Jornal Estado de Minas

Atendimento do SUS para jovens com depressão aumenta 115%

Segundo o Ministério Público (MP), os atendimentos ambulatoriais e internações no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionados à depressão cresceram 52% entre 2015 e 2018, passando de 79.654 para 121.341. Na faixa etária de 15 a 29 anos, o crescimento foi de 115%.




A depressão é um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de interesse em atividades normalmente prazerosas. As causas possíveis incluem uma combinação de origens biológicas, psicológicas e sociais de angústia.

O SUS oferece atendimento a pessoas com transtornos mentais nas Unidades de Saúde da Família e nos Centros de Atenção Psicossocial, os Caps. Esses serviços são feitos para a avaliação de um profissional e se necessário o encaminhamento para o serviço especializado da Rede de Atenção do SUS.

Este levantamento foi divulgado nesta terça-feira e explica que o aumento nos dados pode ser relacionado à maior procura pela assistência, mas ao mesmo tempo não descarta o possível aumento nos casos de depressão na população. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) no Brasil, estima-se que 14,1 milhões de pessoas tenham diagnóstico de transtornos ou sofrimentos mentais.



Em 2019, dados mostram que já foram feitos no SUS, 49.179 atendimentos relacionados à depressão e 16.311 internações. Entre 2011 e 2018, foram 339.730 casos de violência autoprovocada, sendo 33% deles classificados como tentativa de suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% nos últimos dez anos.

No casos dos jovens entre 15 e 29 anos foram 45% do total. Os estudantes são 30% e, em seguida, vem as donas de casa, com 23% das notificações.

Apoio à vida

Os dados sobre a doença foram divulgados durante o lançamento da campanha “Se liga! Dê um like na vida”, lançados pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

A campanha tem o objetivo de estimular o jovem a compartilhar momentos com a família e amigos, conversar mais, fortalecendo a importância do diálogo e desmistificando a vida virtual. A iniciativa também reforça a necessidade de ficar atento aos sintomas da depressão e de buscar ajuda.



 “Essa campanha é pensada para internet, rádio e televisão, e aciona todos que estão próximos dos jovens: escola, família e Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A depressão muitas vezes é vista como excesso de drama e esse estigma é amplificado nas redes sociais, ambiente onde as pessoas estão sempre sorrindo, sem revelar seus dramas pessoais. Por isso, precisamos trazer as pessoas para o mundo real e falar de saúde mental. A saúde mental será o principal agravo que vai levar as pessoas às unidades de saúde nas próximas décadas”, explicou o ministro Luiz Henrique Mandetta.


O Ministério da Saúde divulga os seguintes endereços para ajuda:

*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie 

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