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Estado de Minas

Tecnologia do leite em Minas receberá reforço

Unidade da Epamig na Zona a Mata ganhará centro de capacitação e laboratórios que ampliarão a capacidade de pesquisa no produto e devem incentivar a inovação do setor


postado em 08/01/2018 06:00 / atualizado em 08/01/2018 09:03

Centro de Capacitação em Laticínios em Juiz de Fora ocupará três pavimentos do prédio da Epamig e custará cerca de R$ 1,2 milhão, provenientes do PAC/Embrapa(foto: Erasmo Reis/ASCOM EPAMIG)
Centro de Capacitação em Laticínios em Juiz de Fora ocupará três pavimentos do prédio da Epamig e custará cerca de R$ 1,2 milhão, provenientes do PAC/Embrapa (foto: Erasmo Reis/ASCOM EPAMIG)

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está reformando o prédio de dormitórios do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, para abrigar o Centro de Capacitação em Laticínios. O recurso de R$ 1,2 milhão é provenientes do PAC/Embrapa e será usado também na reforma da oficina e do almoxarifado e revitalização de todo o entorno do prédio, com obras de pavimentação, paisagismo e iluminação.


De acordo com o chefe-geral da Epamig ILCT, Cláudio Furtado Soares, a ideia é criar um ambiente propício à inovação. “Com o centro de capacitação, teremos instalações adequadas para potencializarmos os cursos destinados à indústria e aos produtores de lácteos do Brasil e até de outros países, além de contarmos com toda estrutura dedicada ao desenvolvimento de novos projetos em parceria com outras instituições”, explica.


Expectativa é ampliar a capacitação e o treinamento de técnicos para a indústria de laticínios. Projeto inclui a criação de 14 salas de aulas, além de espaço para reuniões e 12 apartamentos para estudantes(foto: Ana Ajub/Ascom Epam)
Expectativa é ampliar a capacitação e o treinamento de técnicos para a indústria de laticínios. Projeto inclui a criação de 14 salas de aulas, além de espaço para reuniões e 12 apartamentos para estudantes (foto: Ana Ajub/Ascom Epam)

O Centro de Capacitação ocupará os três pavimentos do prédio, cujo projeto prevê a criação de 14 salas de aula, salas de estudo individual e coletivo, sala multimeios e de reunião, além de 12 apartamentos com banheiros privativos para hospedar interessados em participar dos cursos de pequena duração do ILCT.


Soares diz que o instituto não recebe mais alunos em regime de internato e os cursos oferecidos hoje são de curta duração, de até 7 dias. Com a ampliação da capacidade dos laboratórios de tecnologia aplicada será possível resgatar os treinamentos para a indústria de laticínios, e oferecer capacitações de maior duração.

PARCERIAS
O centro vem complementar a planta-piloto com alguns laboratórios. “A ideia é de se tornar um espaço acelerador de novos produtos em parceria com a indústria, um local onde ela possa montar o memorial descritivo do produto, desenvolver a rotulagem e o processo de registro nos órgãos fiscalizadores, como o Instituto Mineiro de Agropecuária(IMA) e o Ministério da Agricultura.


Com as novas instalações um técnico da indústria poderá ficar até quatro meses desenvolvendo por conta de um produto, prevê o diretor. Haverá também oferta para aperfeiçoamento de conhecimentos. Pronto, o novo centro poderá abrigar até 50 pessoas ao mesmo tempo. A previsão é que as obras estejam prontas em três meses. “Ainda estamos procurando fontes para financiar a compra de equipamentos e aguardamos a vinda de mais docentes, uma vez solucionadas estas questões, esperamos já oferecer novas vagas a partir do segundo semestre de 2018”, conclui.

TECNOLOGIA
Além dos recursos do PAC, o ILCT foi contemplado com R$ 250 mil provenientes de emenda parlamentar que serão destinados à revitalização do espaço interno de convivência de funcionários e alunos. O refeitório e a biblioteca serão reformados e o pátio será recuperado. O recurso já está assegurado e o processo de licitação para início da obra está previsto para 2018.


As obras representam o resgate da tradição da instituição como referência em ensino, pesquisa e difusão de tecnologia em leite e derivados no Brasil e no exterior. O ILCT funciona há 82 anos desenvolvendo e difundindo tecnologia, capacitando pessoal para o setor e formando técnicos que atuam nos segmentos da cadeia de lácteos por todo o Brasil e em outros países.

Febre aftosa

O governo brasileiro e os produtores rurais aguardam para maio o anúncio do país como área livre de febre aftosa com vacinação. A certificação deve ser entregue durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, e contribuirá para ampliar e abrir novos mercados internacionais às carnes brasileiras.

No último ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um comitê para preparar ações voltadas para o alcance desse objetivo. O reconhecimento pela OIE deverá consolidar o processo de reconhecimento feito pelo Mapa. No início de dezembro, quando foram declaradas novas zonas livres da febre aftosa com vacinação no Amapá, Roraima, em grande parte do Amazonas e em áreas de proteção no Pará, finalizou-se nacionalmente o processo de erradicação da doença. Em abril, o Brasil completou 11 anos sem registro de ocorrência de aftosa dentro do rebanho nacional.

 

Confira os cursos do ILCT marcados para este semestre

 

l MARÇO
» Iogurte e bebidas lácteas
Dias 21, 22 e 23

l  ABRIL
» Doce de leite em pasta e em barra
Dias 12 e 13

» Queijos elaborados com fungos
(gorgonzola, camembert, saga)
Dias 18, 19 e 20

l  MAIO
» Microbiologia: Controle de
qualidade do leite e derivados
Dias 7, 8 e 9

» Controle de qualidade físico-química
do leite e derivados
Dias 9, 10 e 11

» Queijos especiais
Dias 9, 10 e 11

» Tratamento de efluentes líquidos
da indústria de laticínios
Dias 24 e 25

l  JUNHO
» Análise sensorial do leite e derivados
Dias 7 e 8

» Produção de leite em pó e soro em pó
Dias 21 e 22

 

 


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