O número de casos prováveis e confirmados de dengue, em Belo Horizonte, cresceu em fevereiro. Segundo dados da Secretaria de Saúde de BH, foram 413 casos notificados e 170 confirmações até 12/2.
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A especialista alerta ainda para o risco da circulação de diferentes tipos do vírus. “Existem quatro tipos de dengue em circulação, o que significa que a pessoa pode adquirir a doença quatro vezes, o que é um risco. No caso do tipo 2, não tínhamos essa variante no Distrito Federal, por isso, em 2019, quando ela foi inserida no nosso território, tivemos um estrago tão grande”, pontua.
Segundo os dados da Saúde, naquele ano, 62 pessoas morreram vítimas da dengue na capital. Esse foi o maior número já registrado em monitoramentos divulgados pela pasta desde 1998, quando foi confirmado o primeiro caso grave da doença na capital federal.
Justamente para tentar entender o comportamento do Aedes aegypti fora das fronteiras da cidade, o DF firmou uma parceria com o estado de Goiás para estabelecer estratégias de combate ao mosquito. A Sala de Situação Interestadual DF/GO terá repasse de informações, compartilhamento de estratégias para melhores regulamentos e disponibilização de equipamentos.
COVID-19
O cenário da pandemia causada pelo novo coronavírus também preocupa os especialistas, principalmente porque os sintomas das duas doenças podem confundir o paciente infectado (veja quadro). “A dengue e a COVID-19 têm alguns sintomas comuns, como dores no corpo e cansaço. A dengue também causa um pouco de falta de ar, assim como a COVID pode trazer manchas ao corpo”, destaca Ana Helena Germoglio.
Por isso, a especialista orienta que, em casos de qualquer sintoma, o recomendado é que o paciente recorra a um atendimento médico. “É importante a avaliação do profissional de saúde. Ele dirá se a pessoa está com COVID ou dengue. Vale lembrar que esse diagnóstico é importante para o paciente saber o que fazer, principalmente porque os infectados com a COVID-19 precisam de isolamento social”, finaliza.
Fique atento
Saiba quais são os sinais de infecção e como prevenir a doença:
Sintomas
» Febre alta
» Dor de cabeça e no corpo
» Dor atrás dos olhos
» Fraqueza
» Falta de apetite
» Náusea e vômitos
» Manchas pelo corpo e coceira
Prevenção
» Retire galhos e folhas das calhas
» Guarde os pneus em locais cobertos
» Mantenha em dia a manutenção das piscinas
» Garrafas devem estar guardadas viradas com a boca para baixo
» Mantenha lajes limpas
» Tampe tonéis e caixas d’água
» Ralos sempre limpos e com telas de proteção
» Preencha pratinhos de plantas com areia e lave-os uma vez por semana
» Estique bem as lonas de proteção para evitar acúmulo de água
» Limpe a bandeja do ar-condicionado
» Feche bem os casos de lixo e coloque-os longe do alcance de animais
Fontes: Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Belo Horizonte e especialistas
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.