uma tela nos dias de hoje do que para a cara da pessoa amada ou fazemos algo de verdade, que nos preenche o momento presente de forma “mindfull”. Dizemos que falta tempo, mas passamos horas deslizando os dedos em telas buscando preencher o vazio que este tipo de trabalho incessante faz. Ou, pior, preenchemos com comida, bebida, jogos, compras ou horas a fio de séries. Não que nada disso seja bom, é bom sim. Mas não para escapar de algo que nem se sabe o que é. Mas que pode já ser a solidão desta vida atarefada demais.
 
Fazer o ESSENCIAL. Ok! Acho que a maioria já descobriu essa fórmula depois que Greg Mckeown escreveu seu livro “O essencialismo” e nos ensinou a diminuir tarefas e colocar em nossa agenda apenas o que de verdade precisamos fazer e é IMPORTANTE. Tarefas extras entram no horário que sobrar. Mas quando vemos, mesmo o que é essencial está demais!

O próprio autor citado acima es- creve um segundo livro, mais interessante ainda, e nos dá mais dicas. Em seu novo livro, já um best-seller, nos mos- tra que podemos tornar mais fácil. O que é mais importante a diminuir: o ESFORÇO!

Mas como? Ele nos mostra que estamos gastando muito esforço e tendo pouco resultado. O efeito disso é que quanto mais faço, mesmo só o essencial, mais eu me canso e o resultado disso é um menor rendimento, baixa criatividade. Enfim, acabo me desgastando e sem produtividade de excelência, mesmo que faça apenas o essencial. 

Pior, a maioria das pessoas, após esses quase dois anos de pandemia, que trabalham estão reclamando de FADIGA CRÔNICA – cansaço ao acordar, dores no corpo, insônia, irritação, mau humor, falta de desejo de fazer o que gostava, falta de criatividade e memó- ria e doenças recorrentes. O burnout pode vir como consequência de tudo isso. Aí, o pavio apaga e a pessoa então vai para casa e não quer mais se levantar.

De acordo com Greg McKeown, podemos vencer esta etapa que não temos como fugir das obrigações importantes, fazendo-as com mais le- veza. Fazer dessa forma é sair daquela ideia antiga que preciso dar meu sangue para ganhar meu dinheiro, que trabalho bem-feito exige mais esforço. Muitos são os que dizem: “Dei meu sangue para ganhar este dinheiro suado”. 

A leveza também não precisa vir a médio ou longo prazo. Pode estar atrelada à tarefa que farei. Então, se você pensar numa dieta, pensará: farei o sa- crifício para conseguir depois de uns dois ou três meses chegar ao peso ideal. E, de novo, um exemplo de esforço. Muito esforço! Outro seria o cara que se mata de trabalhar para conseguir uma promoção, fica no trabalho até tarde, não vê seus filhos crescerem, não desfruta do lar que paga as contas e quando envelhece chega ao cargo que desejava tanto, mas perde a saúde e aí já era!

Como levar com leveza agora, en- quanto faz o serviço que tem que fazer? Digamos que uma tarefa doméstica necessária? Que tal fazer associada com algo que lhe traz prazer? Lavar louças escutando sua música predileta. Escre- ver seus e-mails escutando música ou tendo seus filhos à mesa desenhando desafios que você propuser a eles? 

O que importa é que seu trabalho seja leve, e cabe a você descobrir fórmulas de fazê-lo com mais leveza. Nem sempre vamos poder abdicar de um determinado trabalho, mas podemos mudar a forma de fazer o mesmo com menos esforço, mais leveza e já obtendo ganhos ao fazer.

E quando puder, durante o dia, faça pequenas pausas curativas. Respire mais profundamente, tire um cochilo, escute uma música que acalme e descanse. Nesse momento, agradeça pela sua saúde, sua família, e tudo mais de que gostar. Vez por outra, saia à rua, veja as árvores, contemple as flores ou vá a um parque e respire por alguns momentos. Isso restaura nossa energia de conexão com a mãe terra.

“O estado sem esforço é uma expe- riência que muitos já tivemos quando estávamos fisicamente energizados. Ficamos cem por cento conscientes, alertas, presentes, atentos e focados no que é essencial naquele momento. Somos capazes de nos conectar com facilidade no que mais importa.” Greg McKeown

Então fica a dica: combine as atividades mais essenciais com as mais agradáveis. Aceite que trabalho e diversão podem coexistir. Transforme tarefas maçantes em rituais cheios de significados e assim permita que risco e diversão iluminem o seu dia de positividade e seja mais feliz.

Um menos que faz mais bem diferenciado!

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