Lesões de pele provocadas pela psoríase são motivos de depressão, ansiedade e isolamento social entre os pacientes. Para chamar a atenção sobre essa doença crônica não transmissível, que atinge em especial braços, pernas e couro cabeludo, existe o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase, 29 de outubro. No Brasil, a doença acomete entre 3 milhões e 5 milhões de pessoas.
“O impacto psicossocial da psoríase muitas vezes é subestimado. Por essa razão, tratar as lesões para tentar atingir a melhora completa é muito importante para evitar o estigma e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica a dermatologista Michelle Diniz, preceptora do Ambulatório de Psoríase da Santa Casa.
Nos últimos anos, o tratamento da psoríase tem avançado bastante. "Atualmente, temos vários medicamentos imunobiológicos aprovados no Brasil, sendo que as medicações mais recentes como o risanquizumabe proporcionam melhora significativa das lesões na grande maioria dos pacientes."
Este ano, a data também vai servir para comemorar as conquistas em relação ao tratamento. “Um novo horizonte se abre para pacientes que tratam psoríase em nosso país. Antes reservado apenas para pacientes particulares ou para alguns planos de saúde, os medicamentos imunobiológicos serão distribuídos oficialmente a partir deste mês pela rede pública”, afirma o dermatologista Gustavo Saczk.
Este ano, a data também vai servir para comemorar as conquistas em relação ao tratamento. “Um novo horizonte se abre para pacientes que tratam psoríase em nosso país. Antes reservado apenas para pacientes particulares ou para alguns planos de saúde, os medicamentos imunobiológicos serão distribuídos oficialmente a partir deste mês pela rede pública”, afirma o dermatologista Gustavo Saczk.
A causa da psoríase está relacionada à questões do organismo do portador. “Isso por ser uma doença autoimune relacionada com o sistema imunológico, que pode estar ligada à suscetibilidade genética ou mesmo a fatores ambientais. Ela é causada por uma desregulação de mediadores chamados interleucinas, que causam um aumento localizado na produção de pele”, conta Gustavo.
Os medicamentos são para tratar casos médios e graves. “São aplicados por via subcutânea, como a insulina no caso dos diabéticos. A melhora no tratamento é surpreendente para pacientes que usavam apenas cremes ou alguns medicamentos que poderiam causar efeitos colaterais graves, como alterações no fígado. Com os imunobiológicos, esses pacientes podem chegar a ficar livres das lesões, aplicando as injeções algumas vezes no ano, apenas”, explica o médico.
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* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram