A pandemia fez com que muitos idosos buscassem alternativas para a solidão que o vírus provocou e muitos deles decidiram que aprender algo novo seria essencial para a manutenção da sanidade física mental.
Será que existe um tempo para aprendermos coisas novas? Alguns dirão que quando somos jovens temos mais propensão para o aprendizado e que, ao envelhecermos, nossa capacidade de acumular novos conhecimentos e habilidades diminui. Mas será que devemos nos deixar rotular por crenças limitantes, que muitas vezes nos impedem de dar o primeiro passo? Hoje vamos dar exemplos de pessoas que não viram na idade um fator limitante para começar algo novo.
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O idoso que mora sóVamos envelhecer bem?A vida que escolhermos viverTer uma vida satisfatória na velhicePara as dificuldades dos nossos tempos, o humor!Etarismo: o preconceito nosso de cada diaEnvelhecer sem atenção familiar traz sofrimentoOs idosos e a guerra na UcrâniaUm idoso de 76 anos, morador do Mato Grosso, realizou o sonho esquecido desde os 14 anos de tocar piano. Isolado desde o início da pandemia em razão de um tratamento para câncer, o idoso encontrou na música uma maneira de se aproximar da família e dos amigos, enviando a eles vídeos de suas incursões musicais. Tudo começou quando assistia a um concerto do neto e se lembrou que desde sua adolescência tinha o sonho de aprender a tocar um instrumento. Sem medo, pegou o contato de uma professora de música e passou a fazer aulas online uma vez por semana e treinar sozinho todos os dias. O idoso relata que trocou a depressão ocasionada pelo diagnóstico de câncer pelas dedilhadas no piano.
A norte americana Greta Pontarelli, de 67 anos, começou a dançar pole dance aos 59 anos de idade, após um diagnóstico de osteoporose. Ela conta que não gostava de praticar musculação, recomendada para auxiliar no combate à doença, e optou por algo menos convencional e que a deixava mais feliz. Hoje a dançarina viaja o mundo todo fazendo apresentações e já participou de inúmeras competições mundiais. Segundo ela, não existe idade para começar algo novo, já que nunca é tarde para ser feliz e realizar um sonho.
A inglesa Ruth Flowers, mais conhecida como Mamy Rock, decidiu se tornar DJ aos 68 anos. A DJ era proveniente de uma família com forte influência musical. Entretanto, só se entregou à música após a morte do marido. Ela contava que, ao ser convidada pelo neto para uma balada, ficou encantada com a atmosfera do local e decidiu naquele momento que se tornaria uma DJ. Sua primeira apresentação aconteceu durante o festival de Cannes de 2009 e tinha na plateia ninguém menos que Lenny Kravitz e Mariah Carey. Ela faleceu em 2014, mas suas mixagens únicas ainda continuam a ressoar pelos quatro cantos do planeta.
Poderíamos escrever livros inteiros apenas relatando casos de pessoas idosas que não viram na idade uma limitação para alcançar seus sonhos; ao contrário, viram nela um incentivo para começar a colocá-los em prática, pois já não tinham mais tantos afazeres como outrora.
Que tal tomarmos os exemplos acima e começarmos a pensar nos nossos velhos sonhos adormecidos? Para isto é importante que tenhamos em mente que a experiência é sempre algo positivo para começar qualquer coisa, e isso o idoso tem de sobra.
É também primordial que planejemos nossas metas a curto, médio e longo prazo, a fim de que o plano realmente saia do papel e tome corpo na vida real. As metas devem ser realistas, assim evitamos que as dificuldades interrompam nossas ações.
Por fim, mas não menos importante, é essencial que acreditemos em nosso potencial e em nossa capacidade de aprendizado e superação, pois muitas das nossas dificuldades são impostas pela nossa mente e não pelo nosso corpo, já velho, mas ainda capaz das mais belas coisas rumo à construção dos nossos sonhos.