“Não te darei flores, não te darei, elas murcham, elas morrem/Não te darei presentes, não te darei, pois envelhecem e se desbotam/Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, eles derretem/Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas choram, elas se vão/Dar-te-ei finalmente os beijos meus/Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus/Esses embalam, esses secam, mas esses ficam/Não te darei bichinhos, não te darei, pois eles querem, eles comem/Não te darei papéis, não te darei, esses rasgam, esses borram/Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham/Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas que te resguardam e que se vão/Dar-te-ei a mim mesmo agora/E serei mais que alguém que vai correndo pro fim/Esse morre, envelhece, acaba e chora, ama e quer, desespera, esse vai, mas esse volta/Ha ha ha, ahhhh há/Mas esse volta/Ha ha ha, ahhhh há/Esse volta.”
A canção Dar-te-ei, de Marcelo Jeneci, retrata com perfeição a inspiração que o Dia dos Namorados, celebrado na próxima sexta-feira, dia 12, deve representar. A ressignificação dessa data, para muitos puramente comercial, pode ser de ganho emocional incrível diante de tempos tão difíceis no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Uma poesia que mostra o que é importante, o que tem valor quando se fala de amor, romance, cumplicidade, sexo, respeito, prazer, carinho, diferença, aconchego e todos os sentimentos que envolvem uma relação, que faz parte de quem escolhe viver em parceria. Hoje, o Bem Viver celebra aqueles que decidiram ser um casal e compartilhar, com ou sem ilusão, a dor e a delícia de ser o que é, como já ensinou o mestre Caetano Veloso.
Viajar juntos está na cartilha dos relacionamentos, é a primeira grande prova para um casal saber como será o passo seguinte desse encontro. Para a administradora Luiza do Nascimento Oliveira, de 26 anos, e o fotógrafo Mateus Barnowski, de 35, o teste de fogo ocorreu em menos de um mês de relacionamento. Desafiaram, arriscaram e foi tudo tão perfeito que, antes mesmo de oficializar o namoro, decidiram criar um blog de viagens, o Casal Mil, e já estão juntos há quatro anos. Tudo junto e misturado.
Na vida pré- pandemia, não passavam mais que 15 dias sem pegar estrada. A força da relação tem um ingrediente ainda mais rico, o começo: “O início foi quando nos conhecemos como voluntários do projeto Força do Bem, ONG fundada em 2008, no qual todos se fantasiam para visitar hospitais, asilos, creches e abrigos para levar amor e alegria, além de distribuir artigos de primeira necessidade e cesta básica (https://pt-br.facebook.com /pg/forcadobem/about/ref?=page_internal). Não nos separamos mais, acabamos de comemorar quatro anos juntos e estamos noivos”, revela Luiza.
Festejar os quatro anos de namoro foi especial. O casal mora em casas separadas, mas por conta do trabalho full time no blog reveza as semanas cada hora em uma casa. Como vivem com pais, que estão no grupo de risco, combinaram a mesma política nas duas residências: nenhum morador tem contato com pessoas externas, para minimizar os riscos. O trajeto é sempre de carro, direto de uma casa para a outra. “Em 22 de maio, foi nosso aniversário de namoro, seguimos todo o ritual, não abrimos mão. Jantamos na sala de casa, bem-arrumados, e eu a busquei na porta do quarto”, conta Mateus.
Para este Dia dos Namorados, inédito e inesquecível por tudo que se passa no mundo, Luiza e Mateus não entregam os planos. Ela diz que o combinado é que eles sempre alternem as datas com um preparando algo especial para o outro. Mas Matheus compartilha um compromisso essencial do casal: “Por ser mais velho, sempre falei com a Luiza que, antes de tudo, até do amor, precisamos ter diálogo, que é a base do relacionamento. Conversar, trocar o que pensa, sem meio-termo, é fundamental. Agora, na pandemia, a cabeça muda, às vezes, ficamos irritados sem saber o porquê. Tem dia que acordo sem querer acordar. Então, é essencial falar.”
Luiza completa: “Como o turismo está parado, temos de criar alternativas para continuar o trabalho. Temos feitos ações e propostas de como preparar um café da manhã de hotel para curtir na cama, como tirar fotos dentro de casa, tenho dado curso on-line de como crescer no Instagram e o Mateus de consultoria de fotografia. Então, estamos juntos o tempo todo. Claro que surgem picuinhas. ‘Matheus, tira a xícara; olha a toalha’, nada grave. Ele gosta de momentos a sós, de produzir sozinho, eu já sou tagarela. Ele me avisa que precisa de espaço e um apoia o outro. Quando me calo, ele se preocupa e quer saber o que aconteceu. Então, estamos bem, em paz e com a nossa rotina de antes, só que ainda mais presentes, e atentos para quebrar o dia a dia com momentos lúdicos, de relaxamento como cozinhar e treinar, juntos”.
Outro compromisso de Luiza e Mateus, que faz diferença e vai ao encontro da canção do Marcelo Jeneci, é que eles não pensam em presentes no Dia dos Namorados, sempre privilegiam fazer algo para os dois, seja uma viagem, um jantar, um passeio, uma atividade diferente. “Investimos e damos valor à experiência”, enfatiza Mateus. Viver, sentir, criar memória afetiva, de toque, de sonhar juntos, tem mais importância do que o material, um objeto. Tanto que, nesta quarentena, eles não descuidam um do outro. Mesmo com o ritmo de trabalho, a preocupação com o vírus, tudo que este momento provoca, os cuidados com a saúde mental, a atenção com o outro é fundamental. “Ele ama fazer e eu ganho café da manhã delicioso na cama todos os dias, um banquete. E procuramos ter momentos de pausa. Às vezes, eu o surpreendo e, no meio do dia, preparo uma mesa posta com petiscos, e assim um cuida do outro.”
MÁSCARAS SENTIMENTAIS Ninguém estava preparado para viver uma relação amorosa durante uma pandemia. A última ocorreu há 100 anos, com a gripe espanhola, e as relações eram bem diferentes. Não há referência, exemplos de como se comportar diante do maior sentimento humano. Tudo passa a ser aprendizado, descoberta. Há casais que se aproximam, se redescobrem; quem tira de letra e alimente a delicadeza e força do relacionamento; como aqueles que se afastam, se machucam, se enxergam distantes; ou ainda quem, no mundo dos aplicativos, descobre alguém que vale a pena ter como companhia, ainda que na tela neste primeiro momento. E por que não? Há crush por aí para driblar a solidão.
Certeza, uma única: se havia máscaras, muitas provavelmente caíram diante do enfrentamento da COVID-19. Mudanças se apresentam para quem está junto e para quem está distante, que tem mais tempo para pensar, para sentir (ou não) falta. Hora para todos repensarem os laços, a intimidade, os desejos, questionar, duvidar ou ter certezas. Presencialmente, confinados ou separados pela quarentena.
Há solteiro querendo ter namorada ou ser casado; e há casados e namorados sonhando com a solteirice. Tudo dependerá da experiência e do ponto de vista. A disponibilidade dos meios digitais e eletrônicos nesta pandemia do novo coronavírus mexe com os relacionamentos. Conecta, ajuda a aquecer; ou esfria, despluga. De novo, mais uma aposta (para não dizer certeza, de novo!), cada casal sairá transformado diante do desafio de lidar com o afeto do amor, um novo jeito de conviver com o outro. Fase chave para pensar: quem ama e por que ama. Quer viver um amor real? Não espere que ele seja perfeito, aprenda a conviver com os defeitos do outro (e com os seus). E, principalmente, jamais se esqueça como magistralmente escreveu Herbet Vianna: “Saber amar/Saber deixar alguém te amar”.
Cuidar um do outro
Amores que se vão, amores que chegam. Não há receita pronta, discursos decorados, cartilhas a seguir. Se ainda não entendeu que não há controle sobre a vida, o que mais falta para lhe ensinar do que uma pandemia? Sim, não precisava tanto. Mas, de novo, até o livre-arbítrio é guiado por algo que, em algum momento, lhe fugirá das mãos. Em se tratando de amor então... Sentimentos, emoções, desejos, impulsos, de repente foi-se embora o comedimento, a mode- ração. Ainda bem.
A jornalista Gabriela Godoy, de 37 anos, depois de uma separação, enfim decidiu sair pela primeira vez com uma amiga, para curtir um bar no Prado, antes do isolamento social. Lá, encontrou o empresário Reginaldo Santana, o Regis, de 39. Já se conheciam de vista por conta de amigos em comum. Não se largaram mais. Estão juntos há um ano e sete meses.
As surpresas da vida e a importância de ter o coração aberto para deixar se levar. Assim decidiu Gabriela e, durante esta quarentena imposta pela COVID-19, ela e Regis têm se aproximado muito, já que um tem feito companhia ao outro quase por tempo integral: “Tem sido um teste grande para o relacionamento e sinto que estamos indo bem, aprendendo a entender mais um ao outro. Dar espaço quando necessário, conversando mais. Estamos curtindo, já que esse momento é único na vida. Ter oportunidade de ficar um com o outro sem interferências externas, se admirando mutuamente”.
Para ela, o desafiador é trabalhar a paciência. “Somos ambos leoninos, muito agitados e cheios de energia. Então, para mim, essa questão da paciência e resiliência, muitas vezes, é difícil. Para superar, sempre conversamos. Estou mantendo a rotina de terapia também. O que ajuda demais. Exercícios físicos idem e, várias vezes, fazemos juntos.”
Sobre o Dia dos Namorados, provavelmente, a programação é para um jantar em família: “Regis tem dois filhos que estarão conosco no fim de semana do Dia dos Namorados. Devemos comemorar com eles. E com a quarentena, a melhor opção acaba sendo ficar em casa em segurança e aproveitar o momento. Curtir a presença de cada um. Devo cozinhar um prato da culinária chinesa, que amo. Inclusive, criei um perfil no Instagram para divulgar a culinária e a cultura chinesas. Assim, devo aproveitar a data para mostrar um pouco para as pessoas também (@gabymandarim)”.
Regis revela que o período de isolamento social tem sido de aprendizado: “Temos regado a relação com muito carinho e atenção um com o outro. Estamos aproveitando para aprender mais sobre o outro. O desafio, com certeza, é ter de praticar a paciência e a calma. Nisso, ela tem me ajudado bastante”. Com mais tempo juntos, sem tantas distrações, ele destaca que o tempo tem sido um aliado: “Conversamos bastante, nos fazemos companhia e aprendemos juntos”. Como está tudo certo, o Dia dos Namorados não vai ser dife- rente. Mais do que nunca, a presença, a escolha de compartilhar a vida juntos, ganha significado cada vez mais forte: “Não vai deixar de ser especial, faremos algo em família”.
ENCONTRO PELA REDE Neste Dia dos Namorados, nem todos vão poder estar perto. Mas nada que impeça de o amor ser celebrado. O casal Isabela Gomes, de 24, e João Saraceni, de 27, se conheceu por meio da internet e este ano, com a pandemia, vai curtir a data de longe, pela tela. “João teve que voltar para Patos de Minas, onde faz especialização em ciência de dados, e diante disso não vamos estar juntos. Mas o perfume dele ainda exala aqui em casa. O presente já comprei pelo WhatsApp, na cidade dele mesmo, para facilitar a entrega. Este ano não consigo entregar pessoalmente, mas será o perfume The Blend, porque é o aroma que marca nossa história. Sem ele, nosso amor não teria cheiro. Já nos comprometemos de jantar juntos, mesmo que por videoconferência, para celebrar nosso amor juntos. E no próximo ano já fizemos nossa promessa: haverá casamento”, conta Isabela.
Eles se conheceram em um aplicativo de relacionamento em 2018. “Ele passava todo dia perto do meu trabalho e resolvi dar match e ter a chance de conhecer uma pessoa nova. E não é que deu certo?” conta Isabela, que faz especialização em comunicação e marketing. Para João, foi um momento de muita sorte “Quando ela deu o match. já vi que era uma menina de atitude. Isso me encantou. Nosso primeiro encontro foi no Edifício Maleta, no Centro de BH, muito descontraído e especial. E desde então todos os fins de semana a gente se via. Nunca ficamos um fim de semana longe. Mas agora, nesta pandemia, tive que voltar para a cidade dos meus pais e a saudade só aumenta. Mas antes de sair prometemos que vamos nos casar no ano que vem”, João reafirma o compromisso entusiasmado.
Significado dos gestos
“%u202FEles se gostaram, se enamoraram, se casaram. Combinaram de jamais perder o encanto, jamais desafinar o canto, jamais se perderem de vista”. Este é um fragmento de um texto escrito pela psicóloga e psicoterapeuta humanista com foco nas relações afetivas, Renata Feldman. Fração perfeita do que deveria ser as relações amorosas. Aí chega a pandemia, a quarentena, o isolamento social, a convivência 24h. E o Dia dos Namorados. Como será que anda o amor para aqueles, que de alguma forma, fizeram trato parecido? Como cuidar, regar para que ele sobreviva? “Diante desta grande adversidade chamada novo coronavírus, cuidado é palavra de ordem. Fomos todos afetados, mobilizados. E com o amor não poderia ser diferente. Diante do medo da perda, nas várias acepções que ela carrega especialmente neste momento (morte, mudanças na vida profissional, fragilidade da situação financeira, adiamento de planos, reconfiguração do lazer, etc), alguns casais se veem em um movimento de soma, cumplicidade, compreensão e apoio. Muitos casais – principalmente com menos tempo de relacionamento – têm aproveitando o confinamento para ficarem mais juntos, mais conectados, mais vinculados amorosamente. A célebre frase repetida na liturgia do casamento parece ganhar ainda mais ressonância agora: “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza”, na “vida outrora normal” e na pandemia... “, destaca Renata Feldman.
No entanto, para Renata Feldman, os tantos antagonismos que permeiam a relação a dois pareceram se acentuar com o confinamento, ressaltando os pontos frágeis e vulneráveis. “Mais do que nunca entre quatro paredes, alguns casais parecem sentir-se sufocados, desgastados, entediados pela vida trancada dentro de casa. A quebra da rotina, da vida como ela era, causa impacto na dinâmica do casal que agora não tem mais cinema, restaurante, passeios, viagens; os casais com filhos, que antes reservavam de forma saudável um tempo para os dois, têm sentido falta desse espaço que era só deles. Em relação também aos conflitos – que fazem parte desde sempre – eles pareceram se aguçar na quarentena. Antes, se havia uma discussão no café da manhã, cada um saía para trabalhar, arejava a mente, diluía o dissabor e se encontrava no jantar com os ânimos menos exaltados. Agora, o desconforto segue confinado, tornando muitas vezes o clima denso e pesado.”
A psicóloga conta que o que mais tem ouvido no consultório são queixas envolvendo a dificuldade do convívio diário, acentuado pela quarentena. “As diferenças parecem aflorar e a impaciência também, gerando uma sensação de angústia e aprisionamento quando não se tem um mundo lá fora para espairecer. O diálogo, tão importante, muitas vezes perde força e dá espaço para brigas, ataques, acusações. Na minha percepção, 99% dos conflitos se dá por um problema de comunicação. Sempre foi assim, e com a quarentena o quadro acaba se agravando. São poucos os casais que sabem conversar. Outras pessoas me relatam a necessidade de terem um tempo sozinhas, vivenciando sua individualidade, sua solitude, seu tempo consigo mesmo.”
Mas o Dia dos Namorados vem aí e pode ser uma chance de aproximar os casais. Ainda que extintas as possibilidades de comemorar a data conforme a tradição, a psicóloga lembra que mesmo assim a data pode ser celebrada, reinventada, de forma a cultivar e temperar a relação. “Agora muito mais no campo simbólico que concreto, é certo. Mas ainda cumprindo sua missão de demonstrar o afeto, reavivar a história de amor e fortalecer o vínculo. Para os namorados que estão entre quatro paredes, o dia oficial de dizer eu te amo pode ser comemorado com música, jantarzinho à luz de velas (feito ou encomendado), cartões, mensagens e até mesmo presentes, aproveitando as possiblidades oferecidas pelo comércio on-line. Para os namorados impossibilitados de se encontrar, ainda assim podem se fazer presentes por meio de uma surpresa, algo que marque a data de forma criativa. De uma forma ou de outra, a data pode ser vivida de maneira especial, quebrando-se a aridez da quarentena e atentando-se para o significado dos gestos.”
Mas o Dia dos Namorados vem aí e pode ser uma chance de aproximar os casais. Ainda que extintas as possibilidades de comemorar a data conforme a tradição, a psicóloga lembra que mesmo assim a data pode ser celebrada, reinventada, de forma a cultivar e temperar a relação. “Agora muito mais no campo simbólico que concreto, é certo. Mas ainda cumprindo sua missão de demonstrar o afeto, reavivar a história de amor e fortalecer o vínculo. Para os namorados que estão entre quatro paredes, o dia oficial de dizer eu te amo pode ser comemorado com música, jantarzinho à luz de velas (feito ou encomendado), cartões, mensagens e até mesmo presentes, aproveitando as possiblidades oferecidas pelo comércio on-line. Para os namorados impossibilitados de se encontrar, ainda assim podem se fazer presentes por meio de uma surpresa, algo que marque a data de forma criativa. De uma forma ou de outra, a data pode ser vivida de maneira especial, quebrando-se a aridez da quarentena e atentando-se para o significado dos gestos.”
SOLTEIROS Há também os solteiros, desgarrados, que, por enquanto, não terão a chance de buscar um parceiro presencialmente. “Quem está sozinho se vê agora, mais do que nunca, diante da sua própria companhia. Na impossibilidade de viver o encontro, a balada, o contato físico, resta a possibilidade de um encontro consigo mesmo – um respiro, um espaço forçado para se pensar o autoamor, a solitude (diferente da solidão), a tão importante autoestima. Resta também a ansiedade, a angústia, a carência e frustração de não ter o que se quer. Mas se não cabem agora os encontros físicos, restam os virtuais. Viva a tecnologia que aproxima, interage, conecta. A quarentena acabou por reconfigurar as formas de encontro, mas não acabou com elas. O ritmo agora é outro, e também convida a pensar na busca de cada um – o que cada um quer viver dentro de uma perspectiva amorosa, e com quem”, diz a psicóloga.
Para Renata Feldman, talvez os solteiros saiam desse isolamento mais conscienciosos, valorizando o amor e o cuidado que ele requer. “É bem possível que saiam dessa também com medo de se relacionar, de se entregar ao toque com todas as consequências que ele traz, especialmente depois do impacto causado pelo novo coronavírus. Mas pelo que vejo na clínica, o amor não se deixa abater, nem mesmo por uma pandemia dessa magnitude. Há um desejo inerente ao ser humano de amar e ser amado, e percebo que esse desejo é muito maior do que um vírus, por mais perigoso que ele seja. Há, sim, esperança de tempos melhores. Há, sim, uma força que conduz o amor. E que confirma toda a sua grandeza”, alerta.
Conforme Renta Feldman, a pandemia fez aumentar ainda mais a distância entre o ideal e o real, impondo um modo de vida diferente do que todos estavam acostumados – um modo de vida calcado na falta, na restrição, na impossibilidade, na interdição. “Se antes dela já existia essa distância entre o ideal e o real, agora mais do que nunca. Em tempos de novo coronavírus, o ideal mora na memória de um passado recente e nas perspectivas em relação ao futuro. O tempo presente é feito de uma pandemia que nos coloca em sobressalto e estado de alerta constante, alertando-nos para a importância de cuidar das relações afetivas. O chamado amor romântico já era pensado, repensado e ressignificado antes da pandemia. Mas com ela sobreveio uma aridez no convívio e na falta dele, para quem ainda não encontrou seu par. É possível que neste novo cenário a romantização não tenha muito espaço. O que não quer dizer que o amor – com a força que ele tem e tal como ele é – esteja fora de cena. Em vez de esperar por flores, muito provavelmente terá de arregaçar as mangas e criar o próprio jardim, sabendo dos espinhos e ervas daninhas que também fazem parte. Se souber cultivá-lo, o amor pode florescer e dar bons frutos – mesmo que nos terrenos mais difíceis.”
Conforme Renta Feldman, a pandemia fez aumentar ainda mais a distância entre o ideal e o real, impondo um modo de vida diferente do que todos estavam acostumados – um modo de vida calcado na falta, na restrição, na impossibilidade, na interdição. “Se antes dela já existia essa distância entre o ideal e o real, agora mais do que nunca. Em tempos de novo coronavírus, o ideal mora na memória de um passado recente e nas perspectivas em relação ao futuro. O tempo presente é feito de uma pandemia que nos coloca em sobressalto e estado de alerta constante, alertando-nos para a importância de cuidar das relações afetivas. O chamado amor romântico já era pensado, repensado e ressignificado antes da pandemia. Mas com ela sobreveio uma aridez no convívio e na falta dele, para quem ainda não encontrou seu par. É possível que neste novo cenário a romantização não tenha muito espaço. O que não quer dizer que o amor – com a força que ele tem e tal como ele é – esteja fora de cena. Em vez de esperar por flores, muito provavelmente terá de arregaçar as mangas e criar o próprio jardim, sabendo dos espinhos e ervas daninhas que também fazem parte. Se souber cultivá-lo, o amor pode florescer e dar bons frutos – mesmo que nos terrenos mais difíceis.”
Renata Feldman ensina que, apesar de dolorosa, a experiência da pandemia pode ser transformadora. “Vivemos tempos adversos, estranhos, mas vai passar e é preciso acreditar nisso. A esperança traz conforto e alento, faz bem ao coração, nos faz acordar com motivação para enfrentarmos mais um dia. Para que o afeto não se perca em meio à aridez do isolamento, é preciso cultivar, junto com a relação, alguns sentimentos fundamentais: tolerância, paciência, carinho, compreensão, serenidade e, claro, o mais importante deles: amor.”
Ações e atitudes que validam
O ser humano precisa de rituais e datas para simbolizar seus sentimentos, eventos e emoções. O dia do nascimento e os aniversários para comemorar a vida, os eventos significativos como batizado, formatura, casamento, Natal e réveillon são marcados por celebrações, rituais e festas. Assim como se comemora o Dia das Mães e o dos Pais, também se festeja o dia do amor conjugal, que é o Dia dos Namorados. É um dia dedicado ao parceiro (a) de vida, aquela pessoa que faz o seu mundo mais feliz, que encanta você e seduz, romântica e sexualmente.
É muito mais do que uma data comercial, como pode parecer, é o dia do reconhecimento de que alguém toca você especialmente, de uma forma única, que transforma e humaniza. E o amor conjugal, diferentemente de outros laços afetivos e familiares, precisa de grandes demonstrações de sua existência. Elas podem vir cheias de romantismo, simbolizadas pelas flores, chocolates em forma de corações, alianças de compromissos, jantares à luz de velas, lingeries novas, cartões com lindas declarações, e, nos tempos modernos, muitas postagens de fotos e textões nas redes sociais.
Em tempos de isolamento, quem sabe até uma serenata falando de amor lá no portão. “Quem ama quer mostrar à pessoa amada (e ao mundo inteiro) o quão sortudo ele foi ao encontrar algo raro: a sua alma gêmea, o seu amor verdadeiro. O amor, mais do que as três palavrinhas mágicas 'eu te amo', precisa de ações e atitudes que o validem”, assegura Cynthia Dias Pinto Coelho, psicóloga e sexóloga.
Em 2020, as comemorações seguirão um rito diferente do que é habitual. Alguns casais vivem juntos e outros, separados. Assim, a criatividade será a grande aliada. “Pensar e se organizar com antecedência será fundamental. Certamente, a dedicação para que esse dia se torne especial terá um valor enorme, pois demonstrará o quanto aquela pessoa se dedicou a achar algo que possa traduzir simbolicamente o tamanho do seu amor. E o amor anda em alta em tempos de pandemia, uma vez que as pessoas vêm reconhecendo, cada vez mais, a importância de ter em sua vida alguém que ame você, que cuide de você, que efetivamente zele para que você esteja bem. Para quem anda meio distante, ainda que na mesma casa, a data pode ser o pontapé inicial para reflexões sobre a validade do relacionamento e um possível movimento de reaproximação”, sugere a sexóloga.
Cynthia Dias conta que no consultório a quarentena tem trazido falas mais profundas ligadas à percepção do afeto, da solidão, da importância do cônjuge como uma pessoa companheira, um porto seguro, alguém com quem dividir angústias e temores, cuidados e desejos. “Os casais de namorados têm se mostrado cada vez mais próximos, desejosos de estar juntos neste momento. Eles estão ficando noivos ou indo morar juntos quando podem, se unindo ainda mais. Acho que, nestes 25 anos de consultório, nunca ouvi tanto a frase “vamos nos casar” quanto agora. É claro que não farão cerimonias ou festas neste momento, mas sim a consumação dessa decisão.”
Outra percepção interessante, revela a psicóloga, é que as pessoas estão sendo mais verdadeiras, naturais e espontâneas. “As mulheres, mais vaidosas e cobradas pela aparência têm se permitido deixar o cabelo sem escovar e as unhas sem fazer, do ponto de vista físico. E os homens, do ponto de vista emocional, têm se permitido mostrar a sua vulnerabilidade e insegurança, próprias da vida, mas mais acentuada no momento.”
As carências, tristezas e inseguranças, destaca a psicóloga e sexóloga, também têm aparecido com mais frequência nas consultas, sejam afetivas ou sexuais, em ambos os sexos. “Alguns poucos casais se afastaram ainda mais ou pensam em se separar, já que a convivência intensiva ou o distanciamento imposto descortinaram um final que já era próximo. E os solteiros têm experimentado uma grande solidão, porque quase sempre alicerçavam seus afetos nas amizades, nos encontros nas baladas, que andam restritas e fechadas. As redes socais se tornaram grandes companheiras para alguns, que seguem ávidos pela reabertura dos bares e boates.”
CRIATIVIDADE Cynthia Dias lembra que, no início da quarentena, as pessoas levavam ao consultório poucas questões ligadas à sexualidade, já que a preocupação e o medo da doença estavam ocupando as mentes e trazendo, para alguns, até certo desinteresse sobre o sexo. “Mas, ultimamente, as pessoas solteiras ou que estão distantes de seus namorados (as) têm se queixado da falta de sexo. A criatividade tem sido importante aliada nessa hora, assim como a tecnologia e a imaginação. Conversas picantes, chamadas de vídeos, troca de nudes, planejamentos de reencontros têm povoado os celulares dos que se amam e também dos que mantinham contatos eventuais.”
Curiosamente, tem surgido os “crushes da quarentena”, ou seja, aqueles que começaram a manter contatos pelas redes sociais durante o isolamento na base da amizade e que evoluíram para algo a mais. A psicóloga conta que alguns já se encontraram, como, por exemplo, um casal em que o rapaz tirou férias de seu trabalho e fez 14 dias de isolamento total para poder ir em segurança para a casa da moça, que convive diretamente com sua avó idosa. Outros casais já se tornaram íntimos virtualmente e aguardam ansiosamente pelo encontro pessoal. “Para os casais casados que vivem bem e se curtem, a oportunidade de maior intimidade e novas descobertas tem sido incrível, tornando as relações mais frequentes e prazerosas. Já temos visto nas redes sociais muitas gravidezes anunciadas por aí.”
E, claro, lembra a psicóloga, há pessoas que estão completamente sozinhas e buscam alternativas que vão desde a meditação, leitura e estudos, como forma de sublimação do desejo, até a autodescoberta e o uso de brinquedos eróticos, em alta nesta época. “Para quem é solteiro, o Dia dos Namorados costumava ser celebrado em festas específicas para quem não tinha um par. Era uma oportunidade de conhecer alguém, um 'amor' de uma noite só, de beber com os amigos, de curtir uma balada. Com tudo fechado, resta curtir uma das muitas lives que ocorrerão neste dia, tomar uma bebida, ver um filme, combinar um chat de bate-papo com os amigos, enfim, fazer o que se vem fazendo na quarentena”, destaca. E para quem sonha em encontrar sua cara-metade, ela ressalta que é importante manter o pensamento positivo, a fé e a esperança de que, quando tudo isso passar, as pessoas voltem à vida normal mais dispostas e abertas ao amor.
Para casais juntos ou separados, Cynthia Dias avisa que não é a distância que separa as pessoas, mas sim o distanciamento. Há quem esteja perto mesmo estando em outra cidade, assim como há quem esteja longe mesmo morando na mesma casa. “O que separa as pessoas é a frieza, a indiferença, a falta de diálogo e de atenção. Para os casais que enfrentam a quarentena em casas separadas, o que importa é o empenho dos dois em manter viva a relação, que se dá e se sustenta por meio da palavra. Não há relação afetiva sem contato verbal e, às vezes, ele é mais importante e efetivo do que o contato físico, que pode ser efêmero.”
A psicóloga ressalta que sustentar a relação exige dedicação, vontade e tempo, seja em se fazer presente pelo telefone, por chamadas de vídeo ou pequenos encontros pela janela ou no portão, seja em se manter presente na memória do outro por meio de uma música, uma poesia, uma foto, uma mensagem. Também exige atenção à fala do outro, aos sentimentos que o outro demonstra, às carências que ele demanda, bem como a vibração com seus feitos e suas conquistas nesse período. “Ou seja, é preciso chorar junto, ser colo que acolhe, ser alegria que encanta e boa companhia. É preciso estar aberto a dividir e partilhar o cotidiano, pois mesmo na quarentena a vida tem uma característica dinâmica e não cristalizada, e sem esse compartilhamento, com a distância, o outro vai se tornando um estranho, com quem não se justifica continuar.”
Como diz o dito popular, “quem quer, arruma um jeito, quem não quer, arruma uma desculpa”. Quando o amor é verdadeiro, as ideias para se manter perto surgem, os esforços acontecem, a tolerância existe, a saudade bate, não há preguiça, o carinho é demonstrado, o respeito e a fidelidade são constantes, o outro se faz presente.
“Ao final da quarentena, para quem soube manter vivo o amor, os beijos, os abraços e os reencontros certamente serão incríveis e mostrarão que valeu a pena esperar”, afirma Cynthia Dias.
Fuja das ciladas
Especialista em desenvolvimento pessoal e digital influencer com perfil no Instagram com mais de 100 mil seguidores, Tati Sincera se destaca pelo quadro “TerapeuTati me ajuda” (@Tatisinceraa). Para ela, neste momento de quarentena, é comum que a solidão e a carência batam com mais frequência. Além disso, o Dia dos Namorados está chegando, uma data que lota as redes sociais com fotos de casais e declarações, causando ainda mais medos e paranoias nos solteiros “à procura”; logo, é preciso fugir das ciladas, nas quais “a gente só não cai quando não ficamos procurando o outro para tapar nossas carências, faltas e frustrações.” Ela tem dicas:
- Tudo está mais intenso do que o normal: cuidado com a carência e as expectativas para não transformar sapos em príncipes e nem príncipes em sapos por pequenas coisas
- Foto de perfil e palavras bonitas não provam nada: lembrem-se de que até papagaio fala e que na arte da sedução a escola da vida ensina bons truques; dê mais crédito as atitudes
- Relacionamento não é jogo de adivinhação: ficar de cara fechada ou fazendo drama não vai resolver o problema, só criar mais um
- E a dica de ouro: defina o que quer e o que merece de um relacionamento para que não deixe os limites serem ultrapassados no decorrer da relação.
Para manter o clima de romance
O Badoo, APP de relacionamento com mais de 460 milhões de usuários, dá dicas para manter o romance vivo, durante (e depois) da quarentena:
- Assistam a bons filmes: além de ser uma ótima maneira de relaxar e esquecer tudo o que está acontecendo lá fora, pode ser uma experiência incrivelmente íntima, permitindo que o casal se compreenda melhor.
- Cozinhem ou jantem juntos: se você e seu par estiverem separados, encontrem uma receita para cozinhar juntos usando chamada de vídeo. Se estiverem juntos, surpreendam-se com novas receitas ou cozinhem a dois.
- Divirtam-se jogando videogame ou jogos de tabuleiro: quer você goste de videogame ou prefira caça-palavras, existem versões on-line de praticamente todos os jogos que imaginar.
- Decorem a casa juntos: mudar um pouco o ambiente é saudável e pode ser bem divertido.
- Falem sobre o futuro: entendam que esse período, por mais assustador que seja, é temporário e que pode até ser um bom tempo para descansar, recuperar forças e planejar o que vocês irão fazer no futuro.
"Sexo é vida"
O relacionamento amoroso não é nada fácil, não para todos. Na vida, há sempre exceções. E falar de amor e sexo, ainda no século 21, é vivência cercada e carregada de tabus, preconceitos, conceitos, regras, inseguranças, medos e dúvidas. Com o Dia dos Namorados se aproximando, a pressão em cima dos casais, e dos solteiros, sempre aumenta sobre como lidar com a data, se comportar. Com a quarentena determinando os encontros e o isolamento social presente, é de se imaginar uma celebração diferente em 2020, tanto para quem está junto como separado ou mesmo só. A imaginação, a criatividade e a entrega serão fundamentais para escolher o que vão viver neste dia que celebra o amor e também o sexo.
A sexóloga e terapeuta sexual Danni Cardillo, sucesso no YouTube, destaca que, com o distanciamento social, quem está solteiro tem de rever todos os conceitos que envolvem a sexualidade. Há um abalo emocional e é preciso saber lidar: “A sexualidade tem importância fundamental na saúde dos relacionamentos, além de promover uma série de benefícios a cada indivíduo em sua necessidade humana. O sexo reage à fisiologia orgástica promovendo vitalidade, autoestima, endorfina, libido, entre tantas outras coisas. Os prazeres do corpo se fundamentam na química capaz de manter o vigor, a alegria e o bem-estar”.
Neste cenário, ela observa que a masturbação se tornou uma necessidade e até uma recomendação de alguns países como uma das medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Nada de beijos, abraços, apertos de mãos ou sexo. “Intimidade somente com você mesma, por meio do autoerotismo. Usar a imaginação pode ser o melhor caminho. Interação só virtual recorrendo, a videochamadas, filmes eróticos e render-se à tecnologia ao seu favor com vibradores.”
Por conta do legado patriarcal e religião que ditou a submissão das mulheres em apenas gerar filhos sem prazer sexual, o orgasmo da masturbação foi posto como algo repugnante, profano e imoral à reputação feminina. “Enquanto os homens obtiveram muito mais recursos à pornografia, além de acesso a prostíbulos. Daí, vale reiterar que nenhum dos gêneros saiu beneficiado. Por isso, há uma demanda de cursos de autodesenvolvimento na sexualidade para homens buscando sanar suas disfunções sexuais, como ejaculação precoce, e as mulheres, anorgasmia (dificuldade em atingir o orgasmo).”
Por outro lado, Danni Cardillo destaca que o distanciamento social tem um lado positivo quando se pensa na sexualidade. “É o melhor momento de olhar para dentro usando a privacidade como um recurso de descobertas; afinal, vai ver sua nudez. Reserve de 30 a 60 minutos do seu dia. Tenha certeza de que estará sozinha sem risco de ser incomodada. Esse momento é seu. Finja que você é a estrela de sua própria fantasia orgástica. Faça uma sessão de autodescoberta. É libertador, eu garanto. Com o tempo, acredite, estará mais segura de si e perceberá a ausência do medo, da crítica de se soltar, descobrindo que movimentos e sentimentos que você temia deixem de existir. Use o erotismo como uma grande brincadeira e se divirta descobrindo a maneira leve de se permitir viver a plenitude do prazer. Sexo é vida.”
EXPERIÊNCIA E SINERGIA E para quem está junto, casais enamorados, Danni Cardillo propõe, diante do inusitado da vida atual, sair do trivial neste Dia dos Namorados sem acesso a jantares e todo um ritual tradicional e clássico que muitos estavam acostumados a planejar. “Minha sugestão é que o casal se aproprie dos cinco sentidos: olfato, paladar, visão, tato e audição. A ideia nesta experiência é trazer para o momento a dois uma sinergia. Para isso, iniciando com as pontas dos dedos sem usar a unha, fazer um longo passeio por todo o corpo do ser amado. Não se esqueça de ter leveza e consciência, explorando três pontos principais: o rosto, nádegas e pescoço. Sussurre bem baixinho sua respiração nos ouvidos dele (a). Ouse lamber em direção ascendente a coluna cervical e desça pelo mesmo caminho soprando, provocando um leve choque entre o quente e o frio, causando uma sensação prazerosa de arrepio total no corpo do (a) parceiro (a).”
E acrescenta: para surpreender no paladar, que tal uma fruta que ele (a) goste. Pode ser um morango, uva ou até um chocolate que dissolva, mas que ambos possam compartilhar do mesmo sabor. E claro, não perca a visão. “Olhe seu amor com desejo. Venere aquela parte do corpo que você ache mais bonita nele (a) e que talvez tenha sido o que lhe atraiu quando vocês se conheceram. Protagonizem na hora do sexo todas as falas de uma comunicação visceral, sem censura e zero tabu de prazer.”
O que diz cada signo
A taróloga Célia Siqueira faz previsões de relacionamento para os signos. Assim, será mais fácil cada pessoa se identificar com a situação atual e colocar em prática suas táticas para não ficar tão solitária:
- Áries: No Dia dos Namorados, é mais provável os arianos passarem a data com amigos ou antigos amores. Infelizmente, um amor novo está muito difícil de acontecer no segundo semestre; se já estiver em um relacionamento, o resto do ano será menos estressante.
- Touro: É possível que entre os meses de agosto e setembro reencontre pessoas do passado ou conheça um novo amor, que traga uma sensação de déjà-vu, mas não quer dizer que será um amor eterno. Os taurinos que já estão em relacionamentos, tomem cuidado, tenham muita calma, já que terão muitos conflitos.
- Gêmeos: É um período de muita paixão para os geminianos, difícil encontrar algum sozinho, a não ser que queira. A previsão para os próximos meses é a possibilidade de se relacionar com mais de uma pessoa, não se contentará com uma única. Para aquele geminiano que já está com alguém, está mais aberto a conversas para melhorar a relação.
- Câncer: Infelizmente, 2020 não é um ano de amor para os cancerianos, o segundo semestre será de muito trabalho, com isso quase não sobrará tempo para os relacionamentos amorosos. Já para aqueles que estiverem com alguém, a relação será calma e tranquila.
- Leão: Ano de comprometimento. Os leoninos que tiverem finalizado relacionamentos recentes terão grandes chances de reatar, tornando a união até mais séria, a ponto de assumir um compromisso de morar juntos. Para os solteiros, grande chance de encontrar o grande amor, com previsão de planos no futuro. Mas é bom ressaltar que encontrará o amor este ano, porém, só ficarão juntos realmente em 2021.
- Virgem: Os virginianos estarão se sentindo leves e livres, estão num processo de evolução pessoal e prosperidade, ou seja, para os virginianos também não é um momento de amor, mas sim de muitas conquistas em outros quesitos de sua vida. O segundo semestre é o período de se pegar sem se apegar, terão casinhos, mas não firmarão relacionamentos. Para os virginianos que estão atualmente se relacionando, já podem estar numa vibe de procurar outros caminhos mais sérios, como namoro firme e até proposta de casamento.
- Libra: Não querem se envolver profundamente, nem abrir mão da liberdade. Neste momento, estão se livrando de coisas do passado, é um período em que estão se sentindo muito magoados, ressentidos com situações que ocorreram e querem colocar o coração em ordem. Então, nos próximos meses, serão de pouco envolvimento. Mas os librianos que se envolverão serão para relacionamentos sérios. Já aqueles que estão se relacionando com alguém, a tendência é entrar em um momento de conflito, a conversa sincera é o melhor caminho.
- Sagitário: O amor está andando no seu caminho, mas a palavra é paciência para encontrar a cara-metade. Os sagitarianos estarão à procura de alguém no mesmo nível emocional que eles. No momento, estão fazendo uma grande avaliação da vida e buscando alguém que venha agregar em todos os sentidos. Para os comprometidos, vale conversar sobre futuro, procurando mais intensidade na relação.
- Capricórnio: É um ano de sair do muro e assumir um relacionamento sério, mas não conseguirão estar somente com uma pessoa. Então, é possível que os capricornianos tenham mais de um relacionamento. Quem já está comprometido, tome cuidado, já que é um ano de amor maluco, pode fraquejar e se comprometer com mais alguém, magoando com quem já esteja ao seu lado por um tempo.
- Aquário: Momento de se reestruturar, não de amor, as previsões são de encontrar alguém somente em 2021. O período é da busca de alternativas para abrir caminhos, já que o ano que vem será diferente e próspero.
- Peixes: Os piscianos estão mais pés no chão e abertos ao amor. Estão mais realistas, à procura de um romance para trazer leveza na vida e para a parceria do dia a dia. Então, agora é a hora de investir no charme. Para os piscianos que estão num relacionamento, se não houver rompimento de relação nos próximos meses, será uma relação duradoura.