A Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), localizada na Região Central de Belo Horizonte, completa, neste ano, 70 anos de sua fundação. Em comemoração, nesta terça-feira (10), uma transmissão ao vivo será feita pelos canais da instituição e do teatro da Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), mantenedora da faculdade e local do evento, no YouTube.
Entre as atividades programadas, haverá o lançamento do Atlas comemorativo dos 70 anos da FCM-MG, homenagens aos nomes que fizeram e fazem parte da história da instituição e, também, uma apresentação musical do cantor e compositor Lô Borges, um dos integrantes do Clube da Esquina.
Wagner Eduardo Ferreira, presidente da Feluma e da Faculdade Ciências Médicas, conta que, para ele, é uma grande honra fazer parte desta história, principalmente ao suceder inúmeras personalidades na posição que ocupa atualmente e, também, na missão de manter a instituição em funcionamento. “Nasci na faculdade, tenho 30 anos de formatura e é uma honra ocupar o cargo que ocupo.”
“A Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais é a segunda faculdade que tem cursos de saúde, entre eles a medicina, que foi a origem de tudo. O curso de medicina foi o primeiro. Então, formamos ela como a segunda mais velha e mais tradicional de Minas, atrás apenas da Universidade Federal. Por ironia do destino, a Faculdade de Ciências Médicas origina da federal, uma espécie de filha política e institucional. Durante muitos anos, tínhamos apenas as duas em Belo Horizonte”, relembra.
O presidente da mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais conta, ainda, a importância de dois grandes nomes para o que a instituição se tornou. Wagner, inclusive, destaca que inúmeras outras personalidades configuram o hall de influências no desenvolvimento e crescimento da unidade.
“A faculdade é um grupo que foi idealizado por Lucas Machado, quando o braço direito dele na época era Juscelino Kubitschek, que deu aula na faculdade. Formou inúmeras personalidades e comemoramos isso com muito orgulho. O prédio em que está situada a faculdade foi doado pelo JK, enquanto presidente. Todos os fundadores já morreram, mas marcaram a história. Por isso, a grandeza de comemorar esses 70 anos de uma instituição que nasceu com o objetivo de fazer algo diferente”, comenta.
Os desafios
A faculdade que também funciona como fundação filantrópica, oferecendo atendimento médico por profissionais e alunos, passou por alguns desafios ao longo de seus 70 anos. Segundo Wagner, o maior deles se deu nas mudanças que o mundo enfrentou e a necessidade de manter o profissionalismo, sem deixar o âmbito social de lado.
“A fundação foi criada sem pensar em dinheiro. Porém, inúmeras mudanças no perfil do mundo exigiram mais profissionalismo. Não tinha mais lugar para o amadorismo e tínhamos que crescer e se profissionalizar sem esquecer de sermos altruistamente filantrópicos. Tivemos que ser profissionais sem deixar de doar. Para isso, usamos de uma gestão séria para superar essas adversidades e continuar oferecendo qualidade.”
Com todas os desafios e tendo em vista a perspectiva de oferecer ainda mais qualidade no atendimento médico prestado, bem como para a formação acadêmica disponibilizada, Wagner destaca que os planos é de que um crescimento ético seja alcançado pela instituição. “Temos que trazer funcionários para a área da saúde com qualidade, fazendo a filantropia, como fazemos, ampliando um pouco mais, talvez podendo contar com odontologia. Vamos, também, buscar nos integrar, cada vez mais, ao sistema público de saúde”, afirma.
Na pandemia
Em meio à pandemia, haja vista a importância do atendimento médico, o presidente da Feluma e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais destaca que, conforme autorizado pelos órgãos oficiais, os conteúdos teóricos foram passados virtualmente, enquanto que as aulas práticas foram mantidas para aqueles que desejassem continuar.
“A parte teórica foi dada a distância e a parte prática, como só temos cursos na área de saúde e o decreto oficial do governo fazia com que os cursos da área de saúde não precisassem parar, passada presencialmente. Porém, não é obrigatório, o aluno escolhe. Fizemos as aulas práticas, então, seguindo os protocolos, com os equipamentos de segurança devidos. Não era hora de fugir neste momento de contribuir”, declara.
*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram