Paralelamente ao aparecimento do coronavírus, uma avalanche de informações sobre a infecção começa a acontecer. Seja pelas redes sociais ou por canais oficiais de mídia, muito é dito acerca do problema. Na mesma medida, observa-se uma invasão de notícias e dados irresponsáveis, sem compromisso com a realidade. Veja, a seguir, alguns mitos e verdades sobre o Covid-19:
Vitamina D protege do coronavírus?
Mito. Vídeos e artigos que informam sobre a eficácia da vitamina D contra o vírus circulam nas redes sociais. Mas isso não é verdade. De acordo com o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Lucas Miranda, o uso da vitamina D é indicado para pessoas que apresentam deficiência dessa substância. “Hoje, a suplementação de vitamina D, em forma de comprimidos, por exemplo, é feita somente pelos grupos de risco de deficiência da substância, e, mesmo assim, após exames, consultas e prescrição médica", ensina.
Pele negra é mais resistente ao coronavírus?
Mito. Artigos revelam que a pele negra produz anticorpos para combater a doença, o que ganhou evidência depois que um jovem camaronês, de pele negra, contraiu o vírus e foi curado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus pode ser contraído por qualquer um que esteve perto de indivíduos infectados, através das gotículas que expulsa quando tosse ou espirra, ou que teve contato com superfícies ou objetos usados por pessoas infectadas. Ou seja, qualquer pessoa pode contrair a patologia, independentemente da cor da pele.
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Usar luvas e máscaras protege da doença?
Verdade. O uso da máscara só é recomendado para pacientes confirmados ou com suspeita da doença. Profissionais de saúde devem usar a máscara N-95, enquanto, para os pacientes, a máscara é a cirúrgica simples. A recomendação para prevenção é descartar as máscaras a cada quatro horas, quando em ambientes externos. Dentro de casa, o uso da mesma máscara deve se manter até que ela fique úmida ou suja.
Pessoas com máscaras podem contrair o coronavírus?
Verdade. A máscara protege contra a doença, mas não a evita. Além disso, há outras formas de contrair o coronavírus, mesmo utilizando a máscara. A principal forma de contágio é pelo ar, quando a pessoa contaminada tosse ou espirra, espalhando o vírus. Outra forma é o contato das mãos em superfícies contaminadas em até 24 horas após a propagação do vírus, por isso é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem a higienização adequada das mãos.