Nos Estados Unidos, no início de abril, para cada 1 milhão de habitantes, havia 39 mortos por COVID-19. Na Coreia do Sul, para cada 1 milhão, existia apenas um morto pelo vírus.
Além disso, com as medidas adotadas pelo governo coreano, a curva de crescimento de contaminados no país está controlada, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos e também no Brasil.
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Pandemia: como está a saúde mental do brasileiro?COVID-19: médicos e pacientes relatam experiências com telemedicina Coronavírus: uso do oxímetro em casa merece atenção. Entenda Coronavírus: criatividade e inovação são aliadas no combate à criseSegundo Paulo Henrique Pichini, CEO e presidente da Go2neXt Digital Innovation, a resposta para isso pode estar no uso de TI e Telecomunicações para lutar contra a pandemia.
As autoridades coreanas estão usando dados de localização de telefones, registros de transações com cartão de crédito e gravações de circuitos fechados de TV para rastrear e testar pessoas que podem ter tido contato com infectados.
Uma das abordagens é a analise de dados de dispositivos GPS de automóveis para identificar casos de alta prioridade e rastrear as rotas percorridas por indivíduos infectados pela COVID-19. O resultado é cruzado e forma uma série de mapas detalhados que mostram os movimentos das pessoas infectadas.
Os dados são disponibilizados para a população de modo que a própria pessoa saiba das áreas de maior risco e busque o teste de diagnóstico caso ache que pode ter sido infectado.
O país também usa a tecnologia para o controle de viajantes. Desde 2015, todos que entram na Coreia do Sul têm que se submeter a uma verificação de febre e preencher um questionário de saúde. Uma sofisticada infraestrutura tecnológica em aeroportos, portos e fronteiras colhe informações do smartphone do passageiro ou pela imagem seu rosto.
Passageiros que apresentam sintomas, vindo de países vulneráveis a pandemia, são colocados em quarentena. Os dados colhidos durante a crise são resultado de uma transgressão ao regulamento do país que trata da proteção as informações pessoais e privacidade de dados.
A batalha pós-crise será definir que os dados coletados em 2020 sejam apagados para preservar a privacidade e respeitar a lei coreana que está sendo deixada de lado no momento de grave de crise. No Brasil, em escala mais simples, já é visível a tentativa da utilização do uso da tecnologia como uma aliada na luta contra a pandemia.
A Coordenadoria de Inovação Digital da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, desde o início da crise criou portais e aplicativos para a divulgação de informações de saúde para a população, como owww.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.
* Estagiário sob a supervisão da editora Teresa Caram