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Missão COVID: plataforma de teleatendimento gratuito pede ajudaMulheres e COVID-19: a realidade feminina na pandemiaAdeptos da dança praticam em casa para aliviar as tensões na quarentenacoronavirusbrasilFábrica paulista cria primeira máscara PFF2 adaptada para crianças no paísRetirada de testículos: estudo avalia ação da COVID na fertilidade do homemMais eficazes na proteção contra o coronavírus e, inclusive, recomendadas como acessório indispensável na proteção de profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à pandemia, esse tipo de máscara tem mais benefícios quando comparada às “tradicionais” máscaras de pano.
Segundo Estevão Urbano, infectologista, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI) e membro do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de COVID-19 em Belo Horizonte, a eficiência e filtragem são alguns motivos que levam à essa escolha.
“As máscaras N95 são feitas normalmente de poliéster e fabricadas industrialmente com fibras extremamente justas entre si, de forma que elas têm um alto poder de filtragem. Além disso, esse modelo tem um filtro que consegue reter até 95% das partículas, incluindo as mais difíceis de filtração, por serem muito pequenas, as chamadas aerossóis.”
Enquanto isso, de acordo com o especialista, as máscaras de pano, geralmente feitas de algodão, não têm a mesma justaposição das fibras entre si das chamadas PFF2 e nem contêm filtros especiais para a filtração de partículas especialmente pequenas. “As máscaras N95, como o próprio nome diz, tem uma capacidade de filtração de até 95% das partículas, enquanto as de pano, quando bem feitas, com camada dupla ou tripla e bem ajustadas ao rosto, tem uma capacidade de filtração de 30%”, justifica.
Nesse cenário, um dos maiores benefícios e motivos para que a máscara N95 seja usada é que ela cria uma espécie de barreira ainda mais eficiente que as máscaras feitas artesanalmente e com tecido. Além disso, em situações de risco, como em filas ou convívio com pessoas infectadas, essas máscaras são as melhores opções.
Para além da melhor filtragem e eficiência, o fato de elas serem melhor ajustadas ao rosto, sem espaços para entrada de gotículas, o que normalmente ocorre com as feitas de pano em caso de uso errôneo, também contribui para que a prevenção seja maior com o uso das N95.
Ainda, de acordo com a Agência Nacional de Saúde (Anvisa), ao contrário do que muitos pensam, esse modelo de máscara pode sim ser reutilizado. Isso, claro, com os devidos cuidados de higienização.
Porém, Estevão Urbano alerta: “Para atividades simples, como ir à padaria, a máscara de pano é suficiente”.
N95 x pano
Segundo a especialista, é uma máscara projetada para conter micropartículas, como as gotículas de saliva, principais responsáveis pela disseminação do Sars-CoV-2, além de micro aerossóis (partículas ainda menores que as gotículas, que permanecem suspensas no ar por algumas horas e podem também conter o vírus e transmiti-lo pela respiração).
"As máscaras profissionais são desenhadas para maior proteção. São mais fechadas no nariz, tem uma vedação mais eficiente, principalmente nas extremidades (as de pano não vedam tanto), não deixam buracos, além do fato de que os elásticos por trás da cabeça também melhoram a proteção. De forma geral, isolam mais o nariz e a boca do ambiente externo. Tudo comprovado cientificamente em testes de engenharia biomédica", explica Jordana.
A virologista lembra, no entanto, que nem por isso as máscaras de pano não são eficazes. "Pelo contrário. Pesquisas indicam que também são eficientes, com ação na diminuição do número de casos", pontua. Jordana cita estudos comparativos entre grupos de pessoas que vêm usando ou não as máscaras. "O número de infectados em regiões que respeitam o uso das máscaras é bem menor. Importante é que se faça o uso adequado".
Um porém, conforme a virologista, é que os modelos similares à N95 são os mais recomendados para os profissionais de saúde e quem está na linha de frente e, se disseminado o uso para a população em geral, há receio sobre a escassez da máscara para os grupos prioritários.
"Em algumas situações, pode acontecer o uso sem tanta necessidade, como uma pessoa que sai para caminhar sozinha, por exemplo. Se todos começarem a usar essa máscara o tempo todo, no momento em que o hospital, a farmácia, o posto de saúde precisar comprar, pode faltar, ou o preço aumentar muito. É a relação demanda e oferta. A indicação é priorizar profissionais da linha de frente. Lembrando que as máscaras de pano também têm seu valor", pondera.
