Derivado da mesma planta do chá-verde, o matchá promete efeitos antioxidantes, termogênicos e diuréticos ainda maiores, devido ao processo de cultivo. O produto tem feito sucesso entre as pessoas que procuram por uma bebida que estimule o metabolismo e previna a retenção de líquidos – favorecendo, assim, o processo de emagrecimento.
Para especialistas, quem procura propriedades desintoxicantes e anti-inflamatórias deve investir no chá ou em alguma aplicação do pó de origem chinesa, que pode ser adicionado no preparo de bolos, biscoitos e sorvetes.
O processo de elaboração do matchá tem início quatro semanas antes da colheita. As plantas da espécie Camellia sinensis crescem protegidas da luz solar, o que torna as folhas mais verdes, aumentando a produção de aminoácidos. Segundo a especialista em chás Clélia Brito, a concentração de nutrientes nos brotos mais jovens, selecionados manualmente, é o que garante ao matchá um valor nutricional único, com maior quantidade de clorofila, aminoácidos e a L-teanina.
Depois de prontas, as folhas colhidas manualmente são moídas até se converter em um pó muito fino. O chá é formado pela própria folha em pó, o que garante um aroma fresco e vegetal intenso. “É uma harmoniosa combinação entre o doce cremoso e ligeiramente amargo”, descreve Clélia Brito.
SEM EXAGEROS
De acordo com a nutricionista funcional Michelle Mendes, o matchá auxilia no processo de emagrecimento em consequência das propriedades antioxidantes, diuréticas e termogênicas. No entanto, o consumo deve ser associado ao cuidado com a alimentação e à prática regular de atividade física – ou seja, o chá não é capaz de fazer todo o trabalho sozinho.
Além disso, a bebida tem pouquíssimas calorias, reduz a retenção hídrica por causa de benefícios diuréticos e é rica em antioxidantes – diminuindo os radicais livres e retardando o envelhecimento precoce. Como efeito da cafeína e das catequinas presentes, quem consome o chá pode sentir mais disposição para cumprir a rotina diária, experienciando melhor concentração para realizar as atividades.
Entretanto, todos os efeitos positivos exigem cuidado.
A nutricionista adverte ainda: por ter cafeína, ele não é indicado para gestantes, pacientes hipertensos e pessoas com problemas estomacais, como gastrites e úlceras.
Origem oriental
A variação do chá-verde é de origem chinesa e ganhou notoriedade durante o período da dinastia Song (960-1279), mas foi nos monastérios budistas japoneses que a fama do matchá se consolidou, por causa do alto poder de concentração que a L-teanina proporciona. Mais tarde, as classes altas nipônicas o adotaram, inclusive na famosa Cerimônia do Chá.
Como preparar
Para uma xícara de 200ml de chá, coloque uma medida própria para o matchá, feita de bambu (aproximadamente 1g) em uma tigela de chá pequena. Em seguida, acrescente 50ml de água aquecida à temperatura de 70oC na mesma tigela e bata rapidamente com um chasen (batedora de bambu japonesa própria para o preparo), fazendo movimentos em W até dissolver todo o chá e formar uma espuma. Em seguida, complete com 150ml de água à temperatura de 70oC.
"É uma harmoniosa combinação
entre o doce cremoso e
ligeiramente amargo”
. Clélia Brito, especialista em chás.