A Merck Sharp & Dohme (MSD) anunciou, nesta quinta-feira (28), que uma candidata à vacina contra a COVID-19 que estava sendo desenvolvida na empresa será descontinuada. Ou seja, o imunizante não estará mais em estudo. Esta decisão, segundo a instituição, é resultado da revisão feita dos resultados obtidos nos estudos clínicos de fase 1.
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Por outro lado, a Merck Sharp & Dohme declarou que continuará trabalhando no desenvolvimento e produção de dois terapêuticos contra a doença. Trata-se dos medicamentos experimentais chamados MK-7110 e MK-4482 (molnupiravir), que conta, também, com a colaboração da Ridgeback Bio.
“Estamos firmes no compromisso de contribuir com o esforço global para aliviar o fardo desta pandemia para os pacientes, sistemas de saúde e comunidades”, afirma o presidente da MSD.
“Estamos firmes no compromisso de contribuir com o esforço global para aliviar o fardo desta pandemia para os pacientes, sistemas de saúde e comunidades”, afirma o presidente da MSD.
Quanto aos terapêuticos em desenvolvimento, o MK-7110 é uma proteína de fusão recombinante em investigação, que modula a resposta inflamatória ao Sars-Cov-2, principalmente por ter como alvo um novo ponto de verificação da via imunológica.
De acordo com a MSD, os resultados preliminares de fase 3 mostraram uma redução de mais de 50% no risco de morte ou insuficiência respiratória em pacientes hospitalizados com COVID-19 entre moderada e grave.
De acordo com a MSD, os resultados preliminares de fase 3 mostraram uma redução de mais de 50% no risco de morte ou insuficiência respiratória em pacientes hospitalizados com COVID-19 entre moderada e grave.
A empresa responsável pelo desenvolvimento do medicamento informa, ainda, que os resultados completos do estudo devem ser publicados ainda no primeiro trimestre de 2021.
Já o MK-4482 é um agente antiviral experimental oral que está sendo desenvolvido em colaboração com a Ridgeback Bio. O molnupiravir está atualmente sendo avaliado em ensaios clínicos de fase 2 e 3 em hospitais e ambulatórios. A data de conclusão primária para os estudos é maio de 2021.
A MSD afirma que continuará, também, realizando pesquisas sobre a COVID-19, bem como sobre o potencial do vetor do vírus do sarampo e das plataformas baseadas no vetor da estomatite vesicular para buscar recursos mais amplos em resposta a uma pandemia.
“A pandemia COVID-19 ressalta a necessidade de nossa empresa e da indústria continuarem a investir em pesquisas para enfrentar as ameaças à segurança sanitária”, diz.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram