Se há perdas no processo há também os ganhos, principalmente em termos de autoconhecimento. A menopausa é uma fase que pode durar alguns anos, por isto, nada melhor do que nos orientarmos para a vivenciarmos da melhor maneira possível.
O ciclo da vida nos mostra que nascemos, amadurecemos e, por fim, envelhecemos e abandonamos essa existência. Entre cada uma destas fases há ritos de passagem a serem experimentados, os quais não podemos abrir mão. A menopausa é um exemplo de rito inescapável que atinge as mulheres.
Nessa fase as mulheres podem apresentar importantes modificações físicas e emocionais, notadamente nos meses que antecedem a menopausa, que se caracteriza por ausência de fluxo menstrual por período superior a doze meses. Este período é denominado climatério e nele há a perda gradual da função ovariana, o que altera a produção hormonal e, com ela, várias transformações se evidenciam, tanto físicas quanto emocionais. Tais alterações vão ocorrer em todas as mulheres e em cerca de 80% delas os desconfortos irão surgir de modo mais acentuado.
Na parte física podem ocorrer alterações na pele, como a diminuição da elasticidade, especialmente na face, além das desconfortáveis ondas de calor, sudorese noturna, insônia, problemas de memória, redução do tamanho das mamas, maior predisposição à diminuição da densidade de cálcio dos ossos, culminando, quando não adequadamente tratado, com osteoporose, aumento do risco de fraturas e quedas.
Na esfera sexual pode ocorrer redução da libido e ressecamento vaginal, com diminuição da lubrificação, o que pode trazer desconforto durante o ato, além de tendencia a ganho de peso e sensação de cansaço. O quadro se assemelha a um período de tensão pré-menstrual, porém que dura meses e até anos. Na esfera psíquica as mulheres podem vivenciar um período de maior fragilidade emocional e irritabilidade.
É um período delicado, que merece muita atenção tanto da pessoa que está vivenciando quanto de seus familiares e seus médicos. Neste período a mulher precisa de um apoio mais intensificado para que as agruras desta época sejam minimizadas. As modificações típicas desta época podem trazer desconforto em algumas mulheres e devem ser adequadamente abordados.
Algumas mulheres que estão vivenciando esta fase da vida podem apresentar várias formas de sofrimento psíquico, como choro fácil, manifestações de ansiedade, questionamentos de seu papel na vida e na sociedade onde vivem.
Segundo especialistas, a grande pergunta nesta fase é: fiz o que queria ter feito? Ainda dá tempo de mudar o curso da minha vida? Como será a minha relação com as pessoas que eu amo? Como será ficar velha? Todos estes questionamentos, somado à inúmeros outros, a partir de experiências individuais, podem gerar grandes conflitos, questionamentos e sentimentos negativos, devido a questões inerentes às alterações na produção hormonal que ora se manifesta e às modificações na forma de se ver, de se reconhecer, na forma de conviver consigo mesma.
Várias são as mulheres que mudam radicalmente sua forma de viver e se relacionar a partir desta época da vida. Talvez esta seja a fase da vida onde a mulher mais pergunta-se se sua vida está valendo a pena.
Segundo especialistas, a grande pergunta nesta fase é: fiz o que queria ter feito? Ainda dá tempo de mudar o curso da minha vida? Como será a minha relação com as pessoas que eu amo? Como será ficar velha? Todos estes questionamentos, somado à inúmeros outros, a partir de experiências individuais, podem gerar grandes conflitos, questionamentos e sentimentos negativos, devido a questões inerentes às alterações na produção hormonal que ora se manifesta e às modificações na forma de se ver, de se reconhecer, na forma de conviver consigo mesma.
Várias são as mulheres que mudam radicalmente sua forma de viver e se relacionar a partir desta época da vida. Talvez esta seja a fase da vida onde a mulher mais pergunta-se se sua vida está valendo a pena.
Importante que as atitudes para reduzir o desconforto sejam variadas, envolvendo prática regular de atividades físicas, especialmente importante para alívio dos sintomas, acompanhamento terapêutico em alguns casos e a avaliação da reposição hormonal, todas elas com objetivo de mitigar os incômodos gerados pelas oscilações hormonais.
A reposição dos hormônios, especificamente de Estrógeno e Progesterona, indicada especificamente na janela terapêutica, que compreende os primeiros cinco anos da menopausa, podem minimizar, e muito, os desconfortos. Porém as indicações necessitam de acompanhamento especializado, feito por médicos habilitados, capazes de avaliar os riscos e benefícios da terapêutica de reposição. Baseado no histórico clinico, na história familiar e nas expectativas e modo de vida da mulher seu médico discutirá os riscos e benefícios e apresentará as medidas terapêuticas mais adequadas a cada pessoa.
É importante que as mulheres que estejam vivenciando esta fase fiquem conscientes destas alterações, principalmente da irritabilidade e da fragilidade emocional que podem ocorrer. Este autoconhecimento permitirá que ela domine melhor sua impulsividade, sua angústia e suas dificuldades, inerentes a este período da vida. Muitas vezes o acompanhamento de um profissional que aborde os aspectos psíquicos e emocionais pode ser muito benéfico, pois a menopausa pode representar uma perda difícil de ser compreendida, além de trazer para a mulher, talvez pela primeira vez, a noção de que ela está em processo de envelhecimento.
Se há perdas no processo há também os ganhos, principalmente em termos de autoconhecimento. A menopausa é uma fase que pode durar alguns anos, por isto, nada melhor do que nos orientarmos para a vivenciarmos da melhor maneira possível. Para as mulheres que estão chegando ou para as que já estão na menopausa, é importante lembrar que essas mudanças fisiológicas do organismo não definem quem somos e a ajuda especializada pode representar a diferença entre fazer do climatério uma fase de aprendizado ou de sofrimento.