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Estado de Minas IMUNIZAÇÃO

Testes pós-vacinais da COVID-19: saiba mais sobre eles

Há no mercado brasileiro três tipos de testes que identificam se a pessoa vacinada produziu os anticorpos para ser imunizada contra a COVID-19


11/03/2021 21:32 - atualizado 11/03/2021 22:09

Os testes pós-vacinais têm o objetivo de apontar se a pessoa produziu anticorpos e está imunizada contra o coronavírus(foto: Pixabay/Reprodução)
Os testes pós-vacinais têm o objetivo de apontar se a pessoa produziu anticorpos e está imunizada contra o coronavírus (foto: Pixabay/Reprodução)
O Brasil registrou, nessa quarta-feira (11/3), 9.013.639 pessoas vacinadas contra a COVID-19, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Entre os 9 milhões de vacinados, 3.166.189 receberam a segunda dose da vacina. O número representa 1,5% da população. 
 
Se após tomar essa segunda dose a pessoa quiser saber se está realmente imunizada contra o novo coronavírus, já existem, no mercado brasileiro, testes para identificar isso.  
 
Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), explica quais os testes devem ser feitos após a vacinação contra a COVID-19, garantindo segurança para o paciente.

“O objetivo dos testes é identificar se a pessoa vacinada produziu os anticorpos para a imunidade. Há pessoas que produzem mais, outras menos e aquelas que não respondem à produção de anticorpos. Mas a resposta imune é um pouco mais ampla que a dos anticorpos. Existe a resposta imune celular, do linfócito T. Já a dos anticorpos é a do linfócito B.” 

Esses anticorpos podem ser produzidos como resposta à vacina ou à infecção. “Se você já pegou COVID, você vai produzir anticorpos. Já se você tomou vacina, você pode produzir anticorpos. Na grande maioria das vezes, os pacientes produzem anticorpos.”

Segundo ele, os pacientes têm curiosidade de saber se a vacina funcionou. No entanto, Carlos alerta que essa avaliação precisa de tempo para ser feita: “Vamos precisar de tempo para avaliar a utilidade clínica desses testes porque não sabemos qual a periodicidade para se tomar a vacina e para qual vacina é cada resposta de anticorpos”. 

O médico explica que os pacientes devem tomar a vacina e esperar a produção dos anticorpos, em torno de 21 a 28 dias após a aplicação.

“Se a pessoa produziu anticorpos é um bom sinal e que confere a ela uma imunidade. É isso que a vacina promete, e imunizar a população vai ajudar a diminuir o número de casos da COVID.”

Ele compara a situação das vacinas contra a COVID-19 com a da gripe. “Quando você toma a vacina da gripe é para produzir anticorpos e evitar que pegue uma gripe. Mas esses anticorpos caem ao longo dos meses. Por isso que a vacinação da gripe é anual. A da COVID-19, a gente não tem ainda essa resposta, para qual tipo de vacina. Não sabemos se as pessoas vão precisar tomar uma vez ao ano ou de seis em seis meses. Isso ainda será avaliado.”

De acordo com ele, a eficácia varia de teste para teste e com relação ao tipo de vacina também.

“Tem pessoas que não produzem anticorpos mesmo tomando a vacina. Existem vacinas mais e menos eficazes”. 

Tipos de testes


Carlos explica que existem três tipos de testes disponíveis, que são baseados na resposta antígeno anticorpo: IGG anti S, anti RBD e a pesquisa dos anticorpos neutralizantes.

“O S vem de spike que é aquela espícula viral, da parte mais externa do vírus. É onde ele se liga na célula humana. Todos os testes para avaliar a resposta vacinal tem que ser contra essa proteína S. Então, se a pessoa tiver um anticorpo anti S, o teste detecta. Já o do anti RBD está relacionado à porção mais externa desse antígeno, e é chamada RBD ou anticorpo anti S. Os dois funcionam de forma parecida.”  

O dos anticorpos neutralizantes, segundo o médico, é um teste que avalia, no laboratório, o que acontece no organismo humano quando da entrada do vírus na célula.

“Eles avaliam a capacidade desse anticorpo de impedir que o vírus se ligue na célula. Pesquisa esse grupo de anticorpos que impedem que o vírus entre na célula”, conta. 

Ele alerta que a pessoa que deseja fazer um dos testes deve procurar um médico para saber qual é o mais apropriado.

“Depende do laboratório também que oferece um ou outro e fica a critério do médico, com o paciente”, finaliza. 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina  



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