No último sábado (20), a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), emitiu uma carta aberta para relatar a situação “crítica" da falta de medicamentos para tratar COVID-19 em hospitais privados do país. Segundo o comunicado, “se medidas urgentes não forem tomadas em âmbito nacional, mais pacientes morrerão”.
De acordo com a Anahp, em levantamento realizado pela entidade, em parceria com associados, no dia 18 de março de 2021, “ficou clara a escassez de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes acometidos pela COVID-19, especialmente os sedativos necessários para intubação”.
Alguns desses medicamentos têm estoque médio de apenas quatro dias, como é o caso do propofol e cisatracurio. Além disso, o estoque atual de atracúrio também é de apenas quatro dias. Enquanto isso, os dados mostram que ainda há um estoque de rocuronio por 9 dias, de midazolam por 14 e de fenatanila por 19.
“Há um ano, o Brasil tem se mobilizado para o enfrentamento ao novo coronavírus (COVID-19). A saúde, sem dúvida, é um dos setores mais afetados pela pandemia, e tem se deparado com vários desafios importantes. Um dos mais graves, neste momento, é a iminente escassez de medicamentos necessários para atendimento aos pacientes graves acometidos pela COVID-19, bem como a requisição desses medicamentos pelas secretarias municipais de saúde e pelo Ministério da Saúde”, afirma a associação em carta aberta.
Ainda em comunicado, a Anahp diz entender a preocupação do Ministério da Saúde e órgãos nacionais em garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), mas reforçou a situação “crítica”, conforme relatado, também na rede privada. Ainda, a carta aberta revela que, nos próximos dias, a escassez de insumos em hospitais privados deve atingir o ápice.
“Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela COVID-19, a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará ainda mais o setor público, agravando a situação do sistema de saúde brasileiro. Nos últimos dois dias, houve várias requisições, desorganizando a cadeia de suprimentos e privando hospitais dos recursos necessários já contratados para atender à crescente demanda de pacientes”, justifica.
Por fim, a Associação Nacional de Hospitais Privados solicitou “ao Ministério da Saúde e demais órgãos competentes atenção urgente em relação à esta questão crítica que a saúde está vivendo, colocando em risco a vida dos pacientes”.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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