Todo cuidado é pouco quanto ao coronavírus. Enquanto ainda não surgem medicamentos eficazes para barrar a contaminação e combater o problema, atitudes simples devem ser incorporadas à rotina, já que o perigo vem de todos os lados. Sabe-se que o vírus não gosta de limpeza e dificilmente se dissemina em espaços asseados. Em vários aspectos do cotidiano, há muito o que fazer no enfrentamento da doença.
As regras de higiene valem também para artigos de uso pessoal, muitas vezes compartilhados, como itens de beleza e maquiagem. A orientação é evitar emprestar pincéis, máscaras de cílios ou batom, já que o contato desses objetos como a mucosa da boca, olhos e nariz é o bastante para o contágio.
Leia Mais
Especialista ensina a reforçar o sistema imunológico para dificultar a contaminação pelo coronavírusEpidemia X Pandemia: entenda a diferençaComo falar sobre o coronavírus com as crianças? Professora lança cartilha educativa sobre o temaEmpresa doa equipamentos de proteção a profissionais da saúde Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casaPara quem atua com maquiagem e lida diariamente com um alto fluxo de clientes nos institutos de beleza, é fundamental limpar, por exemplo, os pincéis após cada trabalho ou, se o próximo cliente entra logo após o anterior, procurar outro conjunto de pincéis. Em relação aos produtos, como corretivo e batom, é recomendado não passá-los diretamente na pele. A máscara de cílios pode ser aplicada com pincéis descartáveis, assim como as sombras.
Nos salões de beleza, tais precauções já fazem parte da rotina de trabalho. Existe sempre a consciência de que fungos, vírus e bactérias podem ser transmitidos por conta de itens usados por mais de uma pessoa.
A cabelereira e maquiadora do salão Versátil, no Funcionários, em Belo Horizonte, Camila Onerio, diz que é prática comum lavar pincéis e esponjas, higienizar os utensílios com líquido à base de álcool, em spray e com papel descartável, o uso de máscaras para não falar ou respirar em cima do cliente, não assoprar o rosto, além de lavar as mãos com sabão e aplicar o álcool gel sempre antes de iniciar a maquiagem.
"Também aplicamos o batom com pincel, nunca direto na boca. O lápis de olho, após o uso, limpamos com algodão umedecido em água micelar, e as manicures utilizam materiais esterilizados", diz Camila, que tem como característica da profissão o contato direto com pessoas.
A proprietária do estabelecimento, Marcela Rossi, lembra que todos os materiais principais para a hora da maquiagem são descartáveis e, depois da situação com o Covid-19, ela disponibiliza álcool gel no salão, mantém o ambiente limpo e arejado, assim como o filtro do ar condicionado sempre higienizado.
"Entre cada cliente fazemos a higienização das mãos, uma prática à qual aos poucos vamos nos adaptando. O coronavírus é um assunto muito falado aqui no salão, mas o importante é não gerar pânico. Principalmente com a proximidade do inverno, quando as doenças respiratórias são mais comuns. É essencial saber identificar e não confundir sintomas", conta Marcela.