Recentemente, houve a divulgação do Índice Global de Inovação (IGI), pelo qual o Brasil está no 57º lugar entre 132 países, colocação ruim por si só e 10 posições abaixo da obtida em 2011, quando chegou a sua melhor marca.
A nossa competitividade empresarial é muito baixa. Cada trabalhador brasileiro gera o equivalente 25% do trabalhador americano no mesmo período por hora trabalhada. Isso nos coloca na rabeira mundial dos rankings de produtividade empresarial.
Vários fatores justificam essas situações. Políticas públicas ineficientes, mão de obra de baixíssima qualificação, burocracia, problemas logísticos, academia distante do empresariado e o baixo investimento e incapacidade das empresas de inovar, dentre outros.
Leia também:
Novo modelo para empresas serem ágeis e competitivas
Por outro lado, temos um ecossistema de empreendedorismo inovador e startups que vem conseguindo transpor esse cenário tenebroso e avançar a passos largos na solução de problemas com impacto e frequência impressionantes. É reconfortante como esses empreendedores, empresários, investidores e fomentadores vêm construindo um modelo de relacionamento e negócios bastante ambicioso e arrojado, com base em give first, give back, share ideas, meetups, centros de excelência como CUBO, Campus São Paulo, ACATE e Porto Digital.
E as grandes empresas brasileiras vêm, ainda muito mais devagar do que precisam, buscando se conectar a esse ecossistema, ora lançando desafios e projetos baseados em inovação aberta, ora fazendo aquisições e investimentos em startups e ora fazendo mais agito de marketing do que uma atividade de inovação (infelizmente, situação muito frequente).
Mas creio que o problema central de competitividade das grandes empresas deve ser resolvido de forma mais sustentável. E isso deve acontecer de dentro pra fora, com a estruturação de uma cultura e processos para destravar e fomentar o intraempreendedorismo e a inovação corporativa, que, por sua vez, serão responsáveis por alavancar sua competitividade.
E aqui vão os 6 pontos fundamentais para se começar a pensar em mudar ou implantar um mindset adequado a isso.
- Diagnosticar qual é o nível de maturidade digital e inovativa da empresa
- Entender realmente, e não apenas superficialmente, como é o processo de transformação digital por que passa o planeta e como ela vai guiar o mercado pelos próximos anos.
- Conhecer e testar processos e ferramentas de facilitação e viabilização de inovações existentes no mercado.
- Se integrar com o ecossistema de empreendedorismo inovador de forma eficiente e em mão dupla
- Implementar a filosofia open, onde funcionários, lideranças e mentes externas interagem de forma significativa, "por dentro" dos processos da empresa.
- Gerar uma visão compartilhada de futuro (north star) com toda a empresa.
Leia mais textos do Trends Talks no
site
e no
Instagram.