Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, São Francisco, nos Estados Unidos, e publicado pela revista científica Nature identificou seis novas drogas potencialmente capazes de influenciar no tratamento da COVID-19. No entanto, os resultados são preliminares e sem eficácia comprovada.
O trabalho, a princípio, fez um mapeamento de proteínas existentes no novo coronavírus, a fim de pontuar quais estruturas virais interagem com o corpo, durante a infecção. A partir disso, drogas cadastradas pela Food Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, foram testadas.
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Estudo compara o novo coronavírus a demais doenças respiratóriasCoronavírus: moléculas capazes de influenciar respostas à vacinação Telemedicina: a tecnologia como aliada no combate ao coronavírusCoronavírus: cientistas brasileiros desenvolvem exame que testa imunidadeCoronavírus: cloroquina e determinações federais. Entenda os riscosA comparação trouxe o seguinte resultado: as amostras apresentaram uma quantidade menor do vírus naqueles que receberam as doses de medicação. A partir disso, cientistas selecionaram as drogas potencialmente capazes de interromper a replicação no novo coronavírus no organismo.
Entre os fármacos identificados como possíveis drogas de tratamento estão o terntin-4 e o zotafinin, normalmente utilizados em pessoas com câncer. Os antipsicóticos haloperidol e melperone, e os anti histamínicos clemastina e cloperastina também obtiverem resultados promissores.
Como os medicamentos agem?
O artigo mostra, por meio do mapeamento feito, que após a entrada do vírus no organismo, este induz a produção de proteínas virais, que por sua vez interagem com as próprias proteínas humanas, ambas envolvidas na tradução do RNA. Dessa forma, algumas das drogas testadas, como o terntin-4 e o zotafinin, agem na alteração dessas proteínas, evitando a replicação do novo coronavírus.
Os outros medicamentos testados no experimento atuam nos receptores celulares, a fim de produzir uma informação capaz de induzir a execução de determinadas ações pelas células. No entanto, ainda não se sabe como as proteínas virais interagem com os receptores.
O teste de eficácia desses medicamentos no tratamento contra a COVID-19 não foi realizado em humanos, visto que ainda não há comprovação científica suficiente.
* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram