A COVID-19 já infectou mais de 15 milhões de brasileiros e a maioria se recuperou totalmente ou ainda está no processo. O isolamento domiciliar é adotado nos casos mais leves da infecção, entretanto a limpeza da casa após o período de quarentena também é essencial para ‘virar a página’.
Leia Mais
Pessoas que tiveram COVID leve podem produzir anticorpos por 'toda a vida'Fiocruz aponta que 99,6% dos vacinados contra COVID geram anticorposCOVID-19: procura por atendimento domiciliar cresce 15% no país COVID-19: estudo aponta que 60% dos brasileiros não higienizam o nariz Aumentam casos de queimaduras graves causadas pelo uso de álcool em BHVacinação: idade é mais importante que comorbidades, diz especialistaEstudo aponta resquícios de agrotóxicos em alimentos ultraprocessadosComo higienizar o quarto do infectado, após os 14 dias?
É recomendando o uso do álcool 70% nas superfícies com pano úmido. No chão pode jogar um desinfetante ou água sanitária. Dependendo do tipo de piso ela pode ser pura ou com diluição de 50ml para cada um litro de água ou, um copo americano para um litro de água.
A poeira do ambiente pode ser prejudicial, é preciso manter o quarto limpo e arejado. Limpar o lugar é importante até mesmo para se exercitar um pouco, levantar da cama e ajudar na recuperação.
Quais produtos devem ser usados?
Quais as medidas para a soluções de cada produto?
É indicado usar vasilhame descartável para servir a comida da pessoa isolada e jogar fora depois do consumo?
Para limpar, é preciso lavar tudo separado, com a bucha diferente do restante da casa. E, se tiver possibilidade de jogar água quente, pode também.
Como limpar o colchão depois que a pessoa termina o isolamento?
O colchão não tem problema, só trocar a roupa de cama já basta. Inclusive enquanto a pessoa estiver isolada é preciso substitui-la a cada dois ou três dias.
E as paredes? É possível limpar com alguma solução?
Se for uma tintura lavável, pode passar um pano úmido com álcool 70% ou desinfetante. Se não for possível, não há necessidade de se estressar tanto, pois não encostamos nas paredes com frequência, além disso o vírus não sobrevive muito tempo nesse tipo de superfície.
É preciso usar luvas de silicone ou cirúrgicas para limpar?
Depois dos 14 dias, o paciente precisa usar máscara dentro de casa?
Como limpar as roupas que a pessoa infectada usar?
Quando acabar, jogar um desinfetante na máquina, sem roupas, e colocar no ciclo rápido para limpá-la e deixar pronta para uso de outras peças.
Em casas que possuem apenas um banheiro, como deve ser a desinfecção?
O que fazer com as escovas de dente?
Geralmente, as famílias as deixam guardadas em potinhos no banheiro, por isso é importante fazer a substituição.
E claro, deixar a escova da pessoa infectada separada das demais durante o período de isolamento.
Como limpar os outros cômodos da casa, em que o infectado não transitou?
Limpar normalmente, usando os produtos de costume, mas com maior atenção aos ambientes que são compartilhados.
Também é importante deixar álcool líquido 70% em borrifadores, para o doente borrifar nas maçanetas sempre que for pegar comida na porta do quarto ou ir ao banheiro.
Só borrifar e deixar uns minutos agindo já basta, não precisa ficar esfregando.
Só borrifar e deixar uns minutos agindo já basta, não precisa ficar esfregando.
É recomendado fazer a sanitização ou dedetização de ambientes, após o fim da quarentena?
É preciso pesquisar a empresa, saber se está regular com a Vigilância Sanitária e se usa produtos regulados pela Anvisa ou agências regulatórias.
É necessário seguir as medidas de prevenção e higiene, com o uso de máscara ao sair de casa, passar álcool nas mãos, manter o distanciamento e todas as normas que já conhecemos como eficazes.
O que é a sanitização de ambientes?
A sanitização é uma limpeza e eliminação de microrganismos causadores de certas doenças, como vírus, bactérias, fungos, ácaros e moléculas alergênicas do ambiente.
Ela pode ser feita com diversos tipos de produtos e princípios ativos, e atualmente a técnica está sendo usada para desinfetar locais que tiveram ou têm a presença do vírus SARS-COV-2, causador da COVID-19, como empresas que não estão em trabalho remoto e casas com moradores que acabaram a quarentena.
Ela pode ser feita com diversos tipos de produtos e princípios ativos, e atualmente a técnica está sendo usada para desinfetar locais que tiveram ou têm a presença do vírus SARS-COV-2, causador da COVID-19, como empresas que não estão em trabalho remoto e casas com moradores que acabaram a quarentena.
Em Belo Horizonte, o serviço é oferecido pela DDTIZA, empresa tradicional no ramo de dedetização. Segundo o biólogo responsável-técnico da empresa, Bianco Vizioli, a sanitização já era realizada um ano antes do início da pandemia.
“Quase um ano antes da pandemia, já tínhamos sido apresentados ao produto, a forma de aplicação e metodologia, mas a demanda era muito pequena. E a partir de março de 2020, a procura explodiu. Ao longo desse um ano, a demanda deu uma variada na mesma medida que a população se preocupa e relaxa", disse.
Existem diversos produtos usados para realizar o procedimento, um dos mais comuns e menos tóxico é o quaternário de amônio com aplicação pulverizada. Neste caso, a desinfecção não deixa resíduos no ambiente.
“Todos precisam sair da casa na hora da aplicação, mas diferentemente da dedetização, os produtos de sanitização não têm residual. O quaternário de amônio funciona nos primeiros 30 minutos da aplicação e o período de reentrada (retorno para a casa) varia de duas a três horas, para não ter risco de inalação”, explica Bianco.
“Todos precisam sair da casa na hora da aplicação, mas diferentemente da dedetização, os produtos de sanitização não têm residual. O quaternário de amônio funciona nos primeiros 30 minutos da aplicação e o período de reentrada (retorno para a casa) varia de duas a três horas, para não ter risco de inalação”, explica Bianco.
Para aplicação do produto, há uma técnica exclusiva que exige equipamentos e materiais diferentes. O foco são superfícies de muito contato, como maçanetas, puxadores de janelas e armários, portas e gavetas.
Ao realizar o procedimento, todo o ambiente pode e deve ficar arejado, logo, há recomendação que janelas da casa fiquem abertas enquanto a equipe faz o trabalho e em alguns cômodos é preciso tomar cuidados específicos.
“Se durante a aplicação tiverem coisas expostas na cozinha, é recomendado lavar antes de utilizar, mas sempre orientamos a guardar frutas e alimentos em geral nos armários e geladeira. Além disso, em locais que tem muito papel, como escritórios, também recomendamos colocar algo pesado em cima, para evitar que todos se espalhem no ambiente”, disse o biólogo.
A sanitização com quaternário de amônio pulverizado, geralmente, não deixa cheiros. Segundo Bianco, sentir algum odor depende da sensibilidade de cada pessoa, entretanto, se for um ambiente mais confinado, pode ser que os moradores sintam algum cheiro, apesar de não ser o mais comum.
“Escolhemos fazer a sanitização com o quaternário de amônio por causa da baixa toxicidade, a aplicação diferente e o baixo odor. Esses fatores se tornaram mais viáveis para uso comercial”, comenta o biólogo.
Pessoas alérgicas ao componente precisam ter atenção, mas segundo Bianco ainda não há relato de reações adversas após aplicação. “A partir do momento que fazemos a aplicação e o produto seca, como ele não tem efeito residual, não fica no ambiente. Não tivemos relatos de alergia, mas, se a pessoa entrar antes do período recomendado, pode ser que tenha alguma reação”, pontua Bianco.
“Para quem já tem problemas respiratórios, é preciso aumentar o período de reentrada para 6 a 24 horas. Cada caso é avaliado separadamente com moradores e a equipe, mas o nível de sensibilidade varia muito. O produto por si só, não tem irritação”, finaliza.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina