A inteligência artificial está presente nas nossas vidas há um bom tempo. Trata-se de um software, ou um conjunto deles, que dá condições que sistemas digitais realizem tarefas pré-programadas, mas de forma que aprendam, percebam mudanças, melhorem o desempenho e se ajustem constantemente.
Simplificando, seriam programas de computador que fazem o trabalho de humanos, mas com um potencial exponencial de repetição, eficiência e agilidade.
Vamos a alguns tipos de inteligências artificial largamente utilizados hoje no dia a dia de empresas e empreendedores:
- Assistentes virtuais e chatbots;
- Marketplaces e suas indicações de compras a partir do perfil e comportamento dos usuários;
- Bancos e segurança digital, com a identificação de fraudes e comportamentos suspeitos, além de análises de crédito automatizadas;
- Redes sociais com a personalização do conteúdo com base no comportamento de navegação, sugestões de amizades e tópicos;
- Serviços de e-mails com a identificação de mensagens de SPAM, vírus e envio de ofertas;
- Aplicativos de mapas, com a previsão de chegada ao destino e tempos de engarrafamentos.
Dito isso, temos o conceito básico do mais novo hype do momento: O ChatGPT. Com ele temos um novo exemplo de aplicação de inteligência artificial, mas dessa vez capaz de traduzir uma tecnologia complexa em algo prático para as pessoas e que conseguiu trazer a discussão desse assunto
para a mesa do bar ou para a hora do cafezinho no trabalho.
Desenvolvido pelo projeto OpenAI, uma empresa de inteligência artificial fundada por Elon Musk e Sam Altman, com o objetivo de melhorar a vida
humana, o ChatGPT usa linguagem natural, como se você estivesse conversando com alguém, em uma interface extremamente amigável no formato de chat para ajudar as pessoas a encontrar respostas para uma infinidade de perguntas e também resolver ou simplificar uma série de tarefas.
Desde o seu lançamento em 2019 (a versão atual, mais difundida, é a terceira), vem sendo utilizada em vários casos reais, superando a inteligência humana em muitos deles, em que pese ainda não funcione tão bem em português, já que não trabalha bem com gírias e contextos de culturas locais.
É um serviço gratuito (mas com uma versão paga) e está disponível desde novembro de 2022, sendo o aplicativo mais rápido a ter alcançado 100 milhões de usuários.
Ele atua como um guia, fornecendo uma resposta objetiva para qualquer questão e capaz de realizar diversas tarefas, desde escrever artigos, músicas,
redações e notícias até criar ou melhorar códigos inteiros de programação, traçar estratégias de vendas, campanhas de marketing e produzir teses
acadêmicas.
Ele foi “treinado” com bilhões de textos da internet e aprende “lendo” informações de sites e redes sociais, como a Wikipédia, Facebook e Reddit, além de extensas bibliotecas digitais.
Em termos práticos para o dia a dia empresarial, seguem alguns usos para melhorar a produtividade dos negócios:
- Criação de textos, e-books, receitas, tutoriais e histórias;
- Artigos com casos de uso e explicações sobre produtos e serviços;
- Textos de marketing e ideias para campanhas;
- Pesquisas de tendências e novos modelos de negócios;
- Reescrever e traduzir textos para diversas finalidades;
- Criação de robôs de atendimento via sites, aplicativos de CRM e Whatsapp;
- Coleta e análise de dados dos clientes para entender melhor suas
necessidades e qualificar sua experiência;
- Sugestões de nomes empresariais e de produtos.
Mas como toda tecnologia de ponta e ainda não inteiramente desbravada pela sociedade, há algumas preocupações relevantes em relação à segurança e ética no uso do ChatGPT.
Devido à natureza ampla e diversa das fontes de dados usadas para treiná-lo, é importante garantir que a privacidade e segurança dos dados sejam
mantidas. Além disso, a inteligência artificial pode ser usada para fins mal- intencionados ou por pessoas inaptas, resvalando em questões éticas e de responsabilidade civil e penal.
Portanto, é importante não se entregar totalmente à empolgação e tomar cuidados ao utilizar essa tecnologia, especialmente quando se busca
popularizá-la através de integrações como as APIs, que são interfaces para que o ChatGPT seja usado acoplado a aplicativos e softwares com outras
funcionalidades.
É importante enfatizar que o uso da tecnologia deve ser responsável e ético, e que a mesma não deve ser usada para promover ou facilitar atividades ilegais.
Só para se ter uma ideia, em testes realizados, o ChatGPT, além de tudo o que mencionamos acima, também ensinava passo a passo a planejar um assalto, esconder uma faca ou realizar um furto.