Jornal Estado de Minas

Por que pensamos tanto em sexo? Este vídeo explica


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Quantas vezes você pensa em sexo por dia? Se acha a pergunta indiscreta demais, muito íntima e teria até vergonha de responder, saiba que você não está só. Apesar de ser uma prática primitiva e cumprir uma necessidade básica do nosso corpo, assim como se alimentar e dormir, o sexo atravessa gerações cercado de tabus e mitos. Neste dia do sexo (pois é, 6 e setembro é dia do sexo), conversamos com especialista para explicar como homem e mulher lidam com o tema e, sobretudo, por que pensamos tanto nele.



Urologista Pedro Romanelli (foto: Arquivo pessoal)
A função prática do ato é a reprodução, mas desde que os humanos descobriram outra utilidade (o prazer), o assunto, literalmente, não sai da cabeça das pessoas. Sim, todas as reações do nosso corpo durante a relação sexual são comandadas pelo cérebro. “Quando a gente tem estímulos sexuais, o cérebro recebe essas informações provocando alterações no nosso corpo. No ápice destes estímulos, a gente tem uma liberação de neurotransmissores, substâncias no nosso cérebro, que nos dá essa sensação máxima de prazer”, explica o urologista Pedro Romanelli.  

Prazer que vicia

Sexóloga Cynthia Dias (foto: Arquivo pessoal)
E essas sensações de prazer e felicidade  são viciantes, o que  já explica muito o porquê da prática ser tão desejada por todos. Mas será que homens e mulheres têm a mesma experiência de satisfação?  A linha do tempo do sexo não seguiu o mesmo curso quando o assunto é gênero. Os homens saíram na vantagem. “O homem é, desde cedo, estimulado a tocar o órgão genital. A ele sempre foi dado o direito do prazer e da masturbação. E a menina não. Por questões morais e religiosas, ela sempre foi reprimida, nunca pode se tocar. É comum ela desconhecer a forma de sentir prazer”, diz a sexóloga Cynthia Dias Pinto Coelho. 

Apesar de ainda ter que lutar pela autonomia e liberdade sexual, a especialista destaca que a relação da mulher com o sexo e o seu próprio prazer evoluiu muito nos últimos anos e tem caminhado para o pé de igualdade com os homens. “O que marcou a mudança da sexualidade feminina foi a invenção do anticoncepcional. A partir daquele momento, ela passou a controlar a gravidez, e com isso sentiu-se muito mais livre para viver o sexo pelo prazer e não mais em função da reprodução”, comenta a sexóloga. 

Autoconhecimento

Tami Bhavani é terapeuta tântrica (foto: Arquivo pessoal)
Conhecer o próprio corpo e ter consciência do seu prazer é, segundo a terapeuta tântrica Tami Bhavani, o segredo para atingir o auge da satisfação sexual: o orgasmo. “Cada um de nós tem formas diferentes de sentir prazer, não existe uma receita de bolo, mas existem formas de tomar consciência do seu prazer”, indica. 

Ela acredita que a forma como somos apresentados à sexualidade define muito das experiências ruins e até distúrbios em ambos os gêneros, como problemas de ereção, ejaculação precoce e vaginismo. 



“Nós não aprendemos sobre sexo e como devemos nos comportar durante as relações sexuais, a única escola ‘acessível’ a todos é a pornografia”, comenta. “Na prática, nada que está ali no filme é real e muitos homens e mulheres ficam frustrados ao tentar reproduzir essas grandes performances na cama”, ressalta a especialista em massagem tântrica.


Como chegar lá

Para aproveitar não só o dia do sexo, mas melhorar a sua experiência sexual em todos os outros dias do ano, a terapeuta dá algumas dicas.
  • Prepare o ambiente, use aromas, capriche na música, use velas e aquela roupa que você mais se sente sexy;
  • Tenha consciência do seu próprio prazer;
  • Selecione um parceiro que você tenha real empatia;
  • Olhe nos olhos, sinta o cheiro, a pele...provoque arrepios;
  • Comece o ato sexual beijando o corpo do parceiro, explorando todo o corpo, cheire as zonas erógenas.
  • Capriche no sexo oral, e mostre para seu parceiro (a) onde gosta de ser tocada e acariciada. 



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