O Cruzeiro terá que decidir: ou apoia Rogério Ceni ou segue com o grupo dividido. Depois do jogo em que o Grêmio cozinhou a Raposa no caldeirão do Horto, o treinador se disse envergonhado. É bom lembrar que a declaração não foi dada por um profissional principiante ou por alguém que não conhece os caminhos do futebol. Ceni tem uma folha de trabalho como jogador que lhe permite detectar o que ocorre dentro de um grupo. Como treinador, pode estar começando, mas nos tempos de São Paulo nunca foi um jogador qualquer. Sempre foi uma figura determinante, sempre foi líder. Então, como técnico terá sempre a visão de um bom profissional.
QUEM MANDA?
Quando um jogador diz que o grupo se reuniu e escolheu o treinador, fico aqui pensando: será que os jogadores acham que o escolhido terá com eles uma dívida de agradecimento? Será que eles opinaram pensando no clube, pensando no torcedor ou será que apenas querem manter suas posições? Pois isso não irá ocorrer com o atual treinador cruzeirense. Quem quiser a titularidade terá de competir, terá de mostrar serviço dentro de campo.
INDIGNAÇÃO
Henrique sempre foi um profissional correto, sério. Sempre se doou nas partidas. Então, quando ele sai do gramado indignado é porque sabe que o grupo não está mostrando tudo que pode dentro de campo.
SOLUÇÃO
O que o Cruzeiro precisa agora é de jogadores inteiros, jogadores que entrem em campo com a vontade de competir. Independentemente do nome ou do salário, têm de mostrar que estão à altura do que o torcedor cruzeirense quer. Para começar, o Henrique precisa de um companheiro no meio-campo. Não pode correr por dois ou três.
MÉDIA
Tardelli fez um belo gol contra o Cruzeiro e fez o sinal de que o Independência é a sua casa. Não é bem assim. Ele aqui, por enquanto, é visita. Afinal, assinou com o Grêmio – aliás, um direito seu. Sua casa deve estar em Porto Alegre. Mas que foi um golaço, foi.
TEMPERO
Claro, o Cebolinha joga muito, é ótimo driblador. Mas alia ao seu bom futebol uma condição física impressionante.
DÚVIDA
Será que hoje, depois de algum tempo passado, o Grêmio aceitaria desfazer a troca do Alisson pelo Edílson?
DESPENCANDO
E o Galo está caindo a cada rodada. É certo que o tal VAR prejudicou. Se dentro de campo o Braulio da Silva foi mal, lá na salinha de vídeo o Jean Pierre também pisou na bola. Mas o Atlético precisa entender que também errou. Esse meio-campo com Cazares não cria nada. Essa ilusão de que ele é craque precisa ser abandonada. É um jogador comum que atua bem quando quer, não tem compromisso com o time. Mais uma vez, no Rio de janeiro foi figura apagada. Não merece o status de titular num grande time.
AVENIDA
O Botafogo pode estar em crise, pode não estar pagando em dia. Mas aquele segundo gol deixou bem claro que o preparo físico deles lá é bem melhor que o do Atlético.
FINANÇAS
O Cruzeiro contava com o dinheiro da Copa do Brasil ou da Libertadores para se ajeitar no segundo semestre. Mas se esqueceu de combinar com os adversários. Resta agora buscar os patrocinadores que a diretoria atual prometeu.
VAR É FAKE
Estou dizendo que o VAR é caseiro há muito tempo. Não sei se a turma tem medo, mas o certo é que no Rio e em São Paulo a minha tese se confirmou. No jogo entre Santos e Athletico, o moço do vídeo foi muito criativo, transformando uma falta fora da área em penalidade. O camarada faz uma lambança e depois ainda vem o comando da arbitragem colocar panos quentes. Virou bagunça!
RINHA
As áreas destinadas aos treinadores estão se tornando um espaço de guerra. Sampaoli, com o seu jeitão de brigão, queria partir para cima do Tiago Nunes, que não afinou. Um péssimo exemplo para quem estava em campo, nas arquibancadas e adjacências.
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