BOLADAS E BOTINADAS

Momento complicado do Cruzeiro

Son Salvador
  - Foto: Son Salvador
Ver o Cruzeiro respirar aliviado depois de um empate com o Avaí, lanterna do Brasileirão, deixa evidente o momento complicado que o clube vive. Por mais difícil que seja, por mais que a equipe esteja desentrosada e sem inspiração, colocar em campo um grupo de jogadores que conta com a estrutura que o Cruzeiro disponibiliza diante de um adversário que já comprou a passagem de volta à Série B, tem que ser para vencer e para fazer um placar tranquilo. O resultado em 2 a 2 foi um vexame.

Vendo o Sassá fazer dois gols para que um valesse, verdade que, desta vez, a interferência do VAR fez justiça ao time azul, afinal, o bandeirinha enxergou um impedimento que ninguém viu. A dúvida que tenho é se o Mano Menezes ainda fosse o técnico o atacante teria ficado em campo durante todo o jogo. Porque um dos erros do ex-treinador era sempre mexer em sua principal peça de ataque.

É DESSE JEITO
Entregaram uma batata quente para o Ricardo Resende. De uma hora para outra, ele assumiu o time para o jogo contra o Avaí. Fez o que pôde, juntou os cacos e foi para Florianópolis. Pois bem, o resultado não foi bom, mas colocar o tropeço na conta do interino é um absurdo.
O cara não teve tempo nem de conversar com o elenco. Fez o que pôde....

ROGÉRIO CENI
Boa contratação, o ex-goleiro do São Paulo é um dos treinadores da moda. Investe na organização, tem autoridade e adota um sistema de jogo mais agressivo e de muita criatividade. Sua passagem pelo Fortaleza foi um sucesso. Resta saber se ele encontrará na Toca da Raposa II jogadores que aceitem seu comando ou se ele terá que se adaptar à forma de jogar de alguns veteranos.

EXPLICAÇÃO
Alguém precisa explicar para o Edílson o que é futebol. Alguém precisa dizer a ele que o clube lhe paga muito bem e exige um futebol pelo menos razoável. Entrar em campo para agredir e brigar é um absurdo. Deveria ter levado o cartão vermelho logo que deu o carrinho desastrado. Ficou em campo, mas não se rendeu, conseguiu o vermelho.

NOS EMBALOS DE SÁBADO...
O Atlético jogou naquele horário em que a turma está saindo para a balada. Mas a torcida compareceu e mais uma vez o time se deu bem no Horto. É bom lembrar que o jogador de maior destaque no meio-campo não atuou – Jair ficou de fora. Mesmo assim, a equipe se deu bem contra o sistema de jogo do Fernando Diniz. Quem foi ao campo para ver o toque de bola do tricolor, acabou vendo a movimentação do time do Galo, que não deu espaço e sufocou o adversário.

SINTONIA FINA
Ainda falta acertar o último passe, o time do Atlético conta com jogadores de velocidade que carregam a bola, passam pelo adversário, mas que, na hora da entrega, na hora de servirem a quem está mais bem colocado, metem o pé na jaca.
Entortam bola, chutam ao gol adversário de maneira errada. Assim sendo, o time vai perdendo chances. Precisa jogar em conjunto dentro da área adversária.

NOVIDADE DO VAR
Depois dos gols de “bola parada” temos agora os gols de “gritos parados”.

ARBITRAGEM...
Gente, a culpa não é do equipamento. O problema é que está faltando personalidade a quem está apitando o jogo. Antes, eles erravam e ninguém podia dizer nada. Agora, eles perderam o rumo. O apito está medroso, não por culpa da tecnologia, mas, sim, por não poder mais enfiar seus erros goela abaixo do torcedor.

DEMAIS
Felipe Melo é o tipo do jogador que não entra em campo para jogar bola. Entra em campo para intimidar, para agredir. Mas façam um balanço, procurem saber quando foi que ele criou caso com alguém do tamanho dele. O que ele fez com o Luca foi covardia e pensado.
Ele já teve problema com o atacante do Bahia quando o mesmo atuava pelo Corinthians. E ainda tem gente defendendo o agressor...
 
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