O ato de comer não só sacia a fome, mas proporciona conforto, aconchego, lembranças, prazer e é um refúgio. No distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, então, a satisfação de muitos tem estado na comida. O que, sem medida, trará consequências ruins para a saúde.
Se pular as refeições não é recomendado, encurtar a distância, atiçado pelo apetite, também é ruim. O problema aqui é a perda do controle diante de um comportamento afetado pela quarentena.
Se pular as refeições não é recomendado, encurtar a distância, atiçado pelo apetite, também é ruim. O problema aqui é a perda do controle diante de um comportamento afetado pela quarentena.
A fome é uma sensação fisiológica que faz o organismo procurar e ingerir alimento para satisfazer as necessidades diárias de nutrientes e energia. Ela é mediada por uma série de sinais e estímulos. Entre eles, a redução da quantidade de carboidratos, proteínas e gorduras ou até a diminuição da temperatura corporal.
Porém, não é preciso diminuir totalmente o estoque de nutrientes do organismo para que um indivíduo sinta fome, já que o organismo é capaz de detectar variações mínimas, explica a médica nutróloga Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
"Além disso, a vontade de comer depende de outros fatores, como hábitos sociais, sentimento de vazio, ansiedade, depressão, higidez ou doença física, oferta ou restrição de alimentos, comemorações e muito mais.”
Porém, não é preciso diminuir totalmente o estoque de nutrientes do organismo para que um indivíduo sinta fome, já que o organismo é capaz de detectar variações mínimas, explica a médica nutróloga Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
"Além disso, a vontade de comer depende de outros fatores, como hábitos sociais, sentimento de vazio, ansiedade, depressão, higidez ou doença física, oferta ou restrição de alimentos, comemorações e muito mais.”
Marcella Garcez, que também é pesquisadora em suplementos alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo, avisa que é importante ficar atento quando o apetite dá sinais de que há algum descontrole no corpo.
Identificar esses gatilhos, que podem ser emocionais, ambientais ou até por influência de medicamentos, é fundamental para diminuirmos os excessos que podem comprometer a saúde.
A nutróloga destaca que os mecanismos de fome e saciedade têm grande impacto na saúde do organismo, já que ele depende da ingestão de nutrientes para a manutenção do metabolismo, assim como as consequências pela falta ou excesso do consumo alimentar.
“Procure ajuda médica para orientação ideal de um plano alimentar de acordo com suas necessidades”, alerta. Ela lista 15 motivos para o descompasso entre a forme e a alimentação compulsiva.
Identificar esses gatilhos, que podem ser emocionais, ambientais ou até por influência de medicamentos, é fundamental para diminuirmos os excessos que podem comprometer a saúde.
A nutróloga destaca que os mecanismos de fome e saciedade têm grande impacto na saúde do organismo, já que ele depende da ingestão de nutrientes para a manutenção do metabolismo, assim como as consequências pela falta ou excesso do consumo alimentar.
“Procure ajuda médica para orientação ideal de um plano alimentar de acordo com suas necessidades”, alerta. Ela lista 15 motivos para o descompasso entre a forme e a alimentação compulsiva.
1 – Você está estressado: A princípio, seu corpo acaba com a fome com um hormônio chamado adrenalina. Mas se suas preocupações persistirem por um tempo, seu sistema aumenta os níveis de outro hormônio, o cortisol.
Este pode fazer você querer comer tudo à vista. O chamado apetite emocional pode ser uma resposta ao estresse. O hormônio cortisol causa desejo por comida altamente energética. Controlar o estresse é fundamental, já que, quando ele diminui e os níveis de cortisol caem, o apetite volta ao normal.
Este pode fazer você querer comer tudo à vista. O chamado apetite emocional pode ser uma resposta ao estresse. O hormônio cortisol causa desejo por comida altamente energética. Controlar o estresse é fundamental, já que, quando ele diminui e os níveis de cortisol caem, o apetite volta ao normal.
2 – Você busca refúgio na comida: A comida pode fornecer prazer imediato e o principal elemento envolvido é um neurotransmissor, a serotonina. Alimentos mais calóricos, que produzem rápido aumento de energia, podem liberar mais rapidamente esse neurotransmissor, que estimula as mesmas áreas do cérebro que se ativam com o vício em drogas.
É por isso que pacientes depressivos tendem a fazer opções alimentares mais calóricas. Tente separar a fome fisiológica do refúgio que o alimento oferece e faça uma pergunta a si mesmo: “Que vazio é esse que eu quero preencher com toda essa comida?”.
É por isso que pacientes depressivos tendem a fazer opções alimentares mais calóricas. Tente separar a fome fisiológica do refúgio que o alimento oferece e faça uma pergunta a si mesmo: “Que vazio é esse que eu quero preencher com toda essa comida?”.
3 – Você está com sede: Às vezes, quando você pensa que precisa comer, na verdade, está desidratado. Então, tente beber um pouco de água primeiro. Se a fome permanecer, isso permite que saiba que pode precisar comer alguma coisa de fato, mas como bebeu água, é menos provável que abuse e coma demais.
4 – Você “aumenta” seu açúcar no sangue: “Quando você come carboidratos, doces e alimentos ricos em amido, eles enviam muito açúcar para o seu sistema ao mesmo tempo. Assim, o corpo libera o hormônio insulina, que vai ajudar as células a usá-lo como combustível ou armazená-lo para mais tarde. Mas essa inundação de açúcar pode fazer com que o corpo produza mais insulina do que precisa. Isso pode diminuir muito o açúcar no sangue e deixá-lo com fome.
5 – Você pode ter diabetes: Essa condição significa que o corpo tem um problema de energia. Você pode ficar com fome porque o corpo pensa que precisa de mais combustível. Mas o verdadeiro problema é que tem problemas para transformar alimentos em combustível. Nesse caso, você também pode perder peso, urinar mais e se sentir mais cansado. Fale com o seu médico se tiver algum desses sintomas.
6 – Você tem baixo nível de açúcar no sangue: O médico pode chamar de hipoglicemia. Significa que não há combustível suficiente ou glicose no sangue e pode fazer se sentir cansado, fraco ou tonto. Isso pode ocorrer se não comer há mais de algumas horas. Se tiver sintomas, seu médico pode sugerir que fique de olho no açúcar no sangue e coma carboidratos complexos quando estiver baixo.
7 – Você está grávida: Enquanto algumas mães se sentem enjoadas demais para comer muito nas primeiras semanas, outras podem sentir fome. Se acha que esse pode ser o motivo da sua fome, um kit de teste da farmácia pode lhe dizer se é esse o caso. Se for, consulte o seu médico para confirmar os resultados.
8 – Você come rápido demais: Quando devora sua comida pode não dar tempo suficiente ao corpo para perceber que está cheio. O grande problema de comer rápido demais é que algumas pessoas só conseguem parar quando realmente sofrem uma distensão abdominal. Fazer isso com frequência pode resultar em problemas gastrointestinais como gastrite, refluxo, azia e flatulência, entre outros.
9 – A comida não o satisfez: Os cientistas realmente cunharam um “índice de saciedade”, em que alimentos de melhor classificação satisfazem melhor sua fome pelas mesmas calorias. Por exemplo, batatas assadas satisfazem muito mais que as batatas fritas.
10 – Você se privou de comer o que queria: Nenhum alimento isoladamente tem o poder de jogar por água abaixo todos os seus ganhos de uma rotina saudável. Se tem vontade de comer um chocolate, por exemplo, pode comer, mas com moderação.
11 – Você viu ou cheirou algo saboroso: Você viu um anúncio sobre sorvete ou sentiu o cheiro de biscoitos assados enquanto passava pela padaria. Isso pode ser o suficiente para querer comer, quer seu corpo esteja com fome ou não. Tente perceber esses gatilhos e depois decida o que fará.
12 – Você tem uma tireoide hiperativa: Se você tiver problemas de tireoide, isso pode deixá-lo cansado, nervoso, mal-humorado e com fome o tempo todo. Fale com o seu médico se detectar algum desses sintomas.
13 – Você toma medicação: Alguns medicamentos podem afetar o apetite. Isso inclui alguns que são usados para tratar depressão ou transtornos do humor, juntamente com certos anti-histamínicos, antipsicóticos e corticosteroides. Informe ao médico se estiver com mais fome depois de iniciar um novo medicamento. Mas não pare de tomá-lo por conta própria.
14 – Você não dorme o suficiente: A falta de sono pode alterar o equilíbrio dos hormônios da fome (leptina e grelina) de uma maneira que o faça querer comer mais. Também pode aumentar a probabilidade de encontrar lanches com mais calorias e gordura para satisfazer esse desejo.
15 – Você está gastando mais energia: Se de repente passou do estágio inicial de sedentário para o de atleta amador, é normal que sinta mais fome até o organismo se acostumar. Os primeiros dias são mais terríveis, mas depois, com a ingestão adequada de nutrientes, o corpo se acostuma.