Nesta ponta, as máscaras de pano vêm sendo preconizadas para o público comum, como indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Conforme orientam os órgãos, quem for de grupo de risco pode recorrer a máscaras cirúrgicas se for necessário sair de casa.
Artigo da revista científica Aerosol Science and Technology, de dezembro de 2020, coordenado por especialistas do CDC, dá conta de que as máscaras fabricadas com três camadas de tecido de algodão conseguem barrar 51% dos aerossóis que o indivíduo eventualmente expele ao tossir, enquanto para uma máscara cirúrgica esse índice é de 59%.
Sobre as variantes do coronavírus, Jordana Coelho cita a maior capacidade de ocasionar infecção depois de encontrar as células da mucosa. "Para a pessoa ser infectada, os aerossóis e as gotículas precisam alcançar o rosto. O vírus atua da máscara para dentro, por isso máscara e distanciamento são importantes."
O que se sabe sobre o uso de máscaras contra o coronavírus
- O Sars-CoV-2 pode ser transmitido por gotículas de saliva jogadas ao ar por um indivíduo infectado enquanto respira, espirra, tosse ou conversa
- A redução das chances de transmissão do coronavírus quando todos em um mesmo ambiente usam máscara é de 70%
Veja o índice de gotículas bloqueadas por cada tipo de máscara:
- Máscara N95 (ou PFF2, a equivalente no Brasil): 99%
- Máscara cirúrgica %2b máscara de tecido sobre: 90%
- Máscara cirúrgica ajustada com nó extra na orelha: 90%
- Protetor de pescoço de poliéster, camada dupla: 60%
- Máscara cirúrgica: 59%
- Máscara de tecido de três camadas: 51%
- Protetor de pescoço de poliéster, em camada única: 47%
- Escudo facial: 2%
- Proteção: Indicadas para pessoas doentes não expelirem o vírus, estudos agora também demonstram que as máscaras podem evitar a inalação das gotículas que podem carregar o patógeno para o organismo. As máscaras protegem quem usa e quem está perto
Dúvidas frequentes:
- Já tive COVID-19, devo usar máscara?
Sim. Ainda não se sabe por qual período se mantém a imunidade alcançada depois da infecção, além da constatação sobre os casos de reinfecção. Não é possível afirmar se quem está imune (devido à infecção ou pela vacina) pode ou não transmitir a doença
- Já recebi a vacina. Ainda é preciso usar a máscara?
Sim. As vacinas impedem a doença, mas ainda não está confirmado se evitam a transmissão do vírus
- Posso reutilizar uma máscara PFF2?
Sim. Os equipamentos podem ser reutilizados enquanto garantam a vedação adequada e estiverem íntegras. O teste para aferir a vedação ideal pode ser realizado colocando as mãos ao redor da máscara posicionada sobre o rosto. Aos inspirar e expirar o ar, a máscara deve se movimentar levemente, mas sem deixar o ar sair pelas extremidades
- É necessário lavar uma máscara PFF2?
Não. Nenhum tipo de produto químico deve ser usado. Depois da utilização, é recomendado que a máscara fique em descanso por aproximadamente três dias, em local arejado e sob o sol
- Quanto custa uma máscara PFF2?
São encontradas por preços entre R$ 2 a R$ 10, a unidade
- Como saber se é confiável?
As máscaras PFF2 devem conter selo de certificação do Inmetro e número do certificado de aprovação (CA)
Teste básico para avaliar uma máscara:
Posicione a máscara contra a luz e sopre através dela: se for possível enxergar através da máscara ou sentir o ar passando com facilidade, é possível que não garanta a proteção. Quanto mais fechadas forem as tramas do tecido e quanto mais camadas tiver a máscara, maior a proteção
- Especialistas não recomendam o uso do escudo facial sem a máscara. O equipamento serve para proteger os olhos, que podem ser infectados
- A proteção deve cobrir boca e nariz e estar bem ajustada ao contorno do rosto para evitar transmissão de gotículas
Fontes: Efficacy of face masks, neck gaiters and face shields for reducing the expulsion of simulated cough-gemerated aerosols (revista Aerosol Science and Technology); Low-cost measurement of face mask efficaccy for filtering expelled droplets during speech (revista Science Advances), Centers for Disease Control and Prevention (CDC), pffparatodos.com e episaude.org
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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