Acredita-se, com base em pesquisas científicas e teorias filosóficas, que, à medida que amadurecemos, corremos o risco de nos tornarmos excessivamente presos ao passado. Estudos mostram que muitas pessoas se envolvem em fantasias nostálgicas, idealizando tempos passados como sendo melhores do que o presente.
Por outro lado, também é comum nos prendermos a arrependimentos e remorsos, desejando ter vivido de maneira diferente. Essa fixação no passado pode afetar negativamente nossa vida presente, impedindo-nos de experimentar uma sensação de felicidade e satisfação.
Por outro lado, também é comum nos prendermos a arrependimentos e remorsos, desejando ter vivido de maneira diferente. Essa fixação no passado pode afetar negativamente nossa vida presente, impedindo-nos de experimentar uma sensação de felicidade e satisfação.
Da mesma forma, quando estamos excessivamente preocupados com o futuro, podemos experimentar ansiedade e inquietação. A esperança, vista como uma projeção para um futuro incerto, pode nos levar a viver em uma ilusão, perdendo-nos na antecipação do que está por vir. Essa expectativa constante do futuro nos afasta do presente, dificultando nossa capacidade de desfrutar plenamente a vida.
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Cada vez que mudamos um símbolo, mudamos um pouco o mundoMedicina Paliativa: conforto que confortaO que o envelhecimento tem a ensinar sobre o afetoO que é a felicidade, afinal?O elogio da velhiceIntervenções estéticas masculinas: o caso Stênio GarciaTransumanismo: qual o nosso limite?O que é a felicidade afinal?O fato incontroverso é que tanto viver no passado quanto viver no futuro podem ser formas de fugir da realidade. Desde crianças, muitos de nós aprendemos a acreditar que as melhores coisas são as que já aconteceram ou as que ainda estão por vir, mas nunca as que estão acontecendo agora, nesse instante. Não fomos ensinados a amar o presente, mas sim a reverenciar o passado e nos lançar em direção ao futuro. De algum modo, ao agir assim, corremos o risco de estarmos sempre onde, de fato, não estamos.
Isto não significa dizer que passado e futuro não têm importância em nossas vidas. O futuro exige preparação e o passado nos serve como aprendizado para vivermos melhor a vida atual e tem apenas essa finalidade, já que, na verdade, o passado nem mesmo existe, uma vez que só há o tempo presente, o agora. Não queremos dizer com isso que a vida deve ser vivida como se fôssemos morrer amanhã, muito pelo contrário, a vida deve ser vivida com responsabilidade e reflexão.
O que não é recomendável é vivermos em uma realidade que, de fato, não existe, uma vez que, como dito, passado e futuro são categorias temporais inexistentes.
O que não é recomendável é vivermos em uma realidade que, de fato, não existe, uma vez que, como dito, passado e futuro são categorias temporais inexistentes.
Viver no presente exige coragem, pois é necessário romper com o passado nostálgico que nos aprisiona e com o futuro incerto no qual insistimos em planejar cada detalhe, mesmo sabendo que temos pouco controle sobre ele. Admitir que não temos controle sobre o futuro, nem sobre o que aconteceu no passado, pode nos colocar em uma situação complicada inicialmente, mas no final vale a pena, pois nos liberta da depressão do passado e da ansiedade do futuro.
Quando colocamos as coisas dessa maneira, parece que viver no presente é simples, mas não é. Talvez seja uma das tarefas mais complexas que um ser humano pode se propor a realizar, pois exige um completo reaprendizado. No entanto, algumas estratégias simples podem nos ajudar a permanecer no presente.
A primeira delas é dedicarmos atenção aos nossos pensamentos, pois são eles que nos conduzem tanto ao passado quanto ao futuro. Se começarmos a direcionar nossos pensamentos, nos conectando com o presente e deixando de lado o que já passou ou o que ainda não ocorreu, podemos nos encontrar em um estado de maior presença e consciência.
Além disso, praticar a atenção plena, ou mindfulness, pode ser uma ferramenta valiosa para viver no presente. Ao focarmos nossa atenção no momento presente, nos tornamos mais conscientes das nossas sensações, emoções e pensamentos, permitindo uma vivência mais autêntica e profunda da realidade presente.
A psicologia positiva demonstra que a prática de viver no presente está associada a benefícios psicológicos e emocionais, como redução do estresse, aumento da felicidade e bem-estar geral. A atenção plena nos ajuda a direcionar nossa consciência para o momento presente, permitindo-nos apreciar plenamente as experiências e as emoções que surgem no aqui e agora.
A psicologia positiva demonstra que a prática de viver no presente está associada a benefícios psicológicos e emocionais, como redução do estresse, aumento da felicidade e bem-estar geral. A atenção plena nos ajuda a direcionar nossa consciência para o momento presente, permitindo-nos apreciar plenamente as experiências e as emoções que surgem no aqui e agora.
Além disso, estudos mostram que a prática da gratidão, reconhecendo e valorizando as coisas positivas em nossa vida atual, contribui para uma maior satisfação e contentamento. Ao cultivar a gratidão pelo presente, desenvolvemos uma perspectiva mais positiva e podemos aproveitar melhor as oportunidades que se apresentam em nosso caminho. A gratidão nos direciona para o que é positivo e significativo em nossa vida, auxiliando-nos a encontrar contentamento e satisfação no presente.
Em suma, viver no presente é uma abordagem filosófica que nos convida a direcionar nossa atenção e energia para o momento atual. É um convite para romper com as amarras do passado e as preocupações excessivas com o futuro, permitindo-nos experienciar a vida de forma mais intensa, autêntica e gratificante. Ao cultivar a presença e a consciência plena, podemos saborear cada instante, encontrar significado nas pequenas coisas e nutrir uma conexão mais profunda com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor.