A disputa para saber qual é o melhor cavalo do Brasil começa amanhã na 38º Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, no Parque da Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte. Com 1,8 mil animais da raça inscritos, o evento deve receber cerca de 220 mil pessoas até o dia 27 e marcará o 70º aniversário da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), fundada em 16 de julho de 1949.
Os cavalos que participam da exposição na capital mineira foram classificados em eventos em todas as regiões do país entre 2018 e 2019. “Neste ano quebramos o recorde no número de animais participando. Teremos os leilões de elite com o melhor da nossa genética. É o momento maior dos mais de 300 eventos que fizemos ao longo do ano, quando premiamos o melhor cavalo do Brasil”, explica Daniel Borja, presidente ABCCMM.
No evento ocorrem as provas esportivas, nas modalidades Três Tambores, Cinco Tambores, Seis Balizas, Maneabilidade, Team Penning, Working Penning, Rach Sorting, Equitação de Trabalho e Velocidade.
A programação traz também palestras com especialistas do segmento equestre. No dia 24, acontece o evento em prol do projeto social “Marchadores pela Vida”, em que cavalos são leiloados e o dinheiro arrecadado é revertido para hospitais. “Como parte do 'Marchadores pela Vida' ajudamos mensalmente sete instituições de câncer infantil. Nos últimos dois anos foram R$ 2,5 milhões investido com a compra de máquinas e equipamentos para atender a esses hospitais”, diz o presidente da entidade.
A programação traz também palestras com especialistas do segmento equestre. No dia 24, acontece o evento em prol do projeto social “Marchadores pela Vida”, em que cavalos são leiloados e o dinheiro arrecadado é revertido para hospitais. “Como parte do 'Marchadores pela Vida' ajudamos mensalmente sete instituições de câncer infantil. Nos últimos dois anos foram R$ 2,5 milhões investido com a compra de máquinas e equipamentos para atender a esses hospitais”, diz o presidente da entidade.
De acordo Borja, cerca de metade dos cavalos da raça mangalarga marchador está em Minas Gerais, onde os criadores se espalham por todas as regiões do estado. Entre os 16,5 mil criadores registrados no Brasil, mais de 9 mil estão em fazendas mineiras, com mais de 245 mil animais. A história desses animais está diretamente ligada aos mineiros, que foram os primeiros criadores da raça.
ORIGEM MINEIRA
“O mangalarga marchador começou a ser criado aqui em Minas, com os animais que vieram de presente de um dom português e foram criados no sul do estado”, conta Borja. A raça surgiu há dois séculos no território que era conhecido como Comarca do Rio das Mortes (onde hoje fica a região Sul de Minas) por meio de cruzamentos da raça alter (trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal) com outros cavalos selecionados da região.
“O mangalarga marchador começou a ser criado aqui em Minas, com os animais que vieram de presente de um dom português e foram criados no sul do estado”, conta Borja. A raça surgiu há dois séculos no território que era conhecido como Comarca do Rio das Mortes (onde hoje fica a região Sul de Minas) por meio de cruzamentos da raça alter (trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal) com outros cavalos selecionados da região.
Com baixo potencial para a extração de ouro, desde o século 18 a região sul de Minas chamou atenção dos colonizadores portugueses pelas boas condições das fazendas para criação dos cavalos. O berço do margalarga marchador foi a fazenda Campo Alegra, que pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas. Os cavalos marchadores foram valorizados na fazenda por serem resistentes e ágeis no transporte e na caça.
INOVAÇÕES GENÉTICAS
A criação de cavalos no mundo conta cada vez mais com o avanço da ciência em busca dos melhores animais. Os criadores recorrem às técnicas de reprodução artificial em busca de melhoramento genético por meio da inseminação artificial, da fertilização in vitro e da transferência de embriões. A monta natural ainda é a mais usada, mas na última década, houve no Brasil aumento de 70% no uso da inseminação artificial e de transferências de embriões na raça. Em busca das melhores técnicas de reprodução a associação dos criadores busca parcerias com centros de pesquisas, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), PUC Minas e a Universidade Federal de Lavras (UFLA).
A criação de cavalos no mundo conta cada vez mais com o avanço da ciência em busca dos melhores animais. Os criadores recorrem às técnicas de reprodução artificial em busca de melhoramento genético por meio da inseminação artificial, da fertilização in vitro e da transferência de embriões. A monta natural ainda é a mais usada, mas na última década, houve no Brasil aumento de 70% no uso da inseminação artificial e de transferências de embriões na raça. Em busca das melhores técnicas de reprodução a associação dos criadores busca parcerias com centros de pesquisas, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), PUC Minas e a Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Raça nacional
Fundada em 16 de julho de 1949, no Parque de Exposições da Gameleira, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) é a maior entidade de criadores equinos de uma mesma raça da América Latina. Em 19 de maio de 2014, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.975, que declara “a raça de cavalos Mangalarga Marchador, a raça nacional”. O projeto de lei foi de autoria do criador e deputado federal Arthur de Oliveira Maia da Silva.
Exposição Mangalarga Marchador em números
1,8 mil
animais que participarão da exposição
600
expositores de todas as regiões do país
220 mil
visitantes esperados durante o evento
R$ 30 mi
valor em negócios movidos pela feira