Estado de Minas

Você sabe quais foram os primeiros mineiros a jogar uma Copa do Mundo?

Clubes de Minas deram grande contribuição ao futebol brasileiro na década de 1930, quando todas as atenções estavam voltadas para os times do Rio de Janeiro


postado em 07/04/2018 07:43 / atualizado em 06/04/2018 18:04

Nariz, Zezé Procópio e Perácio defenderam o Brasil em 1938. Quatro anos antes, Canalli foi o primeiro mineiro em Copas(foto: Arquivo/EM)
Nariz, Zezé Procópio e Perácio defenderam o Brasil em 1938. Quatro anos antes, Canalli foi o primeiro mineiro em Copas (foto: Arquivo/EM)
Em uma era ainda sem Independência e Mineirão e com todas as atenções voltadas aos clubes do Rio de Janeiro – capital federal e onde estava instalada a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) –, o futebol de Minas Gerais era exportador de jogadores na década de 1930. Tanto que os seis mineiros que defenderam a Seleção Brasileira nos primeiros três Mundiais só foram convocados quando chegaram ao futebol carioca, mesmo que alguns deles já tivessem trajetória vitoriosa em clubes mineiros.

Natural de Juiz de Fora, Heitor Canalli foi o primeiro mineiro a jogar uma Copa. O médio do Botafogo, que fez carreira no futebol carioca e italiano, estava entre os titulares na única partida do Brasil no Mundial da Itália, em 1934 – derrota por 3 a 1 para a Espanha, em Gênova. Em 1938, com o profissionalismo já implantado e sem disputas entre paulistas e cariocas, o Brasil foi com força máxima para a França e terminou em terceiro lugar.

Entre os 22 convocados estavam os ex-craques do Villa Nova Perácio e Zezé Procópio, ambos transferidos para o Botafogo, assim como o zagueiro Nariz, revelado pelo Atlético. Além deles, o atacante Hércules, do Fluminense, entrou em campo. O outro mineiro da delegação foi alvo de polêmica. Integrante da família Fantoni, de origem italiana, Niginho havia trocado o Palestra Itália pela Lazio, em 1932, e, três anos depois, desertou do Exército italiano na Guerra da Abissínia. Por causa disso, a federação do país europeu reclamou com a Fifa e Niginho, que defendia o Vasco à época, não pôde substituir Leônidas na semifinal contra os italianos, que se sagrariam bicampeões.


Publicidade