Pesquisadores da University of Florida Health descobriram que três medicamentos anti-histamínicos (antialérgicos) comuns podem inibir a infecção de células pela COVID-19. A descoberta é baseada em testes laboratoriais e análise detalhada de registros médicos de 25 mil de pacientes da Califórnia.
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De acordo com a publicação, os pesquisadores começaram a identificar remédios já aprovados que podem interferir na maneira como o vírus da COVID-19 se liga às células. Eles bloqueiam a conexão entre elas, e a transmissão do vírus é inibida ao sistema respiratório.
De acordo com a publicação, os pesquisadores começaram a identificar remédios já aprovados que podem interferir na maneira como o vírus da COVID-19 se liga às células. Eles bloqueiam a conexão entre elas, e a transmissão do vírus é inibida ao sistema respiratório.
Embora haja uma associação entre os medicamentos e as taxas de infecção, os pesquisadores enfatizaram que há muito mais a ser aprendido e nenhuma causa e efeito foi formalmente estabelecida. Ainda são resultados precoces.
Como os medicamentos atuariam
Em análise do estudo, o professor brasileiro Rubens de Fraga Júnior, especialista em geriatria e gerontologia, diz que, ao estabelecer as descobertas, os colaboradores se concentraram na enzima conversora de angiotensina-2, ou ACE2, uma proteína "porta de entrada" que o vírus usa para invadir células humanas.
A pesquisa descobriu que pessoas com 61 anos ou mais que usaram certos antialérgicos têm menos probabilidade de teste positivo para COVID-19 do que aquelas que não tomaram os medicamentos.
Em seguida, os cientistas testaram os anti-histamínicos quanto à capacidade de inibir o novo coronavírus em uma combinação de células humanas e de primatas. As drogas hidroxizina, difenidramina e azelastina mostraram eficácia estatisticamente significativa.
Os medicamentos foram testados em diferentes concentrações para medir o quanto é necessário para inibir o vírus. Entretanto, apesar da boa descoberta, a automedicação é contraindicada e ainda não há comprovação de tratamento precoce ou remédios que curem a COVID-19.
Os estudos com os antialérgicos continuarão para testar a eficácia desses medicamentos no tratamento da doença.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina