Uma história de amor destacada em uma thread (sequência de posts) do Twitter viralizou na web, com mais de 2 milhões de visualizações. Escrita por Luiz Flávio Rodrigues, de 57 anos, no dia do casamento do filho, Lucas Azevedo Schmoeller, de 31, com Tharcis Azevedo Schmoeller, de 35, o depoimento emocionou o casal, a família e até mesmo desconhecidos, que rechearam a timeline daquele pai de curtidas e comentários.
“Não tive nenhuma intenção ou motivação especial que não fosse a de externar a felicidade que eu sentia pelo casamento dos dois. Nas redes, costumo mostrar momentos de grande alegria e esse especialmente não seria diferente, pois foi uma das mais intensas que senti em minha vida”, revela Rodrigues. Para ele, “a família deve ser suporte para seus membros e é no seio da família que os filhos devem encontrar conforto, acolhida, respeito e muito diálogo. Amor!”.
Em setembro, considerado também o mês das noivas aqui no Brasil, Maísa Costa Feital, de 28, treinadora de tênis, e Karla Moreira Kalife, de 27, designer gráfica e fotógrafa, decidiram se casar com tudo a que têm direito: vestidos brancos, cerimônia, festa. Muito convidados e os pais de ambas abençoaram a união. A fazendeira Georgina Penna Costa, de 62, mãe de Maísa, vê com naturalidade a orientação sexual do casal. “Penso que uma pessoa pode se apaixonar por outra sem se preocupar com gênero. O amor acontece entre almas, ninguém manda no coração e todo mundo tem o direito de ser feliz!”, comenta.
Sim, familiares, amigos e o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecem a união entre pessoas do mesmo sexo como um ato legítimo no país. Aqui, os casais homoafetivos têm os mesmos direitos civis conferido aos casais heterossexuais. E por que não externar essa conquista com um casamento nos moldes tradicionais?
OBSTÁCULOS
Mas o amor homoafetivo ainda enfrenta obstáculos. Vide o episódio envolvendo os super-heróis da Marvel Wiccano e Hulkling, personagens da HQ Vingadores: a cruzada das crianças, protagonistas de polêmica pelo beijo gay retratado nos quadrinhos do gibi vendido na Bienal do Livro do Rio.
Considerado por muitos como vilão da história, o prefeito Marcelo Crivella determinou o recolhimento da história em quadrinhos e de outras publicações com conteúdo LGBT+ da feira literária. A favor dos personagens e contra o ato do prefeito centenas de autores, manifestos, decisões judiciais. Capítulos de uma história que ainda está longe do fim. Em cena, o livre direito de expressão contra atos considerados como censura e preconceito.
Considerado por muitos como vilão da história, o prefeito Marcelo Crivella determinou o recolhimento da história em quadrinhos e de outras publicações com conteúdo LGBT+ da feira literária. A favor dos personagens e contra o ato do prefeito centenas de autores, manifestos, decisões judiciais. Capítulos de uma história que ainda está longe do fim. Em cena, o livre direito de expressão contra atos considerados como censura e preconceito.