Jornal Estado de Minas

POEMA

O balé da criação

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A calmaria reinava.
Repentinamente forças poderosas
Entraram em ação.

ESTRONDO...EXPLOSÃO

O caos iniciava-se.
Nos passos seguros de uma mulher
Bailarina
A ordem se projetava. 





Brilhos, redemoinhos de estrelas.
Astros sem luz própria, mas com significação.
A matéria se expandia.
A matéria se acumulava.

No meio de tudo isso
Algo se destacava...
Um pequeno sistema na imensidão
Criava forma.

Processos ocorriam, camadas diferenciavam.
O Núcleo compactava.
O Manto vibrava.
A Crosta consolidava.

Um pequeno sistema sem nome.

E o que parecia o nada
Na dança perfeita da mulher
Algo se atrevia, criava o som 
Da sinfonia da existência.

O pequeno sistema
Mostra sua grandiosidade
Resfria, condensa, consolida.




Uma nova face se expressa

Deu-se o nome TERRA

Processos geravam deformações.
O que antes era uniformidade
Quebra-se, busca seu caminho
Navega à deriva.
 
 

A coreografia é mais bela.
A dança se torna mais complexa.
Corpos se tocam.
Corpos se afastam.

Ao se tocarem estremecem e entumescem.
Ao afastarem o elo é rompido.
O interior aflora... a água ocupa seu espaço.




A mágica se completa.

A terra encontra seu equilíbrio.
Estava tudo pronto.
Mas faltava pulsação...
Energizar e pulsar: esta era a fórmula.

No lento caminhar da Terra
Surgem os primeiros traços de vida
Seres microscópicos sugam calor
Conseguem se impor.

A música da vida logo se espalha
A Terra se ilumina.
Árvores, flores, animais e...
Homens. 

Bem, aí a história se modifica.
Mas você só saberá na próxima edição...

audima