Cerca de 86% dos pacientes infectados pelo novo coronavírus e com quadros clínicos de COVID-19 considerados como leves perdem o olfato e o paladar durante o período de contaminação. Isso significa nove em cada 10 pacientes desse grupo.
Os dados são de um estudo publicado no Journal of Internal Medicine. Ainda segundo a pesquisa, os sentidos de grande maioria foram recobrados em até seis meses, porém, 5% das pessoas seguiram com dificuldades de sentir cheiros e gostos.
Os dados são de um estudo publicado no Journal of Internal Medicine. Ainda segundo a pesquisa, os sentidos de grande maioria foram recobrados em até seis meses, porém, 5% das pessoas seguiram com dificuldades de sentir cheiros e gostos.
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“Deficiências nesses sentidos são perigosas, pois podem gerar problemas relacionados a não percepção de alimentos estragados, vazamentos de gás, entre outras atividades tão comuns em nosso dia a dia”, explica o médico, que relata já ter recebido cerca de 180 pacientes no Ambulatório de Olfato e Paladar, criado no segundo semestre de 2020 pelo Hospital Paulista, para tratar casos de perda parcial ou total dos sentidos.
“E isso até dezembro. Destes, 4,5% tiveram anosmia (perda total) e 18%, microsmia (redução parcial). Os demais apresentaram rápida recuperação do olfato a partir do tratamento ou naturalmente, conforme se curavam da infecção pelo novo coronavírus”, aponta Gilberto Ulson.
O otorrinolaringologista afirma, também, que se a perda dos sentidos for temporária, são utilizados apenas medicamentos. No entanto, se o problema persistir, é possível administrar um tratamento utilizado mundialmente, conhecido como Treinamento Olfatório.
O otorrinolaringologista afirma, também, que se a perda dos sentidos for temporária, são utilizados apenas medicamentos. No entanto, se o problema persistir, é possível administrar um tratamento utilizado mundialmente, conhecido como Treinamento Olfatório.
“Neste tipo de tratamento, não há melhora imediata. É preciso que o paciente saiba disso, persista e não desanime ou desista. Ele deve encarar como uma fisioterapia olfatória. Porém, é importante saber que existem diferentes testes para diagnosticar alterações do olfato, sendo de fundamental importância contar com uma avaliação correta e, de preferência, precoce, a fim de aumentar as chances de reverter o quadro.”
Segundo ele, qualquer alteração no olfato deve ser considerada como um alerta, haja vista a importância desse sentido para detectar situações de perigo. “Além disso, ele é fundamental para gerar qualidade de vida e bem-estar, como o prazer em sentir cheiro de perfumes e comidas”, diz.
O estudo aponta que o alto índice de perda de olfato e paladar se dá somente em casos considerados leves. Em pacientes com sintomas moderados a graves, apenas 4% ou 7% das pessoas perderam a capacidade de sentir cheiros e sabores.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram