A pandemia do coronavírus nos coloca diante de um daqueles levantes da Ciência contra o obscurantismo que pautaram grandes viradas na História da humanidade. Já que nem todas as pessoas conhecem em detalhes de que maneira os cientistas trabalham, fizemos esse vídeo #praentender (Veja o vídeo abaixo).
O debate vem à tona no momento em que muitas incertezas rondam a pandemia de COVID-19. Isso em meio ao contexto de polarização e politização de um debate de saúde pública que deixa rastro de mortes sem precedentes no Brasil.
Por isso, é vital compreender por que o chazinho de alho com limão que aparentemente "funcionou" para sua tia com COVID-19 não é recomendado pelas autoridades de saúde responsáveis como o remédio que vai salvar o planeta.
No Brasil, particularidades tornam o contexto mais complexo. O governo do presidente Jair Bolsonaro não tolerou dois ministros médicos e, com a canetada de um general interino, aprovou o uso da cloroquina - cuja produção já havia sido ampliada pelo Exército.
Quando anunciou esta semana que estava contaminado com coronavírus, o presidente aproveitou para fazer propaganda do medicamento: Bolsonaro citou a cloroquina 17 vezes. Assim mesmo, sem nem tentar disfarçar. E em seguida postou um vídeo consumindo o remédio.
Revelou-se depois que ele, idoso de 65 anos, faz acompanhamento inacessível à maior parte da população, para monitorar os riscos de efeitos colaterais do fármaco.
Revelou-se depois que ele, idoso de 65 anos, faz acompanhamento inacessível à maior parte da população, para monitorar os riscos de efeitos colaterais do fármaco.