Luciana Diniz, especialista em autoconhecimento estratégico voltado para decisões de carreira e de vida, aponta a astrologia humanista moderna como a melhor das ferramentas de autoconhecimento, sem nenhum misticismo, mas com muita sincronicidade.
Criadora dos métodos “mapa de arquétipos” e “arquétipos em movimento”, ela, que é formada em psicologia, defende que “os astros nada fazem na nossa vida, o poder é sempre de cada um, mas se usarmos a astrologia de maneira pragmática, ela se torna uma ferramenta incrível de autoconhecimento”.
Criadora dos métodos “mapa de arquétipos” e “arquétipos em movimento”, ela, que é formada em psicologia, defende que “os astros nada fazem na nossa vida, o poder é sempre de cada um, mas se usarmos a astrologia de maneira pragmática, ela se torna uma ferramenta incrível de autoconhecimento”.
Qual visão tem da astrologia como ferramenta de autoconhecimento?
Os astros nada fazem na sua vida, a responsabilidade sempre será sua. A astrologia é ferramenta. Ela resulta da observação de ciclos de comportamento que eram contabilizados usando os ciclos da natureza, pois há 8 mil anos não havia tablet, Word, nem Excel para anotar estatísticas e fazer análises cíclicas. Tudo era feito no olho e correlacionado com eventos da natureza, que aconteciam de tempos em tempos. Era a maneira de medir e catalogar os processos comportamentais.
Como as órbitas dos astros são cíclicas, naturalmente essa correlação ocorreu. Essa observação, feita ao longo de milhares de anos, somada a várias outras colaborações, resultou na astrologia, que inicialmente era percebida como algo mágico e externo às pessoas. À medida que o pensamento humano evoluiu, juntamente com a tecnologia, entendeu-se que ela era simbólica e que o verdadeiro agente de mudança são as pessoas, e não os astros.
Embora muita gente acredite numa relação causal entre o magnetismo dos planetas e certos comportamentos, essa correlação não foi comprovada. Plutão não interfere na sua carreira, você tem que pôr a mão na massa se quiser deslanchar.
Como as órbitas dos astros são cíclicas, naturalmente essa correlação ocorreu. Essa observação, feita ao longo de milhares de anos, somada a várias outras colaborações, resultou na astrologia, que inicialmente era percebida como algo mágico e externo às pessoas. À medida que o pensamento humano evoluiu, juntamente com a tecnologia, entendeu-se que ela era simbólica e que o verdadeiro agente de mudança são as pessoas, e não os astros.
Embora muita gente acredite numa relação causal entre o magnetismo dos planetas e certos comportamentos, essa correlação não foi comprovada. Plutão não interfere na sua carreira, você tem que pôr a mão na massa se quiser deslanchar.
Então, qual seria a veracidade da astrologia se os astros não influenciam a nossa vida? Como vê a astrologia sendo da área da psicologia?
Jung (Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço) foi o primeiro especialista a constatar e defender que a astrologia merecia o reconhecimento da psicologia, sem restrições, porque a astrologia representaria a soma de todo o conhecimento psicológico da Antiguidade, resultante dessa observação cíclica do comportamento humano.
O olhar da astrologia pela psicologia entende que os astros representam padrões, princípios e forças universais, tais como nascer, crescer, seguir em frente, morrer. E esses são movimentos psicológicos presentes em maior ou menor grau em toda e qualquer pessoa do planeta, independentemente de cultura, raça, sexo ou época da história. Portanto, não é misticismo, é simbolismo resultante dessa observação.
Nessa abordagem, Àries representa a “germinação” e psiquicamente nos fala do impulso para agir, da necessidade empreendedora, do desejo de li- derar. Leão representaria a “maturidade da semente germinada”, o “espetáculo” daquilo que foi planejado, plantado, ensaiado e colocado para fora. Da união dessa leitura com uma visão holística do homem nasceu a astrologia humanista moderna, que coloca a pessoa no centro dos acontecimentos, e não como vítima deles e dos astros.
Sob esse olhar, “previsões” assustadoras ou fantasiosas não têm poder, devolvendo às pessoas a responsabilidade pelo que fazem na sua vida. Sem mimimi, sem fatalismos, mas com autorresponsabilidade.
O olhar da astrologia pela psicologia entende que os astros representam padrões, princípios e forças universais, tais como nascer, crescer, seguir em frente, morrer. E esses são movimentos psicológicos presentes em maior ou menor grau em toda e qualquer pessoa do planeta, independentemente de cultura, raça, sexo ou época da história. Portanto, não é misticismo, é simbolismo resultante dessa observação.
Nessa abordagem, Àries representa a “germinação” e psiquicamente nos fala do impulso para agir, da necessidade empreendedora, do desejo de li- derar. Leão representaria a “maturidade da semente germinada”, o “espetáculo” daquilo que foi planejado, plantado, ensaiado e colocado para fora. Da união dessa leitura com uma visão holística do homem nasceu a astrologia humanista moderna, que coloca a pessoa no centro dos acontecimentos, e não como vítima deles e dos astros.
Sob esse olhar, “previsões” assustadoras ou fantasiosas não têm poder, devolvendo às pessoas a responsabilidade pelo que fazem na sua vida. Sem mimimi, sem fatalismos, mas com autorresponsabilidade.
Como é feita a correlação da astrologia com a psicologia?
Para responder a essa pergunta, preciso falar sobre o holismo e a sincronicidade. A filosofia do holismo pressupõe que o universo é um sistema completo e que dentro do grande todo há todos menores, cujas estruturas, padrões e funções correspondem completamente àquelas estruturas do todo maior. É o que se chama microcosmo-macrocosmo.
Na abordagem holística não há causalidade, mas sincronicidade. Significa que qualquer coisa que nasça num determinado momento, seja uma pessoa, um gesto, um pensamento, uma decisão ou uma ação, está intimamente e totalmente ligada e subordinada ao seu entorno a partir de uma correspondência entre o que está dentro e o que está fora. No conceito de sincronicidade, criado e difundido por Carl Gustav Jung, khronos representa “o tempo”, e o prefixo syn representa “junto”, o estar junto.
Portanto, “junto com o tempo”. Unindo os dois conceitos, chegamos à conexão entre o mundo interior e exterior, conexão a partir da qual interpretarmos acontecimentos que ocorram ao mesmo tempo, dentro e fora de nós. É nesse ponto que o conhecimento simbólico da astrologia começa a fazer sentido enquanto técnica. A astrologia humanista moderna é centrada na pessoa e ela faz essa correlação do movimento simbólico do céu com o próprio comportamento e a vida.
O foco é na pessoa, e não apenas no que acontece em volta dela, uma união dos dois. Portanto, duas pessoas nunca recebem da mesma forma uma mesma simbologia e cada uma tem as próprias habilidades e habilitações para lidar com a simbologia que recebe. Vista dessa maneira, como uma simbologia, a astrologia serve de instrumento à psicologia, levantando um vasto e rico material consciente e inconsciente.
Na abordagem holística não há causalidade, mas sincronicidade. Significa que qualquer coisa que nasça num determinado momento, seja uma pessoa, um gesto, um pensamento, uma decisão ou uma ação, está intimamente e totalmente ligada e subordinada ao seu entorno a partir de uma correspondência entre o que está dentro e o que está fora. No conceito de sincronicidade, criado e difundido por Carl Gustav Jung, khronos representa “o tempo”, e o prefixo syn representa “junto”, o estar junto.
Portanto, “junto com o tempo”. Unindo os dois conceitos, chegamos à conexão entre o mundo interior e exterior, conexão a partir da qual interpretarmos acontecimentos que ocorram ao mesmo tempo, dentro e fora de nós. É nesse ponto que o conhecimento simbólico da astrologia começa a fazer sentido enquanto técnica. A astrologia humanista moderna é centrada na pessoa e ela faz essa correlação do movimento simbólico do céu com o próprio comportamento e a vida.
O foco é na pessoa, e não apenas no que acontece em volta dela, uma união dos dois. Portanto, duas pessoas nunca recebem da mesma forma uma mesma simbologia e cada uma tem as próprias habilidades e habilitações para lidar com a simbologia que recebe. Vista dessa maneira, como uma simbologia, a astrologia serve de instrumento à psicologia, levantando um vasto e rico material consciente e inconsciente.
O que é o método de atendimento Arquétipos em Movimento?
Ele é baseado na visão holística do ser humano e no uso da sincronicidade de Jung, correlacionando essas abordagens com o uso dos arquétipos. Para Jung, os arquétipos são estruturas fundantes e estruturantes da psique humana, e são universais. São livres das amarras do tempo e do espaço, estando em qualquer tempo e lugar.
O arquétipo em si é neutro, não sendo bom ou ruim, ele funciona como uma fôrma vazia sem conteúdo que vai sendo preenchida pela própria experiência pessoal à medida que caminhamos pela vida. Colocamos na fôrma as experiências e impressões conscientes e inconscientes. Alguns arquétipos, inclusive, nos direcionam para o processo de aculturamento, como, por exemplo, o arquétipo da mãe e do pai.
Existe uma enorme quantidade de arquétipos. Trabalho com os representados pela simbologia astrológica: Plutão, Saturno, Sol, só para citar alguns. Eles representam funções psíquicas humanas que, por sua vez, trazem resultados concretos por meio das nossas ações diante delas. Portanto, preenchemos os arquétipos com a própria experiência e vivência pessoal.
Como o Céu está em movimento todo o tempo, os arquétipos vão se movimentando nessa simbologia que o senso comum chama de mapa astral, que de astral não tem nada, pois não falamos de astral, mas de representações.
Os Arquétipos em Movimento são a análise da interação entre arquétipos. Esse trabalho é desenvolvido juntamente com o cliente, e ele recebe a missão de preencher esses arquétipos astrológicos com a própria percepção, analisar resultados, refazer rotas.
O arquétipo em si é neutro, não sendo bom ou ruim, ele funciona como uma fôrma vazia sem conteúdo que vai sendo preenchida pela própria experiência pessoal à medida que caminhamos pela vida. Colocamos na fôrma as experiências e impressões conscientes e inconscientes. Alguns arquétipos, inclusive, nos direcionam para o processo de aculturamento, como, por exemplo, o arquétipo da mãe e do pai.
Existe uma enorme quantidade de arquétipos. Trabalho com os representados pela simbologia astrológica: Plutão, Saturno, Sol, só para citar alguns. Eles representam funções psíquicas humanas que, por sua vez, trazem resultados concretos por meio das nossas ações diante delas. Portanto, preenchemos os arquétipos com a própria experiência e vivência pessoal.
Como o Céu está em movimento todo o tempo, os arquétipos vão se movimentando nessa simbologia que o senso comum chama de mapa astral, que de astral não tem nada, pois não falamos de astral, mas de representações.
Os Arquétipos em Movimento são a análise da interação entre arquétipos. Esse trabalho é desenvolvido juntamente com o cliente, e ele recebe a missão de preencher esses arquétipos astrológicos com a própria percepção, analisar resultados, refazer rotas.
Como funciona o atendimento?
No Arquétipos em Movimento+1.5, o cliente permanece comigo por um mês e meio e faço o mapeamento do movimento desses arquétipos, levando em conta arquétipos menores que representam ciclos de comportamento menores, capazes de serem planejados, estruturados e desenvolvidos nesse prazo. No Arquétipos em Movimento 2, são dois meses semanalmente, direcionando tarefas e fazendo checklists de resultados.
Com a chegada da pandemia em 2020, observou maior procura?
Muito. Não necessariamente pelo trabalho vinculado à astrologia, mas pelo processo de autoconhecimento. E não se trata de buscar qualquer autoconhecimento, mas de levantar informações sobre si mesmo que façam diferença concreta na qualidade do viver. Implica a pessoa se autoconhecer e transformar toda essa informação em recursos efetivos para crescer, prosperar, deslanchar, tornar-se independente e ser autônoma. E, por fim, encontrar o seu propósito de vida.
Que tipo de cliente procura por este trabalho? Onde você atende?
Desde muito nova fui antenada com a tecnologia e tendências de comportamento. Meu ambiente de trabalho é 100% on-line e utilizo videoconferências. Sobre o perfil do meu cliente, sempre respondo que ele não precisa estar pronto para começar, mas estar disposto e ter coragem. Já falei: quem faz terapia?. São pessoas, não os astros. Quem promove mudanças? As pessoas, não as estrelas. Portanto, com os astros não se brinca. Prefira as pessoas, situações e a sua vida cotidiana. É nessa seara que a magia funciona.
Olhar humanista
Formado em filosofia pela PUC-MG e simbologista, Yubertson Miranda, Yub Miranda, é também astrólogo, numerólogo e tarólogo. Ele enfatiza que muitas pessoas consideram que a astrologia só serve para previsões. Todavia, ela pode ser uma bela ferramenta de autoconhecimento.
"O mapa natal apresenta os posicionamentos de cada signo em cada casa, de cada planeta em cada casa e em cada signo, um cenário riquíssimo de informações sobre cada área da vida (carreira, família, crenças, estudos, amizades e amor, por exemplo). A astrologia vai muito além de horóscopo e de saber apenas o signo solar. Ao abordarmos uma leitura astrológica com esse olhar humanista, o efeito dessa abordagem pode ser terapêutico. Quando mostramos que as tendências negativas e as dificuldades que a pessoa se depara na vida podem ser superadas por meio de hábitos e comportamentos, mostramos que não há essa fatalidade por ter nascido com determinados posicionamentos astrológicos.”
"O mapa natal apresenta os posicionamentos de cada signo em cada casa, de cada planeta em cada casa e em cada signo, um cenário riquíssimo de informações sobre cada área da vida (carreira, família, crenças, estudos, amizades e amor, por exemplo). A astrologia vai muito além de horóscopo e de saber apenas o signo solar. Ao abordarmos uma leitura astrológica com esse olhar humanista, o efeito dessa abordagem pode ser terapêutico. Quando mostramos que as tendências negativas e as dificuldades que a pessoa se depara na vida podem ser superadas por meio de hábitos e comportamentos, mostramos que não há essa fatalidade por ter nascido com determinados posicionamentos astrológicos.”
Um exemplo que Yub Miranda chama a atenção é para as pessoas nascidas com Saturno na Casa 2 (área da vida associada à segurança financeira), que ao saber como podem superar a dificuldade de se valorizarem ou de cobrar por seus serviços diante de clientes vão se colocar na jornada da prosperidade com mais maturidade.
“Eis o efeito terapêutico dessa astrologia humanista que leva a pessoa a compreender como pode vivenciar cada ano de um jeito melhor ao desenvolver os potenciais apontados pelo seu mapa astral.”
“Eis o efeito terapêutico dessa astrologia humanista que leva a pessoa a compreender como pode vivenciar cada ano de um jeito melhor ao desenvolver os potenciais apontados pelo seu mapa astral.”
Além disso, Yub destaca que a astrologia usada sob a perspectiva humana permite compreender o jeito de ser do outro. “Sabemos o estilo de amar, de trabalhar, de se socializar, enfim, os gostos, valores e desafios que quem convive conosco tem.
Justamente por sabermos o mapa natal dessas pessoas. A astrologia me proporcionou o desenvolvimento da empatia e de um nível de qualidade melhor em meus relacionamentos.”
Justamente por sabermos o mapa natal dessas pessoas. A astrologia me proporcionou o desenvolvimento da empatia e de um nível de qualidade melhor em meus relacionamentos.”