Por ser um agente patológico transmitido por vias respiratórias que se propaga pelo contato interpessoal, objetos tocados com frequência podem ser potenciais transmissores do novo coronavírus e, ainda que não se tenha conhecimento se foram manuseados por uma pessoa infectada ou não, o cuidado deve ser redobrado. De conhecimento consensual, no caso da propagação de vírus, bactérias ou fungos, situações comuns no dia a dia, preservar limpo o ambiente doméstico com os produtos corretos e certificados é uma atitude fundamental.
Quanto à COVID-19, hábitos de higiene, distância física e medidas de etiqueta sanitária são processos amplamente propalados, mas, principalmente diante dos quadros de isolamento domiciliar, a limpeza da casa torna-se outra questão fundamental.
Veja dicas divulgadas por Leonardo Daré, diretor da ValleDaré, empresa especialista em higienização:
- A limpeza da casa deve ser feita normalmente, com atenção a alguns cuidados básicos de prevenção. O álcool 70% pode ser utilizado para limpar objetos, chão e maçanetas. É importante limpar também cestos de roupa e evitar chacoalhá-las, para que o vírus não se propague.
- No banheiro, limpar bem o vaso sanitário e usar álcool para desinfetar o assento é essencial.
- Ambiente seco: um hábito comum deve ser mudado. Muitas pessoas têm o costume de passar o mesmo pano em todos os ambientes e, além disso, deixar o chão úmido para secar sozinho. É um erro. Microrganismos permanecem na superfície enquanto ela não for lavada novamente.
- O ideal para evitar que bactérias e vírus proliferem é utilizar um pano limpo em cada ambiente.
- Outro ponto fundamental é manter todos os locais de casa sem umidade. Ou seja, após passar um pano úmido com produtos de limpeza, passe um pano seco para eliminar toda a umidade restante.
O presidente da Limpeza com Zelo, rede de franquia focada em limpeza residencial, Renato Ticoulat, revela que, desde que os primeiros casos do coronavírus foram constatados no Brasil, a procura pelos serviços da empresa dobrou. “As pessoas estão começando a entender a limpeza como aquela voltada para a saúde e não mais apenas para a aparência do lugar. Fazer a higienização com produtos e procedimentos certificados garante a eliminação de vírus e bactérias, inclusive o coronavírus, que tem nos deixado tão em alerta”, pontua. Para manter a residência o mais limpa possível, tudo passa pela incorporação de novos hábitos.
Renato Ticoulat dá algumas orientações para manter o ambiente doméstico limpo e seguro:
- Tirar os calçados e deixá-los na entrada da casa é uma das maneiras de não trazer microrganismos da rua. É como criar uma zona de segurança.
- Outra medida simples é separar luvas e panos para a higienização de cada cômodo. O mesmo pano de chão para limpar o banheiro e o escritório faz parecer que os locais estão limpos, quando, na verdade, só se transferiu as bactérias de um lugar para outro.
- A dica, portanto, é diferenciar luvas e panos com cores. Para limpeza de sanitários, vestiários e recolhimento de lixos, pode-se usar luvas amarelas; para limpeza interna, azul; e, na copa e na cozinha, verde. Assim como o uso de panos de microfibra: azul para vidros e espelhos, vermelhos para sanitários e vestiários, amarelo ou verde para remoção de pó em superfícies.
- Ao utilizar materiais específicos para cada ambiente, fica mais fácil garantir a eliminação da sujidade e também a desinfecção melhor dos espaços coletivos.
- Os panos de microfibra, por sinal, são outra dica importante. Vale a pena ter esse material em casa. O formato diferenciado em relação aos demais produtos disponíveis no mercado, como o algodão, por exemplo, faz com que as partículas de sujeira entrem nas cavidades e permaneçam lá, além de absorverem até oito vezes seu peso em líquido. Por terem carga positiva, criam uma enorme capacidade de reter a sujeira, que possui carga negativa.
- Para limpar o chão ou outras superfícies maiores, a opção é o mop, com cerdas de microfibra. Vale lembrar que, embora seja uma opção para ter em casa, a microfibra não é biodegradável, então, quanto mais tempo durar, melhor será para o meio ambiente.
- Quantos às composições, principalmente as que perfumam ambiente ou móveis, é preciso atenção. Muitos produtos que garantem a eliminação de germes e bactérias não correspondem, de fato, ao que prometem. As tecnologias mais avançadas nem sempre ficam à disposição do consumidor.
- A aplicação de produtos por meio de empresas especializadas garante a verdadeira higienização e eliminação do coronavírus, que pode sobreviver até cinco dias em papel e plástico, quatro em madeira e vidro, dois em aço e oito horas em alumínio.