Motivada principalmente pelas propriedades antioxidantes e de regulação de diversas doenças, as frutas do grupo das berries, populares nos Estados Unidos, têm ganhado mercado no Brasil. Especialistas e produtores apostam que a expansão no cultivo e nas vendas vai além de modismo. Já comum na mesa dos brasileiros, o morango encabeça a lista das mais consumidas, mas outras novidades têm mostrado que podem fazer parte do cardápio, como a framboesa (raspberry em inglês), o mirtilo (blueberry) e a amora-preta (blackberry).
De acordo com o Emerson Dias Gonçalves, pesquisador de fruticultura de clima temperado da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), as berries estão em bom momento e superam eventuais modismos que ocorrem, vez ou outra, com determinado tipo de fruta. Segundo ele, a diversificação das opções vem também na esteira de disseminação das informações sobre suas qualidades.
“Está tendo bastante demanda dessas frutas, principalmente, devido às propriedades antioxidantes, que atuam na regulação de diversas doenças, até sanguíneas. Além disso, ainda combatem os radicais livres”, explica. Algumas especialidades, como o mirtilo, são indicadas para trato com problemas de visão, diz Emerson. Ainda segundo ele, a amora-preta, por exemplo, também é usada na ajuda e prevenção de problemas hormonais.
Esse aumento no consumo é percebido pelos produtores. A demanda vem crescendo, principalmente neste ano, o que fez com que a área dedicada ao plantio em muitas fazendas seja ampliada. Esse é o caso do Portal das Amoras, localizado em Maria da Fé, no Sul de Minas. Segundo Francisco de Assis Vilas Boas, encarregado da fazenda, do último trimestre do ano passado até agora a produção e a demanda triplicaram. “Há dois anos a situação estava complicada, mas a venda cresceu bastante de setembro do ano passado para cá”, comemora.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), mostram que o morango é o mais consumido das berries, devido à sua popularização no país e por ser muito cultivada em Minas. Em 2015, o estado produziu 87.681 toneladas da fruta. O Sul de Minas se destaca, respondendo por 81,59% do cultivo. Municípios da Região Central aparecem em segundo lugar, com 17,85% da colheita. A produção das outras espécies de berries ainda é pequena em relação às outras frutas e, por isso, não há dados consolidados nesses levantamentos do IBGE.
Outro ponto importante a ser considerado a exposição solar. Algumas espécies precisam de ficar expostas à luz solar durante todo o dia. “Seguindo esses passos, o produtor vai conseguir ter boa produção”, afirma Emerson. Ainda segundo o pesquisador da Epamig, o produtor ainda pode usar a artimanha para garantir o produto ao longo do ano. “Como são frutas de produção muito grande o produtor pode congelar a fruta e ir vendendo ao longo do ano”, indica.
Recomendações
O produtor Francisco Vilas Boas ainda dá outras dicas, principalmente, para quem tá começando ou pretende se aventurar no cultivo das berries. Além da atenção à temperatura e o solo, como ressaltado pelo pesquisador da Epamig, ele acrescenta que é necessário que as mudas tenham entre 15cm e 20cm e, no caso da framboesa, ainda é importante prestar atenção se as mudar têm ferrugem. Ao todo, segundo Francisco, o Portal das Amoras produz cerca de 2,3 toneladas por safra de framboesa e 2,1 toneladas de amora-preta. Quanto ao preço, o quilo varia entre R$ 12 e R$ 13 da amora-preta e entre R$ 25 e R$ 28 o da framboesa.
Para este ano, o Ministério da Agricultura espera aumento das safras, inclusive, com redução dos custos. “A adoção de novas tecnologias de produção e pós-colheita deve aumentar a eficiência dos sistemas produtivos de frutas no país, contribuindo para a redução dos custos de produção das atividades desse segmento”, informa trecho de relatório produzido com as expectativas de produção para este ano.
De acordo com o Emerson Dias Gonçalves, pesquisador de fruticultura de clima temperado da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), as berries estão em bom momento e superam eventuais modismos que ocorrem, vez ou outra, com determinado tipo de fruta. Segundo ele, a diversificação das opções vem também na esteira de disseminação das informações sobre suas qualidades.
“Está tendo bastante demanda dessas frutas, principalmente, devido às propriedades antioxidantes, que atuam na regulação de diversas doenças, até sanguíneas. Além disso, ainda combatem os radicais livres”, explica. Algumas especialidades, como o mirtilo, são indicadas para trato com problemas de visão, diz Emerson. Ainda segundo ele, a amora-preta, por exemplo, também é usada na ajuda e prevenção de problemas hormonais.
Esse aumento no consumo é percebido pelos produtores. A demanda vem crescendo, principalmente neste ano, o que fez com que a área dedicada ao plantio em muitas fazendas seja ampliada. Esse é o caso do Portal das Amoras, localizado em Maria da Fé, no Sul de Minas. Segundo Francisco de Assis Vilas Boas, encarregado da fazenda, do último trimestre do ano passado até agora a produção e a demanda triplicaram. “Há dois anos a situação estava complicada, mas a venda cresceu bastante de setembro do ano passado para cá”, comemora.
Aumento da produção
A fazenda tem produção de amora-preta e framboesa. A demanda está tão boa que a propriedade pretende, a partir de janeiro de 2018, duplicar a área plantada e, consequentemente, a produção deve seguir pelo mesmo caminho. Como motivadores da alta, Francisco acredita que a divulgação do produto a disponibilidade dele no mercado têm impulsionado o aumento na produção. “O cliente consome em restaurantes, por exemplo, gosta do sabor e vem buscar, se interessa pela fruta”, acredita.Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), mostram que o morango é o mais consumido das berries, devido à sua popularização no país e por ser muito cultivada em Minas. Em 2015, o estado produziu 87.681 toneladas da fruta. O Sul de Minas se destaca, respondendo por 81,59% do cultivo. Municípios da Região Central aparecem em segundo lugar, com 17,85% da colheita. A produção das outras espécies de berries ainda é pequena em relação às outras frutas e, por isso, não há dados consolidados nesses levantamentos do IBGE.
Clima favorável
O fato de o Sul de Minas ser a principal região produtora de morango não é à toa. As baixas temperaturas são fundamentais para que haja o desenvolvimento e boa colheita, não só do morango, mas de todas as berries. “No Sul de Minas é melhor para se produzir, porque o período de inverno é bem frio e é de baixas temperaturas que esse tipo de fruta precisa”, afirma o pesquisador da Epamig. Emerson cita ainda outros pontos importantes que devem ser observados pelos produtores para garantir boa colheita. “Primeiro passo é a análise do solo, fazer a correção, consultar um agrônomo para verificar o melhor local da propriedade para o cultivo. Além disso, evitar locais encharcados”, enumera.Outro ponto importante a ser considerado a exposição solar. Algumas espécies precisam de ficar expostas à luz solar durante todo o dia. “Seguindo esses passos, o produtor vai conseguir ter boa produção”, afirma Emerson. Ainda segundo o pesquisador da Epamig, o produtor ainda pode usar a artimanha para garantir o produto ao longo do ano. “Como são frutas de produção muito grande o produtor pode congelar a fruta e ir vendendo ao longo do ano”, indica.
Recomendações
O produtor Francisco Vilas Boas ainda dá outras dicas, principalmente, para quem tá começando ou pretende se aventurar no cultivo das berries. Além da atenção à temperatura e o solo, como ressaltado pelo pesquisador da Epamig, ele acrescenta que é necessário que as mudas tenham entre 15cm e 20cm e, no caso da framboesa, ainda é importante prestar atenção se as mudar têm ferrugem. Ao todo, segundo Francisco, o Portal das Amoras produz cerca de 2,3 toneladas por safra de framboesa e 2,1 toneladas de amora-preta. Quanto ao preço, o quilo varia entre R$ 12 e R$ 13 da amora-preta e entre R$ 25 e R$ 28 o da framboesa.
Para este ano, o Ministério da Agricultura espera aumento das safras, inclusive, com redução dos custos. “A adoção de novas tecnologias de produção e pós-colheita deve aumentar a eficiência dos sistemas produtivos de frutas no país, contribuindo para a redução dos custos de produção das atividades desse segmento”, informa trecho de relatório produzido com as expectativas de produção para este ano.