Conta uma velha história que um índio mestre, conversando com seu discípulo ainda criança, diz a ele: "Eu tenho dois lobos na minha mente, um lobo do mal que me incita, me instiga e me castiga, reclama, critica e me faz mal. O tempo inteiro coloca pensamentos negativos em minha mente".
Ele também diz: "Tenho um outro lobo do bem, que me diz coisas lindas, que me ajuda, me apoia e não me critica e não me julga. Pelo contrário, me diz o caminho e me ensina coisas boas. Os dois brigam todo o tempo dentro da minha mente".
Ele também diz: "Tenho um outro lobo do bem, que me diz coisas lindas, que me ajuda, me apoia e não me critica e não me julga. Pelo contrário, me diz o caminho e me ensina coisas boas. Os dois brigam todo o tempo dentro da minha mente".
A criança, ainda aprendiz, perguntou ao mestre: "Mas, então, quem vence essa briga?". O mestre, com tranquilidade, responde: "Aquele que eu alimento".
Assim é a vida. Nós alimentamos os nossos pensamentos. Ora alimentamos com coisas que nos fazem bem, ora alimentamos com aquilo que nós mesmos criamos para nos criticar e nos fazer mal. E você? Onde você se encontra nesse momento? Alimentando o lobo do bem ou alimentando o lobo do mal?
Essa é uma grande questão para todos nós colocarmos em pauta. Por isso, aqui, na nossa coluna positiva, trago esse assunto para você.
Pense comigo: a maioria das vezes em que você se pega pensando, o seu pensamento é uma crítica? É algo negativo? É um fechamento de caminho e um problema? Ou você tem alimentado dentro de você o lobo do bem, com bons pensamentos quando vem alguma crítica? Você tem autocompaixão, se ajuda, se apoia. Você deixa entrar aquilo que é bom. Precisamos tomar muito cuidado.
A nossa tendência natural é julgarmos muito. Só que esse julgamento excessivo sempre tem a tendência a ir para o lado do lobo do mal. Críticas negativas, ser mais duro consigo mesmo. Imagine: se você tem um grande amigo, e esse amigo lhe diz que ele fez algo errado, você diz: "Eu te disse! Você só faz coisa errada, você não deveria ir por esse caminho, já te falei diversas vezes!". Esse não é um bom lobo.
No entanto, se ele for realmente seu amigo, de compaixão e de amor, ele te dirá: "Errar é humano, todo mundo erra. Será que esse erro não vai trazer um bom caminho? Ainda dá tempo de você consertar alguma coisa. Podemos olhar por esse outro ângulo, ver uma saída". Esse é o amigo lobo do bem.
Se você é capaz de fazer isso para um amigo e dar-lhe bons conselhos nas horas em que ele erra ou que tem problemas, por que não fazer isso com você também?
A minha dica positiva a você é que, a partir de agora, toda vez que você se pegar se criticando ou preso em algum problema, se dê um tempo. Faça alguma outra coisa. Respire fundo, dê um passeio, ande no jardim. Abra a janela, converse com uma pessoa mais otimista sobre o assunto. Assista a um filme de comédia, dê boas risadas com alguém que goste de sorrir também. Você estará alimentando o seu lobo do bem. Para que ele possa trazer uma crítica positiva, um caminho de solução.
Precisamos nos aprofundar um pouco mais em aprender a errar. Errar é humano. Se permitir e se dar a permissão para errar traz a você a liberdade. Essa liberdade de poder construir o novo caminho e de voltar para trás. A liberdade de ter uma nova ideia e pedir desculpas e dizer "me perdoe, não era bem isso que eu queria, perdi a cabeça". Seja lá o que for a verdade.
A verdade do ímpeto. Seja um erro, um caminho desviante. Que você possa olhar para esse caminho e se dar permissão para ser humano. Se dar permissão para errar. Em todo erro existe uma solução, porque esse erro pode ser necessário para despertar dentro de nós uma sombra que vem se repetindo. Quando essa sombra se repete várias vezes, pare e observe. Por que estou fazendo esse caminho do erro?
Estou alimentando mais o lobo do mal? Estou me criticando além da conta? Estou me julgando mais do que deveria?
É hora de parar. É hora da compaixão e do amor. E de cuidar do melhor amigo que você pode ser de si mesmo.
Fazendo a parte daquele que alimenta o lobo do bem, você construirá caminhos positivos e otimistas. Críticas que sejam amorosas, e que possam levar essa pessoa a construir um caminho.
Observe se o erro é constante e se existe uma sombra. Nesse erro, existe algo que você mesmo está chamando a atenção. Como você não quer ver, o erro vem para te mostrar.
Só podemos corrigir alguma coisa quando concedemos a nós mesmos o direito de observar o nosso erro sem julgamento. Você pode sentir raiva, tristeza, medo e ter compaixão.
Os bons terapeutas não ficam apenas nos problemas das pessoas. Eles escutam o problema, sentem com a pessoa o problema e buscam soluções. Alimentam o lobo do bem. Buscam um olhar positivo e um caminho que possa dar saída àquilo que se sente.
Eu te convido a experimentar. Escreva as críticas que se faz toda vez que elas vierem. Pegue um papel ou faça no celular. Anote quais são as queixas que faz a si mesmo. Convido você a se tornar a pessoa que alimenta o lobo do bem. A buscar soluções para aquilo que você critica. Em vez de criticar e se manter preso nos problemas, que tal buscar soluções?
Essa é a dica que eu quero deixar a vocês. Que na sua semana, você siga pensando: o que eu posso alimentar de bom em mim mesmo que se tornará um fruto maravilhoso no futuro? Para trás, só tenho a aprender com os meus erros. Para frente, eu posso mudá-los e tornar grandes acertos. Desejo a você uma jornada mais positiva.
Essa é a dica que eu quero deixar a vocês. Que na sua semana, você siga pensando: o que eu posso alimentar de bom em mim mesmo que se tornará um fruto maravilhoso no futuro? Para trás, só tenho a aprender com os meus erros. Para frente, eu posso mudá-los e tornar grandes acertos. Desejo a você uma jornada mais positiva.