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Estado de Minas TERCEIRA ONDA?

Testes positivos de COVID-19: o que eles revelam sobre a pandemia

A queda nas internações e mortes pelo novo coronavírus estava prevista, mas a perspectiva é de novo aumento com a chegada do inverno no Brasil


11/05/2021 21:14 - atualizado 11/05/2021 21:57

Testes positivos de COVID-19 podem ajudar a traçar um panorama prévio do cenário da pandemia (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Testes positivos de COVID-19 podem ajudar a traçar um panorama prévio do cenário da pandemia (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Ao longo do tempo e da evolução da pandemia de COVID-19, curvas diárias de novos casos e mortes divulgadas por órgãos de saúde e de imprensa têm sido o principal termômetro da situação no Brasil. 

 

No entanto, as curvas ainda não conseguem oferecer um cenário em tempo real. Como a testagem quase não é feita no país, a grande maioria dos resultados dos exames e registros de mortes por COVID-19 são incorporados às curvas dias ou semanas depois do momento real. 


Esse "atraso" nos deixa reféns do passado e influencia na efetividade de políticas públicas de contenção da pandemia, que se alastra em ritmo mais rápido do que o aferido.

Acompanhando a dinâmica das curvas de controle do Brasil já publicadas, o laboratório Mendelics tem demonstrado que é possível acompanhar a pandemia numa perspectiva mais realista. 

O volume de diagnósticos positivos obtidos pela metodologia RT-LAMP – feita com a saliva do paciente – implantada pelo laboratório na detecção da COVID-19 no Brasil não só sinaliza o número de pessoas infectadas naquele momento.

Após uma comparação desses dados com o número de casos novos da doença no país consolidados pelas autoridades de saúde, o laboratório chegou à conclusão de que é possível ter um panorama prévio do cenário da pandemia para as próximas semanas, em relação às curvas hoje disponíveis.

Queda prevista

Segundo o laboratório, os números de resultados positivos recentes já sinalizavam a queda nas internações e mortalidade que foram evidenciadas semanas depois nas curvas correspondentes do Brasil. 

"Percebemos que estes resultados são capazes de prever o fluxo da pandemia entre duas semanas para variação no número de internações e um mês para os dados de mortalidade da doença, o que pode ser um grande aliado para as medidas emergenciais e próximos passos relacionados a vacinação, volta às aulas, retorno ao trabalho, entre outros", conta David Schlesinger, CEO da Mendelics.

No gráfico abaixo, é possível visualizar o número de casos novos por dia no Brasil versus os positivos obtidos pelo laboratório, que também vêm do Brasil inteiro, com um salto em janeiro e chegando ao topo no mês de março, enquanto os testes positivos prenunciavam estas altas ainda semanas antes.
 
 

O gráfico mostra que, após o início da fase emergencial, em 15 de março, o número de testes positivos começou a cair. 

Porém, é possível que o Brasil passe a enfrentar uma nova onda em breve.

"Com a chegada do inverno e a demora no andamento da vacinação, devemos sofrer um novo pico da doença em meados de maio", conclui David.
 
*Estagiária sob supervisão da  subeditora Kelen Cristina


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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