As fake news são recorrentes na política e na economia. Agora, outro tema que virou alvo de notícias falsas é a vacinação. Por conta disso, no ano passado, o Ministério da Saúde criou o canal Saúde sem Fake News, um número de WhatsApp – (61) 99289-4640 – para a pessoa confirmar se uma informação recebida pelo aplicativo ou em redes sociais é verdadeira ou não. De acordo com o ministério, vacinas e campanhas de vacinação estão entre os assuntos mais citados nas mensagens.
A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir doenças, estimulando o corpo a produzir respostas imunológicas que protegem contra vários tipos de micro-organismos. Desde a criação da primeira vacina, em 1776, pelo britânico Edward Jenner, muitas vidas foram salvas. “As vacinas têm sido responsáveis pelo controle de doenças que causavam número muito grande de mortes e sequelas de pessoas em todo o mundo, como sarampo, poliomielite, difteria e meningites meningocócicas por exemplo”, afirma o epidemiologista, infectologista e Assessor de Vacinas do Grupo Hermes Pardini José Geraldo Ribeiro.
O médico explica como as fake news são espalhadas. “São postadas nas redes sociais, geralmente atribuindo falsos eventos adversos que, na verdade, não são causadas por vacinas. Por sites não oficiais, não vinculados às universidades ou agências de saúde, causando temor na população.”
Ele lembra de uma das notícias falsas mais repassadas, que associa a vacinação com o autismo e foi responsável por aumentar casos de sarampo. “A falsa associação entre autismo e vacina tríplice viral fez a cobertura vacinal cair na Europa e está na origem das atuais epidemias de sarampo”, afirma.
Algumas fake news sobre vacinas:
- As vacinas deixam o indivíduo mais fraco. As pessoas precisam adoecer para pegar resistência e criar anticorpos para se protegerem das doenças
- As vacinas causam sintomas das doenças logo após a aplicação
- Existe o mito de motivos religiosos para impedir a vacinação
- Uma corrente de pessoas alegam que as vacinas favorecem interesses econômicos da indústria farmacêutica. Entretanto, a falta dela é que favorece o consumo de antibióticos para matar bactérias. Tratar a doença é sempre muito mais caro do que preveni-la
- Adulto não precisa se vacinar caso já tenha sido vacinado na infância. Vacina é coisa de bebês e crianças.