Uma tecnologia que pode ser alternativa de saída para evitar o colapso do sistema de saúde está disponível para hospitais e laboratórios brasileiros. O método é uma evolução da técnica do PCR e consegue analisar 22 patógenos, causadores de doenças respiratórias, que têm os mesmos sintomas, mas causas diferentes. Com resultado em 67 minutos, a ferramenta pode evitar tratamentos desnecessários e, até mesmo, acelerar o isolamento de infectados pela COVID-19 dos demais pacientes.
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Pacientes com COVID-19 têm alta incidência de lesão renal aguda, diz estudoUnicamp confirma caso de hepatite medicamentosa por uso de kit COVIDCOVID-19: UFMG desenvolve teste rápido para detectar variantes em pacientescoronavirusbrasilCOVID-19: mitos e verdades sobre a doença após 1 ano da pandemiaEntre os 22 agentes identificados pela tecnologia batizada de ‘QIAstat-Dx’, estão vírus e bactérias diversos, incluindo o SARS-Cov-2, causador da COVID-19. A amostra é coletada por um swab nasofaríngeo (o mesmo ‘cotonete’ do PCR), em seguida é encaminhada para o aparelho, que faz a análise e entrega o resultado em 67 minutos.
As pessoas que apresentarem sintomas típicos de doenças respiratórias podem realizar o exame, que, segundo a QIAGEN, tem o potencial de diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, evitar internações desnecessárias e identificar os pacientes que precisam de isolamento ou demais medidas de controle da infecção.
Para o médico intensivista Daniel Joelsons, a tecnologia é uma ótima alternativa e inclusive, já ajudou no diagnóstico de um paciente que precisava ser encaminhado para tratamento de câncer no pulmão. Ele apresentava sintomas respiratórios, como falta de ar, e com análise dos 22 agentes patológicos foi possível encaminhar para uma avaliação mais específica do caso.
“Essas ferramentas são de extrema importância para concluirmos o diagnóstico do paciente. Caso a infecção seja por bactéria, já iniciamos a administração de antibióticos. Se o paciente estiver contaminado pelo coronavírus, providenciamos seu isolamento e tratamento adequado. Os testes sindrômicos facilitam o trabalho da equipe médica e reduzem os efeitos colaterais dos medicamentos desnecessários”, completa Daniel.
Antes da pandemia, os diagnósticos por meio dessa tecnologia já eram possíveis, entretanto, segundo o médico intensivista, muitas instituições não investiam na ferramenta, por ter pouca demanda e outras alternativas. Atualmente, Daniel acredita que vai facilitar a rotina hospitalar e que ‘a tecnologia vem para ficar’.
Segundo a QIAGEN, uma segunda ferramenta está em fase de estudos. Trata-se de um teste que mensura a imunidade da população vacinada e em pacientes contaminados, além de avaliar a capacidade de como será a evolução da doença -, se apresentará um quadro leve ou grave - e, assim, direcionar a equipe médica para as decisões mais eficazes.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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