Em meio à pandemia, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem realizado um projeto que, por meio da produção e doação de máscaras face shield, visa contribuir para que hospitais, UBSs, UPAs, profissionais da saúde e trabalhadores da segurança tenham maior proteção frente ao novo coronavírus.
Cerca de cinco mil protetores faciais já foram distribuídos em 20 cidades diferentes. O projeto conta ainda com doações, a fim de obter maior insumo para a produção, de pessoas físicas e jurídicas.
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Por isso, o engenheiro da UFSCar Marcos Tan Endo ressalta que a produção tem sido intensificada e a demanda maior do que o esperado. Em consequência, alguns problemas surgiram, como a dificuldade para encontrar os materiais necessários e o aumento de seus preços.
“Começamos a produção logo no início da pandemia para entregar ao Hospital Universitário da UFSCar, que necessitava de aproximadamente 300 protetores faciais. No entanto, diversas unidades de saúde e outras cidades começaram a nos procurar. Por isso, nosso objetivo passou a ser ajudar o maior número possível de instituições e salvar o maior número de vidas.”
Aroca, coordenador do projeto, conta que a confecção de máscaras se dá em parceria com empresas. “As máscaras face shield são feitas usando suportes injetados em plástico pelas empresas parceiras, enquanto as viseiras são feitas em PETG através de corte a laser, realizado no Departamento de Engenharia de Produção (DEP-UFSCar). No final, todo os protetores faciais são higienizados e lacrados em sacos plásticos para que a entrega seja feita.”
Doações
Para produzir as máscaras, o projeto conta com doações. As contribuições podem ser feitas por pessoas físicas ou jurídicas, em forma de insumos ou em capital. Os materiais aceitos como donativos são as placas de PETG de 0.50 mm, usadas na confecção das máscaras como a parte transparente responsável por cobrir o rosto. Caso a doação seja feita em recurso financeiro, a colaboração pode ser feita pelo site da UFSCar.
“As máscaras face shield podem colaborar com a proteção de profissionais de saúde e pessoas que lidam com o atendimento ao público em geral. Portanto, essa ajuda, vinda de todas as pessoas, é fundamental para conter a propagação do vírus e fornecer equipamentos de proteção para instituições públicas que ainda não têm ou tiveram acesso a eles”, pontua Aroca.
* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram