Afinal de contas, esse pessoal do VAR gosta de futebol ou de novela.? A cada jogo temos um novo capítulo, é sempre um drama, o público vive aquele suspense. O jogo vai bem até que, como aqueles comerciais que ocupam os intervalos da TV, entra o árbitro de vídeo e ninguém sabe o que acontecerá. Nem Janete Clair conseguiria escrever uma história com a capacidade de deixar tanta gente com um grito parado na garganta. Claro, o enredo é sempre o mesmo, os artistas costumam ser aqueles de sempre. Mas a cada partida temos uma novidade. Esse VAR ainda vai desbancar a novela das oito.
Mas existem lances que mais parecem aquelas pegadinhas, as tais videocassetadas. A turma lá da cabine deve, como diz o Orozimbo, rachar o bico de tanto rir, e o árbitro dentro de campo fica ali, desesperado, com a mão no ouvido pedindo: “Me contem a piada, eu também quero rir! O que foi que aconteceu?”.
VOCAÇÃO
Acho também que nem sempre o moço do VAR é um árbitro de futebol. A interpretação de alguns lances evidenciam a vocação do observador. Vejam, por exemplo, aquele lance em que o Tiago Volpi deu uma voadora no atacante Felipe Cardoso, do Ceará. Num jogo de futebol normal, sob as regras da FIFA, aquilo seria um pênalti. Mas para um árbitro de MMA, aquilo não passou de mais um golpe comum. Aliás, o Ceará está reclamando sem razão, afinal, nem houve o nocaute. E imaginem só, um simples lance de luta livre não poderia atrapalhar a festa de estreia do Daniel Alves... Imagina...
FUTEBOL RAIZ
No futebol de várzea é assim: a turma fica tomando umas e outras e de olho no jogo. Quando o apitador erra, a turma corre até à beira do campo e grita, reclama e coisa e tal. Então o juiz não erra mais. Ou seja, a turma do bar atua melhor que a turma do VAR.
CONFUSÃO NO SUB-20
Reta final do Campeonato Mineiro da categoria tem árbitro se complicando. A Federação precisa exigir que, no mínimo, bandeirinhas e apitadores falem a mesma língua. Um manda o jogador entrar em campo, o outro pune porque o cara entrou. Quem entende?
É ISSO!
E aquele gesto do apitador desenhando um quadrado no ar depois de rever o lance na telinha deixa a impressão de que ele está se referindo ao quadro negro em que se encontra a nossa arbitragem. Perdida, sem rumo e sem entrosamento.
CRUZEIRO NOVO
O time da Toca da Raposa parece ter acordado de um pesadelo. Depois de uma fase complicada, com um ataque que não fazia gol nem por decreto, o time entra em campo diante do líder do Campeonato Brasileiro, treinado pelo Sampaoli – que além de andar de bicicleta em Santos também treina o time muito bem –, e faz um resultado que resgata a esperança do torcedor. Foi um jogo para lavar a alma. O fato de o Santos ter jogado com um jogador a menos não conta, e digo isso porque já vi time com 10 vencer o outro com 11. O que vi foi competência do Rogério Ceni. Agora, que o time esteve bem mais animado do que na época do Mano, isso esteve.
MUDOU
Ceni já deixou bem claro que, com ele, quem entrar em campo terá que correr, terá que jogar. Não vai aceitar acomodação. Ainda bem.
COMPLICOU
O Atlético perdeu para o Athletico. Deveria ser o jogo dos xarás, ou dos quase xarás, mas não foi, até porque o Chará do Galo foi muito mal – nem com GPS encontra o rumo do gol. Perdeu boas chances e o Papagaio não se acertou. Não podemos julgar o atacante por um jogo. É preciso entender isso.