Ao longo do tempo e da evolução da pandemia de COVID-19, curvas diárias de novos casos e mortes divulgadas por órgãos de saúde e de imprensa têm sido o principal termômetro da situação no Brasil.
Após uma comparação desses dados com o número de casos novos da doença no país consolidados pelas autoridades de saúde, o laboratório chegou à conclusão de que é possível ter um panorama prévio do cenário da pandemia para as próximas semanas, em relação às curvas hoje disponíveis.
No entanto, as curvas ainda não conseguem oferecer um cenário em tempo real. Como a testagem quase não é feita no país, a grande maioria dos resultados dos exames e registros de mortes por COVID-19 são incorporados às curvas dias ou semanas depois do momento real.
Esse "atraso" nos deixa reféns do passado e influencia na efetividade de políticas públicas de contenção da pandemia, que se alastra em ritmo mais rápido do que o aferido.
Acompanhando a dinâmica das curvas de controle do Brasil já publicadas, o laboratório Mendelics tem demonstrado que é possível acompanhar a pandemia numa perspectiva mais realista.
O volume de diagnósticos positivos obtidos pela metodologia RT-LAMP – feita com a saliva do paciente – implantada pelo laboratório na detecção da COVID-19 no Brasil não só sinaliza o número de pessoas infectadas naquele momento.
Queda prevista
Segundo o laboratório, os números de resultados positivos recentes já sinalizavam a queda nas internações e mortalidade que foram evidenciadas semanas depois nas curvas correspondentes do Brasil.
"Percebemos que estes resultados são capazes de prever o fluxo da pandemia entre duas semanas para variação no número de internações e um mês para os dados de mortalidade da doença, o que pode ser um grande aliado para as medidas emergenciais e próximos passos relacionados a vacinação, volta às aulas, retorno ao trabalho, entre outros", conta David Schlesinger, CEO da Mendelics.
No gráfico abaixo, é possível visualizar o número de casos novos por dia no Brasil versus os positivos obtidos pelo laboratório, que também vêm do Brasil inteiro, com um salto em janeiro e chegando ao topo no mês de março, enquanto os testes positivos prenunciavam estas altas ainda semanas antes.
O gráfico mostra que, após o início da fase emergencial, em 15 de março, o número de testes positivos começou a cair.
Porém, é possível que o Brasil passe a enfrentar uma nova onda em breve.
"Com a chegada do inverno e a demora no andamento da vacinação, devemos sofrer um novo pico da doença em meados de maio", conclui David.
"Com a chegada do inverno e a demora no andamento da vacinação, devemos sofrer um novo pico da doença em meados de maio", conclui David.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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