São nove décadas de evolução e revolução de uma área que mudou muito desde a fundação do jornal Estado de Minas, em 7 de março de 1928. Refletindo anseios e novos modelos de sociedade, a educação saiu de um sistema ao qual poucos tinham acesso para se tornar direito de todos e dever do poder público. Se no início do século passado o curso primário (equivalente ao período do 1º ao 4º anos do moderno ensino fundamental) era o nível máximo para a maioria dos brasileiros, hoje, chegar à universidade é uma realidade mais que possível.
Da lousa para o tablet, os avanços da sala de aula dizem muito sobre quem somos. Escolas tradicionais, que marcaram a vida de diferentes gerações, se confundem com a história da própria cidade de Belo Horizonte. Enquanto a vida digital se torna parte do aprendizado, avaliações tentam medir a qualidade do ensino, indicando o tamanho dos desafios dessa área no país. A juventude, sempre protagonista nesse processo, continua a moldar as lutas de sua época. Acompanhando nove décadas de existência, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) consolida sua excelência, apesar das incertezas orçamentárias.
Jogar luz sobre a educação para reinventá-la e dar-lhe novos significados, assim como explorar a criatividade e as habilidades dos alunos, em vez de formar máquinas de reproduzir conteúdos, são discussões que ganham cada vez mais força. No século 21, diante de um mundo digital e da geração do imediatismo, educadores dispõem de outras ferramentas – mas também enfrentam novas questões – para colocar a modernidade dentro da sala de aula contemporânea.
Nas próximas páginas, convidamos os leitores a entrar neste túnel do tempo que une o antigo grupo escolar às últimas palavras em ensino baseado em realidade virtual. Mudam as tecnologias, mas a lição já é conhecida: quando se aprende com o passado, criam-se as bases do ensino para o futuro.