Torna-se um Q-Grader não é tarefa fácil, como pode parecer. O Brasil oferece poucas oportunidades de formação voltada aos exames necessários para conquista do certificado profissional. Uma das referências no ramo profissional é a Universidade Federal de Lavras (Ufla), que, por causa da demanda crescente, fará no ano que vem um cronograma fixo voltado para a área. A universidade também deseja aplicar a avaliação para Q-Grader, para qual é necessário laboratório específico. De acordo com a instituição, 80% da estrutura exigida estão prontos. Em Belo Horizonte, a Academia do Café tem certificação para aplicar o teste.
“O Q-Grader vai muito além de um degustador normal.
“O salário desse profissional vai depender de onde ele atua. Em uma empresa, por exemplo, como gerente de qualidade, ele não ganha menos de R$ 4 mil”, diz. Aquele que ganha cerca de R$ 30 mil, segundo ela, é o Q-Grader voltado para a exportação e conhecedor do mercado internacional.
“Quando trabalha no campo, acompanha tudo. E atua como um gestor de qualidade, visando a sustentabilidade da fazenda.
Para um curso voltado à obtenção da certificação internacional, são necessários cafés internacionais de alto valor. Por isso, é cobrado um preço mais “salgado” do aluno. “Há três anos, um curso que fiz custou R$ 4,5 mil”, exemplifica Rosemary.
As instituições habilitadas na aplicação do exame internacional dispõem de um laboratório com várias especificidades, como luminosidade, filtro de água, entre outros. “O credenciamento para que a Ufla possa aplicar a prova é a nossa meta de 2017”, afirma.
Estrela da plantação
Num ano de ciclo alto da produção cafeeira, a terceira estimativa da safra de café 2016, divulgada na semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para um volume total 14,8% maior que o colhido em 2015. Maior produtor nacional, Minas Gerais deve obter safra 29,74% superior.