Ainda nem bem saímos da pandemia, quando os idosos tiveram que se manter presos dentro de casa por mais tempo que os demais, e agora há uma guerra acontecendo no continente Europeu, que acaba por provocar eventos humanitários, políticos e econômicos mundiais ainda incapazes de serem dimensionados.
Então, tendo em vista que a população idosa, em razão de sua vulnerabilidade, é uma das mais atingidas pelos grandes eventos globais, como podemos manter o bom humor, mesmo diante de tanta instabilidade?
Então, tendo em vista que a população idosa, em razão de sua vulnerabilidade, é uma das mais atingidas pelos grandes eventos globais, como podemos manter o bom humor, mesmo diante de tanta instabilidade?
O bom humor pode ser considerado uma virtude e assim deve ser experimentado para que possamos desfrutar dos bens que ele proporciona. Se o bom humor é uma virtude, o mau humor pode ser considerado um vício e, como todo vício, é bem mais fácil de ser mantido, pois não nos exige qualquer esforço.
Já a virtude, esta sim, nos exige esforço e boa vontade para alcançá-la. Assim entendido, que fique claro: a manutenção do bom humor é tarefa diária e exige que estejamos atentos para que os monstros do mal humor não nos contaminem.
E manter o mau humor não é algo recomendável, pois a Medicina nos ensina que a experiência de emoções negativas é responsável pela liberação de cortisol, popularmente chamado de hormônio do estresse, e por sintomas como a depressão, insônia, enxaquecas e sentimentos de enfado diante da vida.
O estado de hipercortisolismo, ou seja, níveis elevados de cortisol produzidos por nossas suprarrenais, também traz várias alterações metabólicas e inflamatórias, predispondo-nos à diabetes, elevação dos níveis pressóricos, aumentando a chance tanto de infartos quanto de acidentes vasculares cerebrais, além de fazer da vida deste indivíduo e aos que o cercam um enorme suplício.
O estado de hipercortisolismo, ou seja, níveis elevados de cortisol produzidos por nossas suprarrenais, também traz várias alterações metabólicas e inflamatórias, predispondo-nos à diabetes, elevação dos níveis pressóricos, aumentando a chance tanto de infartos quanto de acidentes vasculares cerebrais, além de fazer da vida deste indivíduo e aos que o cercam um enorme suplício.
Não é novidade para ninguém que o bom humor auxilia em muito as pessoas a compreenderem suas vidas de modo mais leve e aprazível. Rir dos problemas pode ser uma brilhante solução para aquelas situações nas quais não há muito o que fazer, a não ser se desesperar, o que, convenhamos, não parece ser uma boa saída, principalmente quando já passamos de uma cerda idade e entendemos que isto não resolve nada.
Ainda bem que, a partir de um determinado nível de maturidade, entendemos que, na imensa maioria das vezes, os sofrimentos que nos afligem são frutos das nossas elucubrações a respeito destes sofrimentos. Muito pouco ou quase nada podemos fazer para mitigar os grandes problemas, a não ser manter a mente positiva e o humor em alta. Cabe a nós termos parcimônia para que os problemas nos subtraiam a menor quantidade possível de energia, pois os problemas são inerentes à vida. Como lidamos com estas dificuldades é que faz a diferença entre os indivíduos que terão um envelhecimento bem-sucedido e os que passam a velhice somente lamuriando.
Ainda bem que, a partir de um determinado nível de maturidade, entendemos que, na imensa maioria das vezes, os sofrimentos que nos afligem são frutos das nossas elucubrações a respeito destes sofrimentos. Muito pouco ou quase nada podemos fazer para mitigar os grandes problemas, a não ser manter a mente positiva e o humor em alta. Cabe a nós termos parcimônia para que os problemas nos subtraiam a menor quantidade possível de energia, pois os problemas são inerentes à vida. Como lidamos com estas dificuldades é que faz a diferença entre os indivíduos que terão um envelhecimento bem-sucedido e os que passam a velhice somente lamuriando.
Como se entregar para o mau humor não é uma opção, e manter o bom humor nos exige esforço diário, parece ser tarefa árdua manter o bom humor mesmo nas horas em que a vida insiste em nos desafiar com suas intempéries, mas algumas atitudes podem auxiliar para nos mantermos presos aos bons sentimentos e às emoções positivas.
A primeira coisa que é importante aprender é extrair ensinamentos de tudo o que nos acontece, mesmo nas maiores catástrofes há sempre algo de positivo a ser experimentado. Os antigos já nos ensinavam desde tempos imemoriais que,nas dores sempre há também uma oportunidade de crescimento e de melhoramento.
Outro ponto de suma importância para nos mantermos de bom humor frente à
realidade às vezes insana da vida é aprender a rir de nós mesmos. Comte-Sponville nos ensina que toda seriedade é condenável quando se refere a nós mesmos, ou seja, não devemos nos levar a sério demais, pois, além de ser desnecessário, não nos auxilia em nada na construção de nós mesmos. Quem se leva a sério demais é pesado e cobra dos outros comportamentos próximos da perfeição, em um mundo no qual a perfeição não pode mais ser objeto de nossa humana aspiração. Compreendemos que as pessoas são falíveis, por isso são humanas. Compreender as limitações do outro e as nossas próprias também demonstra grande sabedoria existencial.
Devemos ainda aprender a domar nossos pensamentos. Não é raro começarmos a pensar em algo e tal pensamento se manter em nossas cabeças por horas ou até dias a fio. Devemos aprender que nossos pensamentos são fluxos mentais construídos por nós mesmos e os únicos que podem refrear este fluxo somos nós.
Atividades como ioga ou meditação são ótimos auxiliadores para nos ajudar a domesticar nossos pensamentos, de modo que nós os governemos e não o contrário. Do mesmo modo, tentar se conhecer, aprofundar a intimidade que você tem com você, ser menos rígido nas autocobranças, ter maior flexibilidade intelectual e principalmente aceitar-se como se é, sempre tentando aprimorar o que se tem, porém sem cobranças exageradas ou autoincriminações ajuda a enfrentar esta época difícil que vivemos.
Atividades como ioga ou meditação são ótimos auxiliadores para nos ajudar a domesticar nossos pensamentos, de modo que nós os governemos e não o contrário. Do mesmo modo, tentar se conhecer, aprofundar a intimidade que você tem com você, ser menos rígido nas autocobranças, ter maior flexibilidade intelectual e principalmente aceitar-se como se é, sempre tentando aprimorar o que se tem, porém sem cobranças exageradas ou autoincriminações ajuda a enfrentar esta época difícil que vivemos.
É também de grande importância para a manutenção do bom humor que fiquemos perto de pessoas ou situações que nos trazem calma e tranquilidade. Assim, devemos parar, relaxar, respirar e refletir sobre o que realmente nos é importante e onde e com quem nos sentimos bem, para, então, direcionarmos nossas forças e energias para a construção de excelentes relações com aqueles que nos fazem bem e que nos aproximemos cada vez mais das situações que nos geram prazer, e não o contrário.
Não podemos nos esquecer que algumas pessoas realmente roubam nossa energia. Não que devamos abdicar de sua presença. Devemos sim é trabalhar para que estas pessoas que sugam nossa energia tenham menor poder sobre as nossas vidas e que possamos peneirar o que elas nos transmitem, impedindo que sejamos exauridos em nossa energia vital.
Não podemos nos esquecer que algumas pessoas realmente roubam nossa energia. Não que devamos abdicar de sua presença. Devemos sim é trabalhar para que estas pessoas que sugam nossa energia tenham menor poder sobre as nossas vidas e que possamos peneirar o que elas nos transmitem, impedindo que sejamos exauridos em nossa energia vital.
Falar sobre nossos sentimentos é de grande ajuda para conseguirmos alcançar um estado mental de serenidade e bom humor. Não é incomum que, ao falarmos sobre nossos sentimentos, acabemos por culpar aqueles que estão ao nosso lado. Entretanto, esta não parece a melhor forma de expressar aquilo que nos incomoda.
Quando for para falar sobre nossos sentimentos, sejamos suaves com aqueles que estão ouvindo, pois, em última instância, quando falamos sobre nós mesmos buscamos compreensão, o que não pode ser alcançado quando julgamos e condenamos o comportamento dos outros. A possiblidade de acompanhamento psicanalítico pode nos ajudar a mensurar e classificar o que realmente merece nosso esforço para corrigir e a identificar o que está somente nos levando energia e não trazendo nenhum proveito. Ao contrário: somente nos enfraquece.
Quando for para falar sobre nossos sentimentos, sejamos suaves com aqueles que estão ouvindo, pois, em última instância, quando falamos sobre nós mesmos buscamos compreensão, o que não pode ser alcançado quando julgamos e condenamos o comportamento dos outros. A possiblidade de acompanhamento psicanalítico pode nos ajudar a mensurar e classificar o que realmente merece nosso esforço para corrigir e a identificar o que está somente nos levando energia e não trazendo nenhum proveito. Ao contrário: somente nos enfraquece.
Por fim, mas não menos importante, é aprendermos a ser gratos. A gratidão nos convida a olharmos para a nossa história de modo mais complacente e, assim, nos oferece uma oportunidade única de nos sentirmos bem com tudo o que temos, recebemos e ainda vamos receber. E quando a realidade nos oferecer uma dose extra de razões para ficarmos de mau humor, nem que seja por teimosia, devemos fazer o contrário!
Pensemos: procuremos viver bem já que este bem-viver costuma passar muito rápido. Aprendamos a não consumir este tempo com sensações desagradáveis, estressantes e que nos deixam infelizes. Vamos tentar olhar o lado bom de tudo que acontece conosco. Somente esta atitude lhe trará muito mais satisfação de estar exercendo o dom da vida com humor, leveza e sabedoria